Clint Eastwood: A Conquista da Honra

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Fabio Negro
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Clint Eastwood: A Conquista da Honra

Clint Eastwood, o moderno monstro sagrado do cinema e maior unanimidade do planeta desde a garrafinha de vidro da Coca-Cola, nos trás esse filme de II Grande Guerra típico de moderno monstro sagrado do cinema:

  • lento
  • grandes silêncios em zoom
  • cores desbotadas
  • frases que sintetizam o filme todo, geralmente começando por “os verdadeiros heróis são...
  • homem que chora
  • poesia filmada
  • um cara com um tiro na barriga que ouve "Cê vai ficar bem, cara!". Daí ele morre.

Ninguém precisa ler o resto: êta filme chato do baralho e não vale nem meia-entrada.
Tchau pra quem já leu o suficiente.


Agora, pra quem quiser ler mais: 

Produzido pelo Spielberg, o filme também tem o que todo o filme de II Guerra atual quer ter: um ataque dos Aliados lotado de ombros explodindo, granadas explodindo, tanques explodindo trincheiras, projéteis explodindo pescoços, nucas explodidas, e membros (explodidos) sem corpos.

Isto é, remake da invasão da Normandia em Soldado Ryan.

Interessante notar (será?) que o próprio Spielberg tenha percebido que criou um momento eterno em Soldado Ryan e que ninguém nos próximos 60 anos vai poder filmar uma batalha sem sofrer comparações com aqueles 15 minutos de pessoas explodindo e gritando "cadê o meu braço?". Por isso ele não colocou a câmera lá na batalha entre os aliens e o exército, em Guerra dos Mundos. Mas o Clint deve ter insistido numa cena assim.

Porquê o filme se baseia nesse clima: o horror da guerra + hipocrisia do Estado = tormento eterno dos soldados.
E fica nisso, o tema mais importante que a ação na tela; chato-chato-CHATO.

 

Os atores, que eu penso deveriam ser a principal base do filme, feito de muitos closes e reações emocionais, são medianos ou sofríveis, e seria impensável algum deles ganhar um indicação ao Oscar.
Ryan Phillipe se segura, mas ele joga no time dos medianos.
Agora: um soldado-índio-bêbado-arrependido-e-chorando-de-soluçar. Esse é do outro time.

Esse filme tem umas cenas muito boas, mas são tão raras que não merecem menção.

Sabem o liiiindo cartaz do filme? Parece promessa de um grande filme, com certeