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"Tropa de Elite" conquista o Urso de Ouro do Festival de Berlim

"Tropa de Elite" conquista o Urso de Ouro do Festival de Berlim

O filme "Tropa de Elite", de José Padilha, foi premiado neste sábado no Festival de Berlim com o Urso de Ouro de melhor filme, durante a cerimônia de encerramento da 58ª edição da Berlinale.

O documentário "Standard Operating Procedure", de Errol Morris, sobre as torturas a presos iraquianos em Abu Ghraib, ganhou o Urso de Prata.

O filme, o primeiro longa-metragem de ficção de Padilha, é inspirado no livro "Elite da Tropa", que narra cenas de violência e corrupção policial no Rio de Janeiro.

Ele concorria com vinte filmes, e a sua receptividade na crítica especializada durante o Festival foi bastante controversa. Gerou desde críticas --principalmente ao seu excesso de belicismo e tom fascista-- quando elogios --sendo até chamado de "o novo Cidade de Deus."

Na ocasião da exibição do filme em Berlim, Padilha disse acreditar que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam "Tropa de Elite" desde a sua estréia no Brasil.

Sobre as resenhas publicadas, o diretor afirmou: "Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso".

Quando falou da reação a "Tropa de Elite" no Brasil, o cineasta disse durante o Festival: "Temos uma polícia muito corrupta e muito violenta. A população odeia a polícia, com boas razões. Acho que parte do público tomou o filme como uma vingança contra a polícia, o que foi difícil, porque vingança não é um bom sentimento."

Ressaltando que "tudo o que está no filme, de fato, acontece", Padilha mencionou os traficantes brasileiros como violentos e cruéis. Para ele "já é hora de acabar com essas categorizações entre direita e esquerda, porque o que interessa é o que está acontecendo".

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u373056.shtml

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"There Will Be Blood" (Sangue Preto)

Quando um certo asiáto postou o trailer, achei tudo normal, parecia chamada de novela, um episódio de Maria do Bairro, mas depois de saber sobre algumas críticas, inclusive uma comparando ao Cidadão Kane, a expectativa cresceu.

Mesmo vendo o filme com a expectativa alta e os olhos vidrados na tela a espera de qualquer deslize (pra poder falar mal, que é minha especialidade), é tudo muito bom, eu diria até que pode ser chamado de semi-genial.

There Will Be Blood é um filme de "artimanhas", não chega a ser de "arte", pois tem um senso de humor louvável, coisa que a velha guarda do cinema não tem capacidade de fazer, é um filme que tem o pé na experimentalidade, um épico gótico. Conta a trajetória de um cara ganancioso, mas não de um vilão, longe disso, afinal, quem não tem ganância que vá viver de extrativismo na tribo dos Paunocu. É o papel da carreira do DDL, tem cenas que ele parece improvisar, o nome do filme poderia ser "Meu Pé direito", pois é a atuação do pé que ele economizou no "Meu Pé Esquerdo".

A trilha tbm foi outra paparicação, é bem "diferentona". Foi feita por aquele EMO, escutador de Morrisey, bebedor de Sminorf Ice que toca no "Radiohead", um tal de Jonny Greenwood, uma bichona louca apreciada pelos amantes de Los Hermanos e Coldplay. Os Usadores de All Star ficaram em polvorosa, é uma trilha interessante, meio eletro-mineira, um violino desafinado, sons espaciais, sempre angustiante, sempre agudo, depois baixem a musica chamada "Stranted Line", parece a trilha do Psicose remixada com apito de cachorro. Ele se deu mal, pois a trilha continha trechos de outras músicas e ele não pode concorrer ao Oscar (ou algo parecido). Nem parecia coisa de gente que meche com o Radiohead, essa bandinha de paraíba metido a super star (super all star). Escutadores de radiohead devem ser um bando de chorões, devem ser aqueles caras cheios do sentimentalismo. Poetas do subúrbio.

"Magnolia" é mais transgressor, "Boogie Nights" mais alegre e o "Punch Drunk Love" mais objetivo, mesmo assim, esse "Sangue Negro" vai ser unanimidade por aqui. Filme brilhante.

Nota: 10 (Na minha cabeça seria uma espécie de lavoura arcaica, eu não tenho pena de dar nota ruim pra esses filmes aclamados pela critica, mas quando o filme é bom, eu sucumbo. Esse daqui é um filme bem humorado, angustiante e tecnicamente estupendo, toda a cena do negócio pegando fogo é de uma qualidade paranormal, coisa pra ficar arrepiado.)
Nota de Breguice: 1 (não gostei do bigode do DDL)
Nota chuck: 6 (como eu disse, eu pensei que seria mais paradão, mas até que tem blood.)
Nota punheta: 0

P.S Eu sai do cinema correndo, furando sinal vermelho, todo suado, com fome, tudo isso pra chegar aqui e escrever sobre esse filme antes que o mizukami, pois eu sei que ele queria fazer as honras, que ele é o padrinho no filme aqui no Joio. Mas não, Mizukami, se vc tivesse um milkshake, meu canudo ia até teu milkshake e eu tomaria ele todinho. Fica ai o desabafo.

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Foto de Guybrush Threepwood

The King of Kong: A Fistful of Quarters

Billy Mitchell não é qualquer cara, não senhor. Mas o que ele tem de especial, além de um penteado ridículo e um péssimo gosto para gravatas? Bom, Mitchell é reconhecido mundialmente como o "maior jogador de arcades da história do mundo". Isso por que lá no início dos anos 80 ele foi responsável por quebrar vários recordes dos maiores clássicos de fliperama, incluindo Pac-Man e Donkey Kong (tido por muitos como o arcade clássico mais desafiador da história). Isso meio que fez de Billy uma lenda, uma celebridade, e apesar da maioria dos recordes dele ter sido superado ao longo do tempo, ele ainda era visto como "o cara", especialmente por causa de sua personalidade marcante (que inclui sua notoria vontade de aparecer, mas nunca quando precisa ser visto). Billy meio que havia largado de lado sua vontade de quebrar recordes para dedicar-se ao seu negócio de temperos. Seu último recorde a ser quebrado, o do Donkey Kong, havia mantido-se intocado por mais de duas décadas. Billy ainda era o "rei do Kong". Até o surgimento do Steve Wiebe.

"The King of Kong" é um fabuloso documentário, centrado na saga de Wiebe ao tentar superar o recorde mundial de Kong, e ser reconhecido por isso. Wiebe é um pai de família, com seu empreguinho de professor, que a noite treina Donkey Kong na garagem de sua casa, e que um belo dia consegue superar o escore de Mitchell e gravar em fita para provar para todo mundo. Ele manda a fita para o Twin Galaxies (que são uma espécie "oficial" de record trackers de videogames), mas encontra uma resistência em ter seu recorde aceito, agravado pelo fato de Mitchell ser um dos membros-fundadores do Galaxies. Wiebe então decide provar em público que é capaz de se tornar o campeão de Kong, lutando contra a conspiração em favor de Billy.

Esse lance da conspiração inclusive é meio polêmico, com o Twin Galaxies tentando se defender depois do filme ter saído, dizendo que o documentário mentiu um pouco em seu retrato deles e do Mitchell, mas salvo raras exceções (Capturing the Friedman?), documentários sempre tendem a puxar sardinha para um lado, o lado defendido pelo documentárista (Michael Moore que o diga).

O filme chega a parecer quase um filme de aventura, tendo Steve como o herói e Billy como o vilão (e por trás o império do Twin Galaxies - cuja única figura simpática é do juiz Walter Day). Mas é mais que isso - é um interessantísimo olhar sobre a cultura gamer/retrogamer de modo geral, ainda que 90% das figuras a aparecerem em tela são nerds, losers e no-lifers (que normalmente é mesmo o público-alvo desse tipo de campeonato). É divertidíssimo, excitante (torcemos para Wiebe maior parte do tempo) e tenso (no último dia do campeonato que vale pro livro Guinness, especialmente). Vale a pena, especialmente para aqueles que possuem ao menos o remoto interesse em cultura gamer, ou que apreciem um bom documentário.

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Foto de quase nada

[REC] O filme de terror mais chocante da humanidade espanhola!

Nos moldes do Cloverfield/Blair Witch, filmado em câmera "pobre milímetros" e com ares de mocumentário. A premissa é a seguinte: uma equipe de jornalismo segue um grupo de paramédicos/bombeiros durante a noite.

6% das pessoas que viram o filme morreram do coração.

 

Reação da plateia (cho-can-teh):

http://br.youtube.com/watch?v=nfgZlMYj_NU&feature=user

 

Trailer (caso vc tenha algum problema cardíaco, sugiro não vê-lo, pois a chance de vc morrer é alta, eu diria que é de 28%):

http://br.youtube.com/watch?v=ib5ZSj6ST0U&feature=user

 

 

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Foto de quase nada

Top 3 - As Maiores Fraudes do Cinema Cabeça

Quando o ser humano normal vai ao cinema, ele espera ser um receptáculo de sensações, emoções e lirismos, tais pessoas vêem o cinema apenas como um escapismo da vida cotidiana, um ópio, já outros, mais poetas (que adoram usar All Star) vêem como uma forma de punhetar, ainda mais, a própria vida, com coisas incompreensíveis de serem absorvida pelos cearenses. Seja qual for a tua turma, desmistificarei certas VACAS SAGRADAS do atual cinema cabecete.

Vamos aos picaretas:

3° Lugar - Darren Aronofsky

O único mérito desse cara é o de enrabar a Rachel Weiss de graça, fora isso, é uma fraude. PI é uma PIada feita por um PIcareta que só engana PIauiense. "A Fonte" é uma fonte jorrando bosta. Depois que um certo japonês me explicou a história, fiquei com mais ódio ainda. Já o Requiem para um Sonho é bom, o que prova que a sorte tbm beneficia os picaretas, afinal, Deus está para os picaretas assim como está para os mestres do cinema cabeça, como Mestre David Lynch.

2° Lugar - Terrence Malick

Alguém já viu mineiro na praia? Tem coisa mais chata? Mais deslocada? Mais esquisita? Alguém já viu japonês no coito? Tem coisa mais sem noção? Pois é... tem sim... o nome dessa coisa é: Terrence Malick. Um dos caras mais chatos da história, amante das chatices naturais, sua marca registrada são closes de 3 minutos em árvores, macacos e crocodilos. Depois do Alem da Linha Vermelha, Novo Mundo e etc, chamar esse palhaço de Mestre é algo inadmissível, coisa que apenas leigos e artísticos (como o George Clooney) tem a cara de pau de fazer.

1° Lugar - Ang Lee

Esse tal de Ang Lee já fez mais de mil filmes, entretanto, apenas o Tigre e o Dragão é bom. Estatisticamente, até Afonso Brazza tem mais filmes bons que o Ang Lee. Sem falar que é o diretor de um dos filmes mais odiosos de todos os tempos: Huink. Chinês é uma criatura sem nenhuma noção da realidade, o cara fica deslumbrado, se achando o poeta das artes lindas, o mestre das belezas insanas, praticante de tai chi chuan, passa o tempo recitando poemas em posição de lótus, tomando chá verde, escutando radiohead, dançando The Cure com a cabeça baixa, frequentando os círculos cabecetes, usando all star e fazendo outras artimanhas sem tamanho. O "asiático cabeça" é uma criatura pomposa, cheio das trelas. Um ser que vive de beleza e quer ser admirado por todos, uma fraude.

Menções honrosas: Kim Ki Duk e Sophia Coppola.

Caso algum leigo queira discutir a soberania da minha lista, não percam tempo, pois essa daqui é a que mais representa a realidade.

Próxima lista - As Mulheres mais feias do MILÊNIO.

Abraços.

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Foto de Guybrush Threepwood

[LOST] S04E01 - "The Beginning of the End"

Bom episódio, mas... a série tem histórico de ter season primieres beeeeem melhores.

Spoiler: Highlight to view

- Então, os Oceanic Six são as seis pessoas que voltaram, mas de acordo com que aquele cara que aparece no hospício questionando o Hurley, devem existir mais sobreviventes (provavelmente ficaram na ilha);

- Charlie está mesmo morto;

- Jack x Locke - já era esperado;

Torcer para o próximo episódio ser mais trabalhado... não gostei muito do ritmo desse aqui.

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Foto de Bennett

Qual, afinal, o seu melhor filme de 2007?

Vi muito pouco filme esse ano. Nem as coisas que eu baixo eu acabo assistindo ultimamente...fora alguns seriados (Dexter, por exemplo). Dos filmes americanos elegíveis para o Oscar, só um me entusiasmou. Ainda não vi There Will Be Blood nem Sweeney Todd, que me parecem muito bons, mas se eu eu tivesse que escolher o melhor filme americano do ano agora, seria esse aqui:

 

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Oscar 2008 - Bolão e Indicados

MELHOR FILME:

- Desejo e reparação (Atolement)
- Onde os fracos não têm vez (o do Javier cabelinho)
- Sangue negro (There Will Be-Bop)
- Conduta de risco (Michael Clayton Clooney)
- Juno (Blossom)


MELHOR DIRETOR

- Julian Schnabel (O Escafandro, Stephen Hawk e a Borboleta)
- Jason Reitman (Juno)
- Tony Gilroy (Michael Clay Fighters)
- Joel Coen and Ethan Coen (Onde Os Filmes Fracos Não Têm Final)
- Paul Thomas Anderson (Mauá - Imperador do Texas)

MELHOR EDIÇÃO
- O Ultimato Bond
- O Escafandro e o Meu Pé Esquerdo
- Into the Wild (aquele Garden State do Sean Penn)
- Onde os Fargos Não Têm Vez
- There Will Be-gode

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28º Framboesa de Ouro

2008 Razzie Nominees

Worst
Picture
Bratz
Daddy Day Camp
I Know Who Killed Me
I Now
Pronounce You Chuck & Larry
Norbit

Worst Actor
Nicolas
Cage, in Ghost Rider, National Treasure and Next
Jim Carrey, The Number
23
Cuba Gooding, Jr., Daddy Day Camp and Norbit
Eddie Murphy,
Norbit
Adam Sandler,
I Now Pronounce You Chuck & Larry

Worst
Actress
Jessica Alba, Awake, Fantastic Four, and Good Luck Chuck
Logan
Browning, Janel Parrish, Nathalia Ramos AND Skyler Shaye, Bratz
Elisha
Cuthbert, Captivity
Diane Keaton, Because I Said So
Lindsay Lohan, I Know
Who Killed Me

Worst Supporting
Actor
Orlando Bloom, Pirates of the Caribbean
Kevin James, I Now
Pronounce You Chuck & Larry
Eddie Murphy, Norbit
Rob Schneider, I Now
Pronounce You Chuck & Larry
Jon Voight, Bratz, National Treasure
September Dawn and Transformers

Worst Supporting
Actress

Jessica Biel, I Now Pronounce You Chuck & Larry
Carmen
Electra, Epic Movie
Eddie Murphy (as Rasputia), Norbit
Julia Ormond, I
Know Who Killed Me
Nicolette Sheridan, Code Name: The Cleaner

Worst Screen
Couple
Jessica Alba & either Hayden Christensen in Awake; Dane Cook
in Good Luck Chuck; or Ioan Gruffudd in Fantastic Four
Any Combination of
Two Totally Air-Headed Characters in Bratz
Lindsay Lohan and Lindsay Lohan
in I Know Who Killed Me
Eddie Murphy (as Norbit) & either Eddie Murphy
(as Mr. Wong) or Eddie Murphy (as Rasputia) in Norbit
Adam Sandler &
either Kevin James or Jessica Biel in I Now Pronounce You Chuck &
Larry

Worst Remake or
Ripoff
Are We Done Yet? (remake of Mr. Blandings Builds His Dream
House)
Bratz (A rip-off if there ever was one)
Epic Movie (Rip-off of
every movie it rips off)
I Know Who Killed Me (Rip-off of Hostel, Saw and The
Patty Duke Show)
Who's Your Caddy (Rip-off of Caddy
Shack)

Worst Prequel or
Sequel

Aliens vs. Predator: Requiem
Daddy Day Camp
Evan
Almighty
Hannibal Rising
Hostel: Part II

Worst
Director
Dennis Dugan, I Now Pronounce You Chuck & Larry
Roland
Joffe, Captivity
Brian Robbins, Norbit
Fred Savage, Daddy Day
Camp
Chris Siverston, I Know Who Killed Me

Worst Excuse for a
Horror Movie
Aliens vs Predator: Requiem
Captivity
Hannibal
Rising
Hostel: Part II
I Know Who Killed Me

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The Teenagers - Reality Check (ou, o fim da picada do indie rock francês)

Ouvi esse disco hoje, com uma certa perplexidade...é tipo um CSS francês. Não porque seja musicalmente similar (não é), mas porque é uma bandinha indie anglófila que teve muita sorte na vida. Esses caras saíram da França e agora moram na Inglaterra, em um mar de hype. Sonoramente, parece um, digamos, sub-Rakes, com letras pornográficas e machismo pseudo-irônico. Não é particularmente ruim: passa pelo teste do "gruda na cabeça". Mas não deixa de ser razoavelmente insultante, não apenas pelo tom gratuitamente grosseiro das músicas, mas pelo fato de que a única coisa relevante da banda é o quão intensamente irrelevante ela é. Até a história do grupo, que começou com um perfil falso no Myspace, é ofensivamente supérflua. O Guardian resume bem esses caras:

The Guardian wrote:
The buzz: "They sound like the Velvets doing the soundtrack to a porno film with Vanessa Paradis on guest vocals."

The truth: They've only got one idea: a series of lust-lyrics over two-chord lo-fi indie. A bit thin for a whole career...

Eles até que tentam construir uma imagem a partir de letras extremamente misóginas, mas até nisso caem em um clichê desesperador. A letra e clipe de Homecoming são um bom exemplo disso...a música conta a historinha de um inglês que vai para os EUA e come uma cheerleader gostosa. O refrão intercala o vocalista dizendo "I fucked my American cunt" com uma menina cantando "I love my English romance". Ugh. E o clipe mostra umas ninfetas provocantes em um quarto com a banda, que por sinal é muito feia e já passou da adolescência, vivendo em plenitude aquela fase extremamente marota da vida masculina, a fase "tiozinho".

Essa é a faixa que abre o disco. Tematicamente, dá o tom do álbum inteiro, que em certo ponto engata uma canção de amor a Scarlett Johansson chamando ela de Starlett Johansson (trocadalho do carilho, como diria o Plague)...e errando na pronúncia de "monogamy" para encaixar na música.

Até que daria para defender os Teenagers dizendo que eles não são sérios, que a auto-paródia é intencional, etc...mas é uma banda que já nasceu pedindo para morrer. Valeu, França! Agora pelo menos dá para a gente sentir menos vergonha pelo CSS.

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Jericho - Segunda Temporada

Wow.

E pensar que por muito pouco essa excelente série quase foi para o saco. Apesar de ter vários fãs fervorosos, a série chegou a ser cancelada no final da primeira temporada, mas uma campanha maluca desses fãs fez a CBS reconsiderar e encomendar mais sete episódios - tudo por que eles não aguentavam mais as toneladas de amendoins que chegavam no estúdio da emissora (a referência a amendoins é sobre algo dito pelo Jake no último episódio).

E esses novos episódios estavam programados para estrear dia 12/02, mas graças as maravilhas da internet, vazou o DVD screener um mês antes, com os três primeiros episódios. Acabei de vê-los em sequência, e garanto que a série está MELHOR do que nunca.

A abordagem aqui é diferente. Na primeira temporada, o povo de Jericho lutava para sobreviver após os ataques nucleares, sem saber muito o que estava acontecendo lá fora. Na segunda, o cotidiano da cidade está se restabelecendo, ao passo que um novo governo emerge nos EUA, dividindo a nação em duas, com uma bandeira diferente e uma alta conspiração por trás. Ao mesmo tempo, um antigo antagonista de Jake ressurge e assume uma posição importante na cidade - e existe a ameaça de um novo vírus letal que vem se espalhando pelo oeste americano e causando mortes.

Os episódios são excelentes, a série não perdeu o gás e a única pena é que agora vão faltar mais de um mês para que possamos ver os quatro episódios restantes - que certamente serão tão bons quanto (e torcer para termos mais alguns).

Ah, e a Paramount Brasil promoteu que vai lançar o box da primeira temporada aqui em breve, então fiquem ligadas.

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Counter-Strike e EverQuest: PROIBIDOS no Brasil

Por decisão judicial. Não bastasse a óbvia inconstitucionalidade da decisão, a motivação é absurdamente ridícula:

Quote:
Em cumprimento de decisão judicial proferida pelo Juízo da 17a Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, válida em todo o território nacional, nos autos da Ação Civil Pública n° 2002.38.00.046529-6, o PROCON/GO está apreendendo no Estado de Goiás os jogos virtuais de vídeo-games e computadores: “Counter-Strike” e “Everquest”, que foram considerados impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde dos consumidores, em ofensa ao disposto nos artigos 6, I, 8, 10 e 39, IV, todos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

O jogo “Counter Strike” (reféns, bomba, fuga, assassinato, armas, técnicas de guerra, táticas de guerrilha) reproduz a guerra entre bandidos e policiais e impressiona pelo realismo. O jogo foi criado nos Estados Unidos e adaptado para o Brasil. No vídeo-game, traficantes do Rio de Janeiro seqüestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas. A polícia invade o local e é recebida a tiros

O participante pode escolher o lado do crime: virar bandido para defender a favela sob seu domínio. Quanto mais PM´s matar, mais pontos. A trilha sonora é um funk proibido. Nessa escala de violência, cada um escolhe suas armas: pistolas, fuzis e granadas. Na visão de especialistas, o jogo ensina técnicas de guerra, haja vista o jogador deve ter conhecimento sobre táticas de esconderijo, como se estivesse numa guerrilha

O jogo “Everquest” leva o jogador ao total desvirtuamento e conflitos psicológicos “pesados”; pois as tarefas que este recebe, podem ser boas ou más. As más vão de mentiras, subornos e até assassinatos, que muitas vezes depois de executados, o jogador fica sabendo (ou não) que era apenas uma armadilha para ser testado para entrar em um clã (grupo)

Os jogos violentos ou que tragam a tônica da violência são capazes de formar indivíduos agressivos, sobressaindo evidente que é forte o seu poder de influência sobre o psiquismo, reforçando atitudes agressivas em certos indivíduos e grupos sociais.Todo consumidor goiano que se deparar com a distribuição e comercialização dos jogos virtuais “Counter-Strike” e “Everquest” deve acionar o PROCON/GO, via telefone 151 ou por meio do e-mail: consulta@procon.go.gov.br, visando a apreensão destes produtos.

Fonte

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Foto de Fabio Negro

Eu Sou Legenda

- Filme morno-quente

- Drama bem melhor que ação.

- Will Smith chorando. De novo!

- Will Smith chorando igualzinho ao Tom Hanks. (escorre uma lágrima e faz "biquinho de contenção")

- NY vazia não me impressiona.

- A cena que custou uns 5, 13 ou 20 milhões de dólares (conforme a fonte) se passa com um multidão, misséis, pontes explodindo, 50 helicópeteros e o caramba. Não me impressionou.

- Will Smith caçando cervos na NY vazia não impressiona. No trailer dá mais clima

- O cachorro é legal, até que uma hora começa a pentelhar. E no final a culpa é dele. Bicho panaca!

- CGI muito ruim, muito fake. Os darksiders conseguem berrar mais que o Mufasa e abrem mais a boca que a Gianna Michaels. Quando Will Smith se deparara com leões, eles ficam se olhando, tipo trocando mensagens sociais. Putamerda! E quando o leão agarra um cervo, o bichinho têm expressões faciais. Putamerda!

- Alice Braga não é a Gianna Michaels

- Pelo menos a Alice Braga tem um bom histórico de não ficar com o preto no final.

- Isabela Boscov nunca abriu um livro na vida. Ela acha que a idéia de Eu Sou a Lenda é daquele filme com o Charlton Heston, Omega Man. Ou seja, uma crítica de cinema que ignora um livro que já gerou dois filmes diretos e indiretamente ainda a série do George Romero. Tá bem, hein, filha?

- Se você leu a resenha da Isabela Boscov na Veja, ou viu o video-resenha postado acima, ela estragou a sua diversão, pode acreditar. Assitam o filme primeiro, depois confiram o quanto a moça é boboca.

- O final é bobão, do tipo "nossa, ele não precisava fazer isso".

- O final é bobão tipo "nossa, que narraçõa piegas!"

- O final alternativo vai sair no DVD e parece que é muito melhor. Pior seria difícil.

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Foto de Guybrush Threepwood

Mass Effect

Certas empresas de software se especializam tanto em
determinados tipos de games, que se tornam mestras daquele gênero em particular. Ninguém
faz shooters como a iD ou a Valve,
poucos mandam tão bem em jogos de luta quanto a Capcom ou a SNK, e praticamente
todo o território de games esportivos é dominado pela EA. O mesmo podemos dizer
da BioWare e seus RPGs: é obra-prima atrás de obra-prima. Com Mass Effect, não
foi diferente.

O jogo é quase um “sucessor espiritual” do fenomenal Knights
of the Old Republic, mas sem ambientação Star Wars – ainda que tenha várias
influências desse universo. Desse, e de vários clássicos de ficção-científica.
Mass Effect é uma space opera em sua
melhor forma, e faz alusões a grandes obras como o próprio Star Wars, 2001,
Star Trek, Duna – mas mantendo uma identidade toda própria. Fãs do gênero sci-fi como eu irão se deliciar, pois
faz tempo que não temos um universo criado do zero tão instigante e com tanta
riqueza de detalhes quanto a galáxia exibida em Effect. Quem curte
uma ficção-científica hard também não
ira se decepcionar – o game está muito mais para a seriedade e embasamento
científico do gênero do que o mundo fantasioso de Guerra nas Estrelas.

No jogo você assume o papel do Comandante Shepard – cujo o
primeiro nome você que escolhe, mas nunca é mencionado no decorrer do jogo, e
que pode ser homem ou mulher. Um soldado da Aliança, a força representativa dos
humanos e do planeta Terra no complicado emaranhado político galáctico.
Interessante ressaltar que os humanos tem um papel muito secundário nesse
universo, que é liderado por um conselho formado por três raças – Salarians,
Asari e Turians – onde existem dezenas de outras, que, como os terrestres,
ficaram relegadas a meras representações através de embaixadores na Citadel, a capital política do universo.
Você, contudo, está sendo cogitado para ser o primeiro humano para o cargo de Spectre, um força de elite a serviço do
Conselho, formada por soldados especialistas das três raças principais, e que
tem autonomia para passar por cima da lei para cumprir seus objetivos. Sua
aceitação no cargo será vista como um importante passo na ascensão da raça
humana na política intergaláctica, que ambiciona nada menos que um possível
lugar no próprio Conselho.

