Foto de quase nada

Cannes 2007

http://cinema.uol.com.br/ultnot/2007/04/19/ult32u16768.jhtm

Veteranos e novos talentos no 60º Festival de Cannes

PARIS, 19 abr (AFP) - Os americanos Quentin Tarantino e Gus Van Sant, o chinês Wong Kar Wai e o sérvio Emir Kusturica figuram entre os diretores que concorrerão à Palma de Ouro do 60º Festival de Cannes, de 16 a 27 de maio, anunciaram os organizadores nesta quinta-feira.

No total, 22 filmes estão na mostra oficial competitiva. Metade dos diretores participarão pela primeira vez no prestigioso festival francês e terão como concorrentes grandes cineastas, entre eles alguns já premiados com a Palma de Ouro, como Kusturica, Van Sant, Tarantino e os irmãos Joel e Ethan Coen.

O chinês Wong Kar Wai, presidente do festival no ano passado, terá a honra de apresentar o filme de abertura, "My Blueberry Night", que também concorre ao prêmio principal e conta com interpretações de Jude Law e da cantora americana Norah Jones, em sua estréia como atriz.

O russo Alexandre Sokurov também figura na seleção com sua obra mais recente, "Alexandra".

Tarantino, vencedor em 1994 com "Pulp Fiction", volta ao festival com "Death Proof" (Prova de Morte), uma das partes de "Grindhouse".

Kusturica, que já conquistou duas Palmas de Ouro, exibirá "Promise Me This".

Van Sant, que saiu aclamado do festival em 2003 com "Elefante", filme inspirado pelo massacre da escola Columbine, levará "Paranoid Park" a Cannes.

Joel e Ethan Coen, que este ano disputam com "No Country for Old Men", já foram premiados em Cannes com melhor direção por "O Homem que Não Estava Lá" (2001), "Fargo" (1996) e "Barton Fink-Delírios de Hollywood" (1991), que também levou a Palma de Ouro.

Vários jovens diretores figuram pela primeira vez na seleção, como a iraniana Marjane Satrapi, os franceses Christophe Honoré e Julian Schnabe, o alemão Fatih Akin, o sul-coreano Lee Chang-dong e o romeno Cristian Mungiu.

O único latino-americano presente na principal mostra de Cannes é o mexicano Carlos Reygadas, com o filme "Luz Silenciosa".

Os filmes "Calle Santa Fe", da chilena Carmen Castillo, e "El Baño del Papa", dos uruguaios Enrique Fernández e César Charlone, foram selecionadas para a segunda mostra oficial do Festival de Cannes, Un Certain Regard (Um Certo Olhar).

Interrogado sobre a escassa presença latino-americana nas mostras oficiais, o diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, declarou que outros filmes do continente podem ser anunciados nos próximos dias.

Três diretores latino-americanos, o brasileiro Walter Salles, o mexicano Alejandro González Iñárritu e o chileno Raúl Ruiz, marcarão presença no filme coletivo produzido para celebrar os 60 anos do festival, que conta com a participação de 35 cineastas. Entre os grandes nomes da produção especial estão Roman Polanski, Lars Von Trier e Wim Wenders, entre outros.

"Para o aniversário, nós escolhemos uma mistura da herança com a modernidade, nomes conhecidos e sangue novo", disse Giles Jacob, presidente do festival, em uma entrevista coletiva.

O glamour do tapete vermelho estará garantido com as presenças de Brad Pitt, George Clooney, Julia Roberts, Catherine Zeta-Jones, Matt Damon, Al Pacino e Andy Garcia - todos aguardados para a pré-estréia de "Treze Homens e um Novo Segredo", de Steven Soderbergh, que será exibido fora de competição.

Outras estrelas presentes na Croisette serão o diretor Martin Scorsese, a atriz Jane Fonda, cujo pai Henry Fonda será homenageado, o vocalista do U2, Bono, e o ator mexicano Gael García Bernal, "embaixador" da mostra paralela Semana Internacional da Crítica.

Michael Moore, que ganhou a Palma de Ouro em 2004 com o documentário "Fahrenheit 9/11", retornará para exibir, fora de competição, "Sicko", sobre o sistema de saúde americano. O britânico Michael Winterbottom levará a Cannes "A Mighty Heart", sobre o assassinato do jornalista americano Daniel Pearl.

O júri desta edição será presidido pelo cineasta britânico Stephen Frears, diretor do recente "A Rainha". Entre os jurados estão as atrizes Maria de Medeiros e Maggie Cheung e o ator Michel Piccoli.

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Feliz aniversário a todos!

Treze meses atrás o usuário de número 1 era criado no Joio. Após uma etapa de testes, esse mês completamos um ano de Joio, felizmente com mais sucessos do que fracassos.

Obrigado de coração a todos que contribuem com o site, seja lendo ou seja postando. Vocês são a alma desse humilde projeto, que acabou se tornando maior e melhor do que a expectativa mais otimista da época.

Feliz aniversário! 

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OldBoy da vida real?

Um blogueiro do New York Times divulgou a tese de um professor da universidade Virginia Tech, de que o autor do massacre de segunda feira, Cho Seung-Hui, se inspirou no filme OldBoy para cometer os assassinatos:

[quote=Mike Nizza]The inspiration for perhaps the most inexplicable image in the set that Cho Seung-Hui mailed to NBC news on Monday may be a movie from South Korea that won the Gran Prix prize at Cannes Film Festival in 2004.

He poses in the two images are similar, and the plot of the movie, "Oldboy", seems dark enough to merit at least some further study (...)

Virginia Tech professor, Paul Harrill, alerted us of the similarity between images in the hope that it would shed some light on what led Mr. Cho to kill 32 on Monday before turning the gun on himself.[/quote]

No post tem algumas fotos comparativas. O assunto foi comentado também no post seguinte do blogueiro.

Bennet, criaste um monstro! Aposto que o Cho foi atingido pelo hype intergalático que você montou em torno do filme.

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Sunshine (novo filme do Danny Boyle)

O título é ridículo. Trata-se de uma ficção cientifica onde uma nave tem que explodir uma bomba para “reviver” o sol, a história parece simples, os personagens são simples, mas o diretor é foda. Segundo o IMDB, só estréia nos EUA em setembro (ocorreu o mesmo com o Children of Men, filme bretão que estreou antes no Brasil).

Assim como o Tarantino, o Danny Boyle é um dos diretores que não sabem fazer filmes ruins, no mínimo ficam interessantes. Até o Millions, um infantil, é superior aos demais (Guybruxe, vc gosta de Spy Kids???... aff).

Esse filme é sua primeira ficção, mas ficou excelente, lindíssima, climática, robótica e sephirotica, com temas introspectivos, mas com doses gigantes de diversão. É como se ele pegasse o Solarys, misturasse com o 2001 e metesse o clima de Aliens no meio. A trilha de seus filmes é outra unanimidade, ele gosta de música eletrônica e usa com sabedoria, não é como a Sofia Coppola (que meteu um Joy Division no Maria Antonieta).

Os efeitos estão acima da média, o objetivo do cineasta moderno é o fotorealismo sentimental. Alguns acham que um efeito bonito e fake superam um simples, realista e comovente, erro brutal.

Quem for fã de ficção cientifica não deve deixar de ver esse filme, mas tem que ser no cinema! Pois é uma obra semi-prima do gênero e merece ser visto no telão.

Nota 8,74
Bregometro 1 (não tem beijo na boca nem par romântico, isso já faz o filme menos brega que os demais)
Chuckometro 6 (é um filme lento, bastante parecido com o 28 Days, mas as cenas mais vigorosas são boas, tem uma de briga que não dá pra entender nada, mas seja lá o que tenha acontecido, doeu)
Punhometro 0 (no crew da nave só tem 2 mulheres [feias] que não mostram nem o ombro)

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Foto de Bennett

EMI abandona DRM

Um marco na história da música online: EMI abandona DRM e vende repertório inteiro na loja iTunes sem travas digitais (não é exclusivamente via iTunes, mas começa com a loja da Apple). O preço subiu 30 centavos, mas a qualidade do arquivo também (de 128 para 256kbps). O DRM continua em algumas outras modalidades que não existiriam sem DRM (aluguéis, loja p2p e outros modelos de negócios idiotas). Para discos inteiros, o preço continua o mesmo de antes. Só não é primeiro de abril porque já é dia 2.

[quote]EMI Music launches DRM-free superior sound quality downloads across its entire digital repertoire

EMI Group CEO Eric Nicoli today hosted a press conference at EMI's headquarters in London where he announced that EMI Music is launching DRM-free superior quality downloads across its entire digital repertoire and that Apple's iTunes Store will be the first online music store to sell EMI's new downloads. Nicoli was joined by Apple CEO Steve Jobs. The event also featured a musical performance by The Good, The Bad & The Queen.

On this page you can find an audio webcast of the press conference which will be available for live streaming at 1pm London time with on demand archived streaming and MP3 download available shortly afterwards, the press release and a copy of the presentation slides.[/quote]

Press Release da EMI

Press Release da Apple

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Ouçam Metallica tocando Ennio Morricone

Está pra ser lançado um disco em homenagem ao mestre Ennio Morricone. Com artistas que vão desde Celine Dion até Mettalica, passando pela Brasileira Daniela Mercury, o projeto parece interessante.

Neste link você pode ouvir a versão do Mettalica para a clássica "The Ecstasy Of Gold", do filme Três Homens em Conflito (The good, the bad and the ugly)

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Foto de Terenzi

Oscar 2007 - Os Vencedores

Este foi o Oscar mais chato de toda a história. Alguns oscars foram absurdamente exagerados como melhor filme para os Infiltrados, melhor canção para a Melissa Etheridge mas enfim. É o Oscar né. Espero que melhore ano que vem.

 

MELHOR FILME

"Os Infiltrados, produtor Graham King

MELHOR DIRETOR

Martin Scorsese, "Os Infiltrados"

MELHOR ATOR

Forest Whitaker, "O Último Rei da Escócia"

MELHOR ATRIZ

Helen Mirren, "A Rainha"

ATRIZ COADJUVANTE

Jennifer Hudson, "Dreamgirls"

ATOR COADJUVANTE

Alan Arkin, "Pequena Miss Sunshine"

ROTEIRO ADAPTADO

"Os Infiltrados", William Monahan

ROTEIRO ORIGINAL

"Pequena Miss Sunshine", Michael Arndt

DOCUMENTÁRIO

"Uma Verdade Inconveniente", diretor Davis Guggenheim, produtores Laurie David e Lawrence Bender.

FILME ESTRANGEIRO

"The Lives of Others" (Alemanha), Florian Henckel von Donnersmarck

LONGA DE ANIMAÇÃO

"Happy Feet -- O Pinguim", George Miller

TRILHA SONORA

"Babel", Gustavo Santaolalla

MELHOR CANçÃO ORIGINAL

"I Need to Wake Up", Melissa Etheridge (de "Uma Verdade Inconveniente"

CURTA DE ANIMAÇÃO

"The Danish Poet", Torill Kove

DIREÇÃO DE ARTE

"O Labirinto do Fauno", Eugenio Caballero

FOTOGRAFIA

"O Labirinto do Fauno", Guillermo Navarro

FIGURINO

"Maria Antonieta", Milena Canonero

DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

"The Blood of Yingzhou District", Ruby Yang, Thomas Lennon

MONTAGEM

"Os Infiltrados", Thelma Schoonmaker

CURTA-METRAGEM

"West Bank Story", Ari Sandel

MAQUIAGEM

"O Labirinto do Fauno", David Marti e Montse Ribe

EDIÇÃO DE SOM

"Cartas de Iwo Jima", Alan Robert Murray e Bub Asman

MIXAGEM DE SOM

"Dreamgirls -- Em Busca de um Sonho", Michael Minkler, Bob Beemer e Willie Burton

EFEITOS VISUAIS

"Piratas do Caribe: O Baú da Morte", John Knoll, Hal Hickel, Charles Gibson, Allen Hall

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Foto de quase nada

Cartas de Iwo Jima

Achei injusto esse concorrer no lugar do Flags, ambos são bons, mas o Flags é melhor, tem mais "sustancia", na dúvida deveriam indicar os dois, com certeza são melhores que Miss Sunshine (Aff). O grande problema dos filmes de guerra cabeçudos é que vc tem que ver com bom humor, pois haja saco, o primeiro tiro vem depois de 40 minutos e o final é cheio de poesia, outro exemplo de filme assim é aquele Além da Linha Vermelha (que deveria se chamar de "Além do Meu Saco").

É bem capaz do Eastwood ganhar outro Oscar, o Scorsese pode ficar na fila mais uma vez, o Iwo jima teve uma direção mais trabalhosa que Os Infiltrados, principalmente pq todo o elenco é japa, dirigir um japa é um trabalho árduo... Nesse ponto até o Babel ta na frente dos Infiltrados.

Sobre a atuação do Watanabe, não vi nada de mais, afinal, ele está apenas representando aquilo que está cansado de representar... um japones! Ai fica fácil, queria ver ele representando um baiano na guerra da caatinga ou um venezuelano na guerra dos cem anos, sei lá.

Nota: 8,02
Breguice: 4 (BANZAI! BANZAI! BANZAI!)
Chuckometro: 5 (Para Chuck Norris, Iwo Jima é Fernando de Noronha. Ele pegava ondas por lá.)
Punhometro: 0 (nem uma japinha sequer, o mais erótico que esse filme tem a oferecer é uma cena onde um soldado solta um peido)

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Curse of the Golden Flower

Vi o novo wuxia do Zhang Yimou ontem, num DVD-rip de ótima qualidade. E tem tudo a ver com o carnaval, dado o exagero nos figurinos (indicados ao Oscar) e direção de arte, no limite da paródia.

É o filme mais suntuoso que eu já vi sobre a China. Bate os outros dois filmes da trilogia e deixa O Último Imperador com cara de produção de pequeno orçamento (também foi filmado na Cidade Proibida). As cenas de batalha dos dois exércitos coloridos deixam Ran, do Kurosawa, a ver navios, e chegam mesmo a lembrar a grandiosidade do Senhor dos Anéis.

Essa escola de samba em forma de filme ganha nota dez em alegorias e adereços e em evolução, mas zero em samba enredo, harmonia, comissão de frente, etc.

É talvez o pior filme do Yimou, entre os que eu já vi (uns oito). Uma tentativa shakespeariana que naufragou. Não se entende direito os motivos dos integrantes da família imperial, os personagens são pobremente construídos, e a história é cheia de furos. Não dá pra sentir empatia por ninguém.

Já tinha sido lançada um outra superprodução do gênero ano passado, cujo nome não recordo, e que eu nem consegui ver até o final, de tanto xarope que era. O cinema chinês começa a seguir o modelo industrial norte-americano de produções mirabolantes e enredos vazios.

Esse tem poucas cenas de ação e lutas, mas o que salva é uma invasão espetacular de ninjas num palacete nas montanhas, à noite. De cair o queixo.

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Oscartorrents.com

Coisas que só o Pirate Bay faz para você: disponibilizar os filmes do próximo Oscar em um site-paródia especial.

Difícil não gostar desses caras, ainda mais quando eles decidem cutucar a onça com vara longa. O site também está patrocinando uma premiação alternativa: você assiste aos filmes, VOTA, e depois da "festa do Oscar", eles postam os resultados lado a lado, para que a gente saiba o que a comunidade torrent teria premiado. O objetivo é democratizar a maior premiação da indústria norte-americana, uma vez que a distribuição já se democratizou. Nada mais sensato!

Infelizmente alguns filmes ainda não estão lá, como Notes on a Scandal, que eu estou morrendo de vontade de ver.

[quote] Once you've watched a film, you can vote on it -- but please, do watch before you vote! On Oscars night, we'll post your results right along with the 'official' ones. Of course this is the way it should be done now that movie distribution is almost free. Hollywoodland might not like it, but some people always have to be dragged kicking and screaming into the future.[/quote]

Aos preocupados em serem processados, eles avisam:

[quote]To those worried about downloading in case they get sued: by our calculations, your chances of getting nailed are way less than your chances of winning the lottery. Don't think twice about it.[/quote]

É isso aí, Hollywood!

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Foto de Marcus

Steve Jobs propõe o fim do DRM

Ele publicou ontem um manifesto onde analisa o estado das coisas do mercado de música digital e propõe, como melhor alternativa, o fim do DRM.

[quote=Steve Jobs]Imagine a world where every online store sells DRM-free music encoded in open licensable formats. In such a world, any player can play music purchased from any store, and any store can sell music which is playable on all players. This is clearly the best alternative for consumers, and Apple would embrace it in a heartbeat. If the big four music companies would license Apple their music without the requirement that it be protected with a DRM, we would switch to selling only DRM-free music on our iTunes store. Every iPod ever made will play this DRM-free music.

Why would the big four music companies agree to let Apple and others distribute their music without using DRM systems to protect it? The simplest answer is because DRMs haven’t worked, and may never work, to halt music piracy. Though the big four music companies require that all their music sold online be protected with DRMs, these same music companies continue to sell billions of CDs a year which contain completely unprotected music. That’s right! No DRM system was ever developed for the CD, so all the music distributed on CDs can be easily uploaded to the Internet, then (illegally) downloaded and played on any computer or player.[/quote]

Não sei exatamente qual é o objetivo da proposta. Mas o texto é uma pressão formidável contra as quatro grandes gravadoras, que são citadas nominalmente e vão ter que dar uma resposta convincente ao maior vendedor online.

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Foto de Fabio Negro

Clint Eastwood: A Conquista da Honra

Clint Eastwood, o moderno monstro sagrado do cinema e maior unanimidade do planeta desde a garrafinha de vidro da Coca-Cola, nos trás esse filme de II Grande Guerra típico de moderno monstro sagrado do cinema:

  • lento
  • grandes silêncios em zoom
  • cores desbotadas
  • frases que sintetizam o filme todo, geralmente começando por “os verdadeiros heróis são...
  • homem que chora
  • poesia filmada
  • um cara com um tiro na barriga que ouve "Cê vai ficar bem, cara!". Daí ele morre.

Ninguém precisa ler o resto: êta filme chato do baralho e não vale nem meia-entrada.
Tchau pra quem já leu o suficiente.


Agora, pra quem quiser ler mais: 

Produzido pelo Spielberg, o filme também tem o que todo o filme de II Guerra atual quer ter: um ataque dos Aliados lotado de ombros explodindo, granadas explodindo, tanques explodindo trincheiras, projéteis explodindo pescoços, nucas explodidas, e membros (explodidos) sem corpos.

Isto é, remake da invasão da Normandia em Soldado Ryan.

Interessante notar (será?) que o próprio Spielberg tenha percebido que criou um momento eterno em Soldado Ryan e que ninguém nos próximos 60 anos vai poder filmar uma batalha sem sofrer comparações com aqueles 15 minutos de pessoas explodindo e gritando "cadê o meu braço?". Por isso ele não colocou a câmera lá na batalha entre os aliens e o exército, em Guerra dos Mundos. Mas o Clint deve ter insistido numa cena assim.

Porquê o filme se baseia nesse clima: o horror da guerra + hipocrisia do Estado = tormento eterno dos soldados.
E fica nisso, o tema mais importante que a ação na tela; chato-chato-CHATO.

 

Os atores, que eu penso deveriam ser a principal base do filme, feito de muitos closes e reações emocionais, são medianos ou sofríveis, e seria impensável algum deles ganhar um indicação ao Oscar.
Ryan Phillipe se segura, mas ele joga no time dos medianos.
Agora: um soldado-índio-bêbado-arrependido-e-chorando-de-soluçar. Esse é do outro time.

Esse filme tem umas cenas muito boas, mas são tão raras que não merecem menção.

Sabem o liiiindo cartaz do filme? Parece promessa de um grande filme, com certeza!
Mas a cena no filme é tão rápida, sem cerimônia e desbotada que não vale um caracol.

 

O mérito desse filme é ter um irmão japonês que parece valer muito mais a pena, e que pode ser iluminado pelo seu gêmeo americano sem talento.

 

Clint, o cara que já foi dono de um orangotango, que já comeu geral num colégio de freiras, cujo próprio poncho ganhou um trilha sonora, que descobriu que o melhor jeito de fazer o meu Pilão Translúcido subir é filmar a bunda de uma mina pulando com calça bailarina, que foi secretamente escolhido por milhares de fãs como o cara ideal pra interpretar o Cavaleiro das Trevas...

 

Esse cara tem que andar menos com os franceses, porquê esse filme parece psicografia da Cahiers du Cinéma.

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Ils aka Them

Desses novos filme que tentam, a maioria em vão, resgatar os velhos tempos de fitas slasher onde uma história era contada, os personagens eram desenvolvidos e a sensação de que tudo foi apenas uma desculpa para amontoar sequências gore não era presente o filme francês Ils é o exemplar mais interessante.

Primeiro o plot: casal que mora em casarão antigo na Romênia é atacado por invasor. E é isso. O roteiro é inspirado em material real e por se passar num país tradicionalmente macabro ganha contornos mais realistas, mas sem abusar dos mesmo. Sem citações cult - nem todo filme precisa estar atolado em referências - no roteiro e nas cenas. O que faz o filme aqui é o ritmo, a montagem, a trilha econômica e um tom minimalista que opta por não ser explícito em vários casos e acerta. É um filme de terror quase sem sangue. A presença de velhos truques é um alívio, pois se eles existem são para serem usados e subvertidos.

Um bom modo de entender o funcionamento do longa é o seu epílogo, que funciona como um pequeno curta dentro da história. Sem utilizar de maneirismos de câmera ou arroubos de tecnologia a dupla de diretores David Moreau e Xavier Palud faz miséria com o básico. A impressão de que eles foram cortando o desnecessário e mesmo assim alcançam o que se espera desse tipo de filme.

A ironia é que junto com Haute Tension o cinema francês entrega nesta década dois ótimos filmes do terror moderno, justo o tipo de cinema menos provável a tal coisa. E não só são dois filmes que sustentam o gênero que parecia fadado a continuações e remakes como desarmam os argumentos de que o gênero já estava desgastado eternamente.

Nota: 9,3

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Oscar 2007 - Indicados

Melhor filme

Babel
Os Infiltrados
Cartas de Iwo Jima
Pequena Miss Sunshine
The Queen

Melhor ator

Forest Whitaker - O Último Rei da Escócia
Will Smith - À Procura da Felicidade
Leonardo DiCaprio - Diamante de Sangue
Ryan Gosling - Half Nelson
Peter O'Toole - Venus

Melhor ator coadjuvante

Alan Arkin - Pequena Miss Sunshine
Jackie Earle Haley - Pecados Íntimos
Djimon Hounsou - Diamante de Sangue
Eddie Murphy - Dreamgirls
Mark Wahlberg - Os Infiltrados

Melhor atriz

Helen Mirren - The Queen
Judi Dench - Notes on a Scandal
Kate Winslet - Pecados Íntimos
Penélope Cruz - Volver
Meryl Streep - O Diabo veste Prada

Melhor atriz coadjuvante

Abigail Breslin - Pequena Miss Sunshine
Cate Blanchett - Notes on a Scandal
Jennifer Hudson - Dreamgirls
Adriana Barraza - Babel
Rinko Kikuchi - Babel

Melhor Animação

Carros
Happy Feet - O Pingüim
A Casa Monstro

Direção de arte

Dreamgirls
The Good Shepherd
O Labirinto do Fauno
Piratas do Caribe: O Baú da Morte
O Grande Truque

Fotografia

Dália Negra
O Ilusionista
Filhos da Esperança
O Labirinto do Fauno
O Grande Truque

Figurino

O Diabo veste Prada
Dreamgirls
Maria Antonieta
The Queen
Curse of the Golden Flower

Direção

Martin Scorsese - Os Infiltrados
Alejandro González Iñárritu - Babel
Paul Greengrass - Vôo United 93
Clint Eastwood - Cartas de Iwo Jima
Stephen Frears - The Queen

Roteiro adaptado

Borat
Filhos da Esperança
Os Infiltrados
Pecados Íntimos
Notes on a Scandal

Roteiro original

Pequena Miss Sunshine
O Labirinto do Fauno
Babel
Cartas de Iwo Jima
The Queen

Melhor Documentário

Deliver us from Evil
Uma Verdade Inconveniente
Iraq in Fragments
Jesus Camp
My Country My Country

Melhor documentário em curta-metragem

The Blood of Yingzhou District
Recycle Life
Rehearsing a Dream
Two Hands

Montagem

Babel
Diamante de Sangue
Filhos da Esperança
Os Infiltrados
Vôo United 93

Filme estrangeiro

Dias de Glória (Argélia)
O Labirinto do Fauno (México)
Water (Canadá)
The Lives of Others (Alemanha)
After the Wedding (Dinamarca)

Maquiagem

Apocalypto
Click
O Labirinto do Fauno

Trilha sonora

Babel
O Segredo de Berlim
Notes on a Scandal
O Labirinto do Fauno
The Queen

Canção

"I need to Wake Up" - Uma Verdade Inconveniente
"Love You I Do" - Dreamgirls
"Listen" - Dreamgirls
"Patience" - Dreamgirls
"Our Town" - Carros

Edição de som

Apocalypto
Diamante de Sangue
A Conquista da Honra
Cartas de Iwo Jima
Piratas do Caribe - O Baú da Morte

Mixagem de som

Apocalypto
Diamante de Sangue
Dreamgirls
A Conquista da Honra
Piratas do Caribe - O Baú da Morte

Efeitos visuais

Piratas do Caribe - O Baú da Morte
Poseidon
Superman - O Retorno

Curta de animação

The Danish Poet
Lifted
The Little Matchgirl
Maestro
No Time for Nuts

Curta-metragem

Binta y la gran idea
Éramos pocos
Helmer & Son
The Savior
West Bank Story

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Framboesa de Ouro 2007

Pior Filme:

  • Instinto Selvagem 2
  • BloodRayne
  • O Pequenino
  • O Sacrifício
  • A Dama na Água

Pior Ator:

  • Tim Allen (Meu Papai é Noel 3, Soltando os Cachorros e Zoom)
  • Nicolas Cage (O Sacrifício)
  • Dan Whitney (Larry The Cable Guy: Health Inspector)
  • Rob Schneider (The Benchwarmers e O Pequenino)
  • Marlon Wayans & Shawn Wayans (O Pequenino)

Pior Atriz:

  • Jessica Simpson (Employee of the Month)
  • Lindsay Lohan (Sorte no Amor)
  • Kristanna Loken (BloodRayne)
  • Hilary Duff & Haylie Duff (Material Girls)
  • Sharon Stone (Instinto Selvagem 2)

Pior Ator Coadjuvante:

  • Danny DeVito (Um Natal Brilhante)
  • Ben Kingsley (BloodRayne)
  • M.Night Shyamalan (A Dama na Água)
  • Martin Short (Meu Papai é Noel 3)
  • David Thewlis (Instinto Selvagem 2 e A Profecia)

Pior Atriz Coadjuvante:

  • Jenny McCarthy (John Tucker must Die)
  • Carmen Electra (Uma Comédia nada Romântica e Todo Mundo em Pânico 4)
  • Michelle Rodriguez (BloodRayne)
  • Kristin Chenoweth (Um Natal Brilhante, A Pantera Cor de rosa e RV)
  • Kate Bosworth (Superman - O Retorno)

Pior Par:

  • Tim Allen & Martin Short (Meu Papai é Noel 3)
  • Nicolas Cage & a fantasia de urso (O Sacrifício)
  • Hilary Duff & Haylie Duff (Material Girls)
  • Os seios de Sharon Stone (Instinto Selvagem 2)
  • Marlon Wayans & Shawn Wayans OU Shawn Wayans & Kerry Washington (O Pequenino)

Pior Remake:

  • O Pequenino (cópia do desenho do Pernalonga)
  • A Pantera Cor de rosa
  • Poseidon
  • Soltando os Cachorros
  • O Sacrifício

Pior Prelúdio ou Sequência:

  • Instinto Selvagem 2
  • Vovó...Zona 2
  • Garfield 2
  • Meu Papai é Noel 3
  • Texas Chainsaw Massacre: The Beginning

Pior Diretor:

  • Uwe Boll (BloodRayne)
  • Michael Caton-Jones (Instinto Selvagem 2)
  • Ron Howard (O Código Da Vinci)
  • M.Night Shyamalan (A Dama na Água)
  • Keenan Ivory Wayans (O Pequenino)

Pior Roteiro:

  • Instinto Selvagem 2
  • BloodRayne
  • A Dama na Água
  • O Pequenino
  • O Sacrifício

Pior Desculpa para Entretenimento Família:

  • Um Natal Brilhante
  • Garfield 2
  • RV
  • Meu Papai é Noel 3
  • Soltando os Cachorros
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Foto de Bennett

BOMBA! Preparem-se para o ESPETÁCULO que vai ser...A SONG OF ICE AND FIRE NA HBO!!!

Quem me alertou foi o Furão. A melhor coisa aconteceu: a HBO vai adaptar a série de livros ABSURDAMENTE DETONANTE do George R. R. Martin, A Song of Ice and Fire (ainda em andamento), para a televisão. Cada livro vai ser uma temporada, à la Dexter. Foi bom os livros terem caído com a HBO, porque são tão, tão violentos e sexualmente explícitos, que no cinema levariam um NC-17 (fora serem longos demais para filmes), e em canais da televisão aberta nunca seriam adaptados corretamente.

Eu recomendo não esperar pela série e partir de cara para a leitura, porque é uma experiência literária inigualável, divina e transcendental...em alguns momentos quase mística. Esses livros te pegam pelas vísceras, te dão uma surra, te sacodem, te pisoteiam e te arremessam para a lua. No bom sentido. Leiam uma boa descrição no Omnilândia, aqui e aqui.

[quote=Variety]HBO turns 'Fire' into fantasy series.

Cabler acquires rights to Martin's 'Ice'

By Michael Flemming

HBO has acquired the rights to turn George R.R. Martin's bestselling fantasy series "A Song of Fire & Ice" into a dramatic series to be written and exec produced by David Benioff and D.B. Weiss.

"Fire" is the first TV project for Benioff ("Troy") and Weiss ("Halo") and will shoot in Europe or New Zealand. Benioff and Weiss will write every episode of each season together save one, which the author (a former TV writer) will script.

The series will begin with the 1996 first book, "A Game of Thrones," and the intention is for each novel (they average 1,000 pages each) to fuel a season's worth of episodes. Martin has nearly finished the fifth installment, but won't complete the seven-book cycle until 2011.

The author will co-exec produce the series along with Management 360's Guymon Casady and Created By's Vince Gerardis.

Martin's series has drawn comparisons to J.R.R. Tolkien, because both are period epics set in imagined lands. But Martin has eschewed Tolkien's good-vs.-evil theme in favor of flawed characters from seven noble families.

The book has a decidedly adult bent, with sex and violence comparable to series like "Rome" and "Deadwood."

"They tried for 50 years to make 'Lord of the Rings' as one movie before Peter Jackson found success making three," Martin said. "My books are bigger and more complicated, and would require 18 movies. Otherwise, you'd have to choose one or two characters."

Aside from writing the most recent draft of "Halo," Weiss recently adapted the William Gibson novel "Pattern Recognition" for WB and director Peter Weir.