Contudo, como é comum nesse tipo de narrativa, eventos
imprevistos acabam acontecendo e lá vai você tentando salvar o universo da
destruição iminente. O mais legal da excelente história é que você é meio que
deixado no escuro durante boa parte do jogo – você não faz idéia exatamente da
extensão da ameaça que você está enfrentando, até que é revelado nos últimos
momentos e cai como uma bomba no seu colo. O jogo também te dá uma incrível
liberdade para tomar certos rumos, e embora a trama principal do jogo permaneça
inalterada, o destino de vários personagens e até mesmo raças inteiras poderá
ser diferente no final, conforme suas decisões. Tudo é tão épico e a escala é
tão grandiosa, que quando o jogo termina e começam a rolar os créditos, você
fica com aquele gostinho de ter experimentado algo realmente sensacional, e
fica querendo mais (essa é só a primeira parte de uma trilogia já planejada). É
mais ou menos a mesma sensação de assistir Star Wars: A New Hope pela primeira
vez, ou ler o primeiro volume do Senhor dos Anéis.

Sobre esse esquema de tomada decisões, eu achei esse
realmente o ponto alto do jogo, e onde ele realmente inova. Muito foi falado
sobre o sistema de diálogos, que é interessante e realmente uma evolução sobre
o sistema tradicional, mas é nesses momentos decisivos em que o game realmente
mostra seu brilho. Haverão eventos trágicos, em que você terá que decidir quem
vive e quem morre, e momentos como esse são marcantes, pois te afetam pelo
resto do jogo. Haverão decisões mais leves também, mas não menos complicadas –
por exemplo, durante todo o jogo eu ficava jogando idéia em duas das mulheres
da minha tripulação, uma Asari e uma humana, e, incrivelmente, devido ao
sofisticado sistema de relacionamento do jogo (uma evolução sobre o sistema de
influência do KOTOR II), as duas começaram e ficar com ciúmes uma da outra, e
resolveram me colocar na parede e me forçar a escolher uma. Foi uma decisão,
tão, tão difícil (eu queria as duas!), que eu precisei salvar o jogo e passar o
dia seguinte pensando em qual escolher, para só na próxima noite fazer minha
opção (pela humana). Depois, mais pra frente, eu até me arrependi da decisão
(pensei melhor e devia ter escolhido a Asari), mas aí já tava horas adiante e
era tarde demais.

O jogo também herda de KOTOR os pontos “do bem” e “do mal”,
só que ao invés de Light Side points
e Dark Side points, temos Paragon points e Renegade points. O legal é que ao contrário do KOTOR, esses níveis
não são mutuamente excludentes, mas contados em medidores separados, e que a
linha moral entre “ser mau” e “ser bom” é mais complexa. Ser renegade não quer dizer, necessariamente,
ser malvado, mas resolver as coisas de maneira violenta, cruel e agressiva,
mesmo que com boas intenções - estilo “os fins justificam os meios”. Jack Bauer
tem atitudes de renegade. O Sawyer do
Lost age socialmente como um renegade.
Isso é bacana, por que nem sempre o personagem precisa ser 100% bom ou mau, mas
um meio termo que tende mais para um ou outro lado. Claro, esses marcadores
afetam também a maneira como outros personagens o vêem, e até as opções de
diálogos (personagens mais paragon
usam mais a lábia, e os renegade usam
mais a intimidação).

Não é só de interação de personagens que vive um RPG, e
posso dizer seguramente que Mass Effect se dá bem em outras áreas também. O sistema
de combate, por exemplo, é sensacional. Funciona como uma mistura do sistema em
pausa do KOTOR e do combate shooter
tático do Gears of War. Soa estranho, mas funciona que é uma beleza. Além das
armas de fogo, você tem a disposição habilidade psiônicas interessantíssimas,
conhecidas no universo do jogo como bioptics,
e algumas são fantásticas, como um determinado poder que cria uma bola de
energia gigantesca que suga todos os inimigos (e objetos do cenário) no raio de
ação pra dentro dela. Você conta também com especialistas em tecnologia, que
podem sabotar as armas ou escudos dos inimigos, ou hackear inimigos sintéticos.

Do ponto de vista técnico, o jogo também é só elogios. A
trilha sonora é ótima, ainda que inconstante (tem vários temas memoráveis,
porém alguns temas totalmente esquecíveis no meio). Graficamente o jogo é bem
bonito, embora o 360 possua vários títulos visualmente superiores como
Assassin’s Creed, Gears of War ou BioShock. Porém o aspecto técnico mais forte
do jogo são os efeitos sonoros e a dublagem, que é nada menos que sensacional,
inclusive com a participação de famosos, como Seth Green ou Lance Henriksen.

O jogo, contudo, não é perfeito e tem seus defeitos, alguns
bem evidentes. O que mais me incomodou foi a falta de cuidado no desenho de
algumas quests secundárias, que
repetem exatamente o mesmo mapa quando você entre em determinada base ou aborda
uma nave, mudando só a disposição dos objetos dentro dela. Além disso, glitches como erros de colisão e
personagens “presos” no cenário não são raros, embora nenhum deles me obrigou a
dar um load – resolvi todos fazendo o
personagem abaixar e entrar no modo de combate. Além disso, se você se
concentrar apenas na campanha principal, o jogo pode acabar sendo muito curto
(acredito que se você correr, consiga terminar em algo entre doze ou quinze
horas) – porém se você for do tipo “completista”, como eu, e tentar fazer todas
as subquests imagináveis, dá pra
jogar pelo menos umas trinta horas seguramente (o que pra mim, também, acabou
sendo pouco, de tanto que eu estava curtindo o jogo).

Mass Effect é um puta RPG, o melhor do gênero no XBox 360
até agora e um dos grande títulos de 2007, que foi um tremendo ano para os
games. Que venham as continuações!

Nota: 9,4

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Melhores jogos de 2007

Acho que só eu, Guybrush e Quase Nada ligamos para isso, mas eis minha lista. Detalhe: não joguei BioShock, nem passei muito tempo com Mass Effect. Minha lista é centrada em Wii, DS e PSP.

1. Ouendan 2 (DS) - Não tem jeito. A coisa que mais me divertiu esse ano todo. Seria injusto demais eu colocar esse jogo em qualquer posição na lista que não a primeira;

2. Zack & Wiki: The Quest for Barbaros' Treasure (Wii) - Uma mistura de adventure tradicional com jogo em fases bem delimitadas - não muito distante de Gobliiins - este é por um lado um jogo retrô, nostálgico e saudosista, e por outro uma coisa extremamente inovadora. Divertidíssimo e esperto, Zack & Wiki infelizmente vendeu pouco, mas já há boatos de um segundo jogo. O que faz sentido. Resta o marketing da Capcom se movimentar;

3. Super Mario Galaxy (Wii) - A grande volta de Mario, desaparecido (do mundo dos bons jogos) desde Mario 64. O gameplay é tão diversificado que dificilmente você faz a mesma coisa mais de duas vezes. O único defeito é que é um pouco curto (mesmo com 120 estrelas), mas acho sacanagem exigir mais de um jogo que tem momentos de extremo brilhantismo;

4. Portal (PC, 360, PS3) - "This was a triumph!/ I'm making a note here / Huge success";

5. Trauma Center: New Blood (Wii) - O voice acting é horroroso, mas o segundo jogo de cirurgia da Atlus para o Wii consegue melhorar o que já era excelente em Trauma Center: Second Opinion. Um dos jogos mais inovadores dos últimos anos;

6. Jeanne d'Arc (PSP) - É desse jeito que se faz um RPG estratégico. Jeanne d'Arc transborda elegância, com design simples mas extremamente funcional, ótima direção de arte e uma historinha e personagens acima da média. Prende a atenção durante umas 30 horas;

7. Geometry Wars Galaxies (Wii, DS) - Um dos grandes jogos esquecidos este ano. Muita gente reclamou que não pagaria o preço de um jogo completo para o que era um joguinho bacana mas barato da Xbox Live Arcade, mas Galaxies é uma expansão substancial de Retro Evolved, e mistura gêneros de shooters e jogos tradicionais de arcade em um enorme ensopado que remete o jogador ao começo dos anos 80. Há elementos de RPG, além disso tudo, que te forçam a ficar jogando por horas para melhorar suas armas e destrancar novas galáxias. Quem torce o nariz não sabe o que está perdendo;

8. Rune Factory: A Fantasy Harvest Moon (DS) - Rune Factory é um Harvest Mooon RPG. Ou seja, uma mistura de dating sim com simulador de fazenda e RPG. Uma coisa pegajosa, que te domina por horas. Jogo fenomenal. Infelizmente eu ainda não consegui conquistar o coração da bruxinha que cuida da sauna, mas em compensação minha plantação de morangos me rende uma fortuna, e eu sou um sucesso nas festas;

9. Metroid Prime 3: Corruption (Wii) - Esse jogo está sendo esquecido em várias listas de final de ano, soterrado pela avalanche que é Super Mario Galaxy. É um baita jogaço, que merecia muito mais atenção;

10. WarioWare: Smooth Moves (Wii) - Se não fosse tão curto, estaria várias posições acima nesta lista. Enquanto dura, Wario Ware é um grande jogo - surreal, psicodélico e alucinante. Depois que acaba, fica a impressão de que poderia ter mais substância.

Nenhum Phoenix Wright entrou na lista por não ser deste ano, mas fica aqui registrada uma menção honrosa.

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Foto de quase nada

Batman - O Cavaleiro das Trevas: trailer + a Prévia que passou no IMAX!

Antes de mais nada, tenho uma pergunta, o Coringa virou mineiro? Não entendi aquela risadinha.

http://www.atasteforthetheatrical.com/deathtrap/default.htm

Não precisa correr pra ver o trailer... mas a prévia deve sair do youtube antes mesmo de vc pensar em clicar AQUI!

 

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Foto de Bennett

Contra 4

Já se foram três horas de jogo - dificuldade normal - e eu ainda não passei da primeira fase. Até consigo chegar no chefe...mas o chefe é uma coisa ridícula de tão over (parece chefe final). Contra 4, a verdadeira seqüência da série que havia sido interrompida com Contra III: Alien Wars, para SNES - na minha opinião o melhor jogo de ação da história -, é um jogo retrô que se orgulha de ser hardcore. E o treco é hardcore mesmo, a ponto de ser frustrante. Até mais do que os jogos anteriores. Só não é mais difícil que Hard Corps.

Desenvolvido por uma softhouse externa, a Way Forward, e lançado pela Konami, Contra 4 para DS é um tipo de jogo que não se faz mais hoje em dia. Ansiosa por novidades, a indústria de jogos é paradoxalmente conservadora. Gêneros que caíram em desfavor, como é o caso dos adventures, são colocados no limbo. Se fazer cinema retrô é moda, jogos retrô fora do ambiente da Internet (onde o Flash serve como uma plataforma bastante amigável a estilos de jogo jurássicos) são uma coisa raríssima. Que a Konami não apenas tenha decidido fazer um Contra fiel ao espírito original, mas garantido que a experiência fosse tão retrô a ponto disso ser até incorporado no próprio marketing do jogo, é algo curioso. Isso se deve em grande parte ao aniversário de 20 anos da série (sim, 20 anos!)...tem até um museu no menu de opçoes, no qual podemos acompanhar o progresso dos Contra. Também é possível destrancar o Contra original e Super C (mas ainda não sei como).

Contra 4, observe-se, além de ser retrô, é auto-referencial enquanto um jogo retrô. A tela de seleção de dificuldades faz questão de mencionar que o jogo é "hardcore", e selecionando-se a dificuldade hard, o jogo te indaga: "Acha que é o mestre da ação 2D? Não mais, não é não". E antes de escolher a dificuldade, selecionando-se a opção arcade mode, o jogo diz que essa é "uma experiência tão clássica que é praticamente 'coin-operated'". E como manda o figurino, o jogo não tem saves - morreu na última fase? babau. Você apenas tem quatro continues, cinco vidas por continue, e é isso. O estilo side-scroller básico dos Contras anteriores permanece, apenas com a novidade da tela dupla e do gancho que os personagens podem usar para transitar entre ambas (partindo-se do pressuposto que exista algo para se agarrar na tela de cima). E a coisa, como eu já mencionei, é brutalmente difícil. No bom sentido.

Algumas séries não devem ser reelaboradas, adaptadas a novas mecânicas de jogo. A Nintendo sabe fazer isso com primor (vide Zelda e Metroid), mas para desenvolvedores que não têm talento para atualizar, a melhor aposta é investir no que deu certo no passado mesmo, ainda que as novas gerações não necessariamente se sintam atraídas pelo produto. Afinal, depois de 20 anos há muita gente grande por aí querendo experiências nostálgicas de jogo, e se há um nicho a ser ocupado, é melhor apostar nele do que ir atrás da molecada e arruinar uma grande série como Contra (vide as abominações que saíram depois de Hard Corps).

Agora deixa eu voltar para o DS e ver se eu consigo matar o primeiro chefe. Confesso que não tenho muita esperança de que isso aconteça ainda hoje.

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Foto de Guybrush Threepwood

Californication

Peguei a primeira temporada desse seriado com um amigo, e me surpreendi bastante, mesmo por que achava que ia ser uma coisa e foi outra. O David Duchovny faz o papel de um escritor de meia-idade no auge de um bloqueio criativo, pouco depois que seu último best-seller virou um filme mediocre nas mãos de um diretor safado (estrelado pelo Tom e pela Kate) e sua mulher largou ele. Agora, ele passa o dia odiando a cidade em que mora (Los Angeles), sendo sarcástico, pentelhando a ex-namorada e noivo dela e comendo a maior quantidade de mulheres possível. Aliais, isso é uma coisa legal dos seriados feitos para a TV a cabo (esse é do Showtime, igual o Dexter): a censura é mais branda e a putaria come solta. Em todo o episódio, o Hank come no mínimo uma mulher (e normalmente acaba se fodendo depois, como no caso em que uma rouba a guitarra e os vinis do Black Sabbath dele), e os dialogos são bem adultos e sem censura. O sexo tem um papel importante na trama da série, quando não é o Hank, é o agente dele (interpretado por aquele careca que fez o Dave, o amigo imaginário do Hurley), que descobre uma tara sadomasoquista pela assistente ninfeta dele, ou qualquer outra pessoa ao redor deles.