Benioff and Weiss were repped by CAA and Management 360.[/quote]

Fonte

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Foto de Guybrush Threepwood

Golden Globe 2007 - tópico oficial

Não sei se vai ter mais alguém online durante a transmissão do Globe, mas eu vou tentar ficar aqui e relatar o máximo que eu conseguir da premiação (sendo que eu não vou estar assistindo, mas acompanhando através de blogs e outros fóruns). Se tiver mais alguem online e quiser postar qualquer comentário sobre a premiação, favor usar esse tópico, para maior organização. Vou promovê-lo à pagina principal e deixa-lo fixo, mas só até o fim do evento, depois eu tiro.

A programação começa as 08:00PM, horário de Los Angeles (23hs horário de Brasília). Ate lá.

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Foto de Bennett

Boicote a Cicarelli

Infelizmente não dá para boicotar o desembargador que canetou a liminar abusiva, extrapolando os poderes concedidos pelo art. 461, § 5º do CPC, envolvendo na controvérsia Cicarelli + Fulano vs. YouTube + Globo + iG partes que não tinham nada a ver com a história (operadores de backbone e trocentos mil consumidores de serviços de acesso à Internet). Mas, enquanto isso, é possível BOICOTAR A CICARELLI por ter dado origem a esse processo oportunista e perigoso.

É a louvável intenção deste novo blog. Eu espero, do fundo do meu coração, que essa sujeita tenha uma morte comercial intensa e dolorosa.

Liberdade de imprensa, liberdade de expressão, e devido processo legal, todos jogados no lixo com nossa Constituição. 

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[24] 06.01-06.04 06:00am-10:00am VAZARAM

Impressionante, mas até isso hoje em dia. Praticamente uma semana antes da data de estréia, provavelmente por causa de algum DVD promocional.

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Melhores filmes de 2006

2006 foi um ano totalmente atípico pra mim em termos de filmes: eu costumo ir ao cinema em torno de 50, 60 vezes ao ano, e mantenho uma lista com todos os filmes que eu assisto. Ano passado, contudo, eu fui apenas 26 vezes. Provavelmente mais um reflexo da atual superioridade dos seriados de TV sobre Hollywood.

Muitos filmes bons. Alguns filmes ruins. Pouquissimos filmes excelentes. Um filme PÉSSIMO: Hostel.

 

Eis os cinco melhores, IMHO:

 

5 – Inside Man: Eu acho o Spike Lee um cara muito irregular. Eu não gosto dos filmes políticos dele, como Malcolm X ou Do The Right Thing; acho-os bem chatos. Quando ele procura fazer cinema convencional, por outro lado, geralmente temos ótimos resultados: tanto Summer of Sam quanto 25th Hour são muito bons - e esse thriller Inside Man não fica atrás. Melhor filme dele, eu diria. Puta roteiro inteligente, muito, muito bem dirigido e editado, e bastante divertido.

 

4 – Pirates of the Caribbean - Dead's Man Chest: Por algum motivo que eu não posso explicar, eu não gosto do primeiro Pirates quando o vi no cinema. Por um outro motivo que sei explicar menos ainda eu o adorei quando revi em DVD, mais de um ano depois. E o segundo é melhor. BEM melhor. É tudo que um filme pipoca precisa ser, e um pouco mais.

 

3 – Brick: mistura belíssima de noir com filme de high school, e ainda consegue a façanha de não parecer rídiculo - pelo contrário, é um belissimo exercicio de cinema, que transborda atmosfera - e a prova de que não se precisa de um grande orçamento para se fazer um grande filme.

 

2 – The Prestige: o Bennett hypou tanto esse filme que quando fui ver tava morrendo de medo de acabar me decepcionando, tão alta era a expectativa - felizmente, tal decepção nunca se concretizou. O filme em sim é um grande truque de mágica, e ainda que acaba por se revelar demais antes da hora, os prós surpassam os contras, e o fantástico roteiro e a direção de mestre do Nolan, além do sempre ótimo Christian Bale resultam em um filme não menos que espetacular.

 

1 – United 93: do começo lento ao final catártico, United 93 deixa de ser o óbvio retrato do herói americano para se tornar um dos filmes mais contundentes da história recente: ainda que muito do que está ali possa ser pura ficção, o filme é perfeitamente plausível, ultrarealista, e humano. O final, ainda que previsto, é o mais emocionalmente chocante que eu vejo desde... hã, desde Seven. Um thriller poderoso, e o melhor filme do ano.

 

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Roteiro adaptado: The Prestige

Roteiro original: Brick

Fotografia: Brick

Edição: United 93

Direção: United 93

Trilha sonora: The Fountain

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