A série funciona muito bem por dois motivos: é inteligente, com ótimos diálogos, e tem excelentes personagens, que são muito bem interpretados. O Hank é um destaque a parte: o Duchovny está tão perfeito que você não consegue lembrar do Fox Mulder, nem com muito esforço (antes de começar a assistir eu achei que as comparações seriam inevitáveis). Os episódios, que seguem uma linha bem dramédia, são divertidissimos, e a gente fica torcendo pelo Hank o tempo todo, ainda que ele eventualmente seja um tremendo babaca, graças ao carisma do personagem.

Essa temporada tem só 12 episódios, e no fim fica um gostinho de quero mais (a série foi renovada, mas só volta ano que vem). Recomendo.

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Foto de Bennett

What Waffles?

Já se passaram mais de duas semanas desde a morte do OiNK, a maior loja de discos (gratuita) do mundo, e do desbandamento do que era provavelmente a mais relevante comunidade de compartilhamento de música na história do compartilhamento de arquivos. Um egresso do OiNK chegou a comparar a destruição do site com a destruição da Biblioteca de Alexandria.

Antes que alguém aponte o exagero, convém defender a afirmação, porque ela não é nada equivocada. Guardadas as devidas proporções, o OiNK era, de fato, a Biblioteca de Alexandria da música. Torrents aos milhares formavam um acervo superior ao de qualquer loja de música e ao de qualquer discoteca (no sentido de coleção de discos). O OiNK tinha de tudo. Quer dizer, potencialmente de tudo. Se eu quisesse um disco do Tiririca talvez não encontrasse de cara. Mas alguém da comunidade com certeza teria o disco, e faria um rip diante de um pedido feito no ótimo sistema de solicitações do site. Regras rígidas de manutenção de ratio - ou seja, a proporção entre o que você baixa e sobe em termos de dados brutos -, moderação reacionária (no bom sentido), e uma massa de mais de 180.000 usuários garantiam que não apenas um enorme acervo de música fosse disponibilizado a qualquer momento, mas que incentivos para que usuários subissem seus próprios discos não faltassem. Similar em amplitude de acervo, o OiNK era diferente da Biblioteca de Alexandria pelo fato de que é impossível destruir informação tão fácil de se reproduzir e armazenar. O local de reunião foi embora, a arquitetura que viabilizava o compartilhamento se foi, mas os dados permanecem em poder dos usuários. Colocar o site fora do ar, então, é mais ou menos como eliminar, de um ponto central da rede, todo esse acervo gigantesco de música...mas sem fazer o acervo em si desaparecer.

Em uma época marcada pela caducidade dos modelos de negócios de grandes gravadoras, a destruição do OiNK foi um ato de barbarismo motivado por medo e ignorância, amparado por legislação anacrônica, pautada em fundamentação filosófica e econômica bastante equivocada, ainda mais em uma época de descentralização das estruturas de produção e distribuição de informação. Os discursos tradicionais de fundamentação da propriedade intelectual persistem, os remédios legais são fortes, ação policial e judicial são freqüentes, mas ainda assim nada tem surtido efeito em relação ao compartilhamento de arquivos.
O compartilhamento de arquivos veio para ficar e não há mais retorno. Além do tão alardeado "Hydra Effect", apelido que recebeu o antigo fenômeno de que, fechando-se um ponto de distribuição das comunidades de compartilhamento de arquivos, pelo menos outros dois surgem (isso se verifica desde o fim do Napster), não se mata uma comunidade de milhões de compartilhadores, com ethos e normas sociais próprios e cada vez mais fortes, de uma hora para outra. Não é fechando-se o Pirate Bay, não é fechando-se o Demonoid, não é fechando-se o OiNK, derrubando-se servidores ed2k, ameaçando-se usuários com ações judiciais, fortalecendo-se normas de proteção à propriedade intelectual, investindo-se em sistemas de DRM e propaganda anti-"pirataria" (termo cada vez mais discutível), que se acaba com o compartilhamento de arquivos. O compartilhamento de arquivos depende de normas sociais de compartilhamento, e segue uma ética peculiar (que já existia antes da Internet) de partilha de bens culturais (afinal, cultural é algo essencialmente público), que é muito mais poderosa do que qualquer processo ou lei redigida por grupos de pressão industriais. O bonde partiu em 1999, e a indústria perdeu o lugar.

1999, época em que o Napster (e a Napster, Inc) nasceram, era o momento de agir para a readaptação de modelos de negócios. Ainda era possível, em alguma medida, preservar os modelos antigos por um certo período de tempo. Os modelos de negócios tradicionais estavam fadados ao desaparecimento desde a abertura da Internet ao público, mas ainda era possível assegurar alguma sobrevida a partir da cooptação das bases comunitárias do compartilhamento de arquivos, desde que isso fosse feito nas origens do fenômeno. Outra oportunidade perdida foi a de se aproveitar as estruturas do Audiogalaxy, um sistema bem à frente de seu tempo, que foi soterrado por ação industrial. Aniquiladas as tentativas empresariais de se estabelecer sistemas de compartilhamento de arquivos, a comunidade acabou ficando com a responsabilidade de tocar as coisas para a frente, fora do ambiente institucional de uma empresa, e munidas de ferramentas abertas a inovação (software livre, em essência), as comunidades foram muito mais adiante do que qualquer empresa poderia ir. Lideranças ad hoc, fundos angariados a partir de doações, tempo livre gasto de maneira eficiente, criatividade em gestão sem as barreiras burocráticas tradicionais, e ação coletiva organizada, motivada pelas normas sociais do compartilhamento, executadas por meio de tecnologia (vide os sistemas de ratio dos trackers fechados), resultaram nesse monstro extremamente bem-vindo que é o compartilhamento de arquivos oito anos depois do Napster.

E é assim que depois do óbito do porco rosa, surgem dois novos focos de reunião dos ex-oinkers (eles se chamam por esse nome). Há identidade coletiva, ainda que tênue ("Todos nós eramos parte dessa família que era o OiNK, e fomos despejados de nossa casa"), desejo de sangue em razão da ruína de uma coisa muito bela, e a vontade e determinação de colher os cacos e reconstruir o lar, dando continuidade ao legado suíno. Alan Ellis, o técnico de informática inglês que era responsável pelo OiNK (e se identificava como OiNK no próprio site, cujo nome completo era OiNK's Pink Palace), e o desaparecido e feroz e autoritário Too Much Time (vulgo TMT), já deixam saudades, mas também know-how e um modelo de administração para trackers bittorrent de música que funciona. Que funciona extremamente bem. Também deixam uma cultura, uma postura em relação ao compartilhamento de arquivos, que persiste mesmo na ausência de suas figuras.

Foi muito curioso acompanhar a formação de dois novos trackers que adotam o modelo OiNK, o What CD e o Waffles FM. Ambos ainda estão em suas fases iniciais de desenvolvimento, e o What CD, particularmente, está sofrendo de problemas técnicos frequentes, talvez em razão de má adminsitração. O Waffles FM, por outro lado, tem funcionado melhor, mas tem alguns moderadores um tanto imaturos, que estão criando uma mini-rixa com o What CD, quando na verdade estão no mesmo barco, e são um site irmão. Fora isso, a comunidade está lá. E se recompondo. Uma pessoa convida a outra, e já vemos rostos (avatares) e nicks familiares em ambos os sites. Ainda sinto falta da Faerie, que sempre postava seus fofos obrigados nos torrents de música ambiente no OiNK, mas ela já deve estar por lá.

O número de torrents? Ainda muito longe do que era o OiNK. Mas vejam bem, são duas semanas apenas. E os torrents já são mais de 20000 em cada site. Seguindo-se o movimento habitual de ascensão e queda das comunidades de compartilhamento de arquivos, ambos os sites caminham em direção a tornar-se, cada um, um substituto no mínimo aceitável para o OiNK, com potencial para superá-lo, inclusive. E se um dia vierem a cair, a situação se repetirá.

Nos fóruns do What e do Waffles, as pessoas agora se preocupam com questões políticas básicas da comunidade. É quase uma Assembléia Constituinte. Que erros do OiNK não devemos repetir? Devemos manter a regra dos avatares bonitinhos? Quais formatos de arquivos são aceitáveis? Que tipo de moderação queremos? Tudo feito com base no modelo OiNK de ser - para manutenção ou alteração de regras - e no espírito da comunidade que perdeu seu local de reunião, mas manteve o acervo musical em seus computadores e está disposta a colocá-lo à disposição de qualquer interessado, em outros locais de reunião.

Uma massa altamente qualificada de compartilhadores, escolada nos padrões de rigidez, qualidade e compartilhamento do OiNK, foi deixada sem casa. Mas apesar do luto continuar, a diáspora foi breve. What e Waffles que o digam.

Foto de Bennett

OiNK morreu. Para onde ir?

OiNK morreu, e é muito triste. Mas que a morte do site simbolize o nascimento de pelo menos 5 trackers ainda melhores, baseados na experiência adquirida com o Palácio Rosa. Eis aqui algumas alternativas provisórias enquanto um site melhor não surge, ou enquanto o bOiNK do Pirate Bay não entra no ar (vai ser interessante ver se vai dar certo...tudo depende da cultura do OiNK sobreviver mesmo na ausência de mecanismos de sancionamento em resposta a violações às regras que faziam o site do porco ser o que era).

Dos sites indicados abaixo, nem todos estão abertos a convites. Já aviso de cara que não vou mandar convites para ninguém que tenha acabado de se registrar no Joio apenas para pedi-los. Peço desculpas antecipadamente, mas por experiência própria, vi que é uma coisa perigosa de se fazer, e que as pessoas sempre me desapontam. Tentem pedir no IRC quando não houver inscrições abertas.

Vamos lá:

Libble - O Libble é uma comunidade relativamente antiga, que já estava em andamento até antes da era de ouro do OiNK (mais ou menos dois anos para cá, quando a gente conseguia achar tudo o que procurava e não encontrar algo era exceção das exceções). Não sei bem qual é a deles...é um site ainda pequeno, que parece não querer crescer, e que tem uma comunidade meio esquisita. Para se ter uma idéia, alguns usuários reclamaram do número de torrents novos subidos para o site depois da diáspora suína ("Com nossos trapos, levamos nossos arquivos"), porque "Não dá para achar as novidades direito no meio de tanta coisa antiga". Reclamação que demonstra uma falta de visão enorme por parte dos usuários do site, e é contrária à filosofia do Porco. Mas continua sendo uma boa alternativa, e alguns moderadores têm se mostrado bem simpáticos com o novo influxo de usuários.

Dados:

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Registered users 5,466/5,600
Online users 49
Total Brownie Points 2,545,164
Unconfirmed users
Torrents 8,223
Peers 19,155
Seeders 18,340
Leechers 815
Seeder/leecher ratio (%) 2250
Total Transferred 45.41 TB

 

Funkytorrents - É um site russo, que tem crescido bastante depois da morte do OiNK, e um dos points principais no momento. Também é uma comunidade já estabelecida, que pode vir a ser um bom substituto ao OPP no futuro. Vale a pena se inscrever, nem que seja para segurar a conta no momento e apenas monitorar a evolução do tracker.

Dados:

Online Since 2005-08-07
Registered users 12,615 / 12500
Active Users in Last 15 mins 186
Torrents 9,469
Peers 23,589
Unique Peers 1987
Seeders 21,781
Leechers 1,808

 

Indietorrents - Outra comunidade antiga. Essa é tradicionalíssima, sempre havia discussões sobre qual o melhor site: OiNK ou IT. E é claro que o IT perdia feio. Só entra música sem qualquer vínculo com a RIAA, o que garante maiores chances de sobrevivência ao tracker (é quase uma rede de distribuição "oficial" das independentes, por acordo tácito), mas reduz bastante o universo de arquivos disponíveis, já que ainda estamos na fase final da era de domínio das majors. É um tracker interessante, com bastante coisa obscura. Quem estiver por lá tem que tomar cuidado com o ratio, e para não perder a conta por falta de atividade.

Dados:

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Registered users 7,947
Unconfirmed users
Torrents 1,319
Peers 8,106
Seeders 7,980
Leechers 126
Closed Port % 27.36
Seeder/leecher ratio (%) 6333
Ass Army 182
Dick Army 69

 

STmusic - Tracker extremamente bem administrado, do pessoal do clássico e eficiente Supertorrents.org. Por incrível que pareça - já que era um site voltado à distribuição exclusiva de torrents da Scene -, é o tracker que tem se mostrado mais aberto aos egressos do OiNK. Até abriram uma seção User Torrents (como no Supertorrents) e deixaram o pessoal subir rips pessoais. Boa comunidade, pessoal tecnicamente competente, e potencial de crescimento. Prestem atenção no STMusic.

Dados: Não disponívels.

 

What.cd - Tracker que surgiu após o holocausto suíno, e que pretende ser um novo OiNK. Parecem saber o que estão fazendo: apenas abriram 1500 contas, e fecharam o site. Cada usuário da primeira leva tem 25 convites, e o site vai crescer fechado assim como o OiNK cresceu. Ainda há poucos torrents, mas me parece muito promissor e animador.

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Maximum users 1500
Registered users 2,066
Pending users 0
Unconfirmed users
Torrents 1,986
Peers 4,181
Seeders 2,814
Leechers 1,367
Seeder/leecher ratio 2

 

Cabe ainda lembrar esta lista aqui. E nunca se esquecer do dia 23 de outubro, o dia em que a indústria fonográfica assinou sua sentença de morte.

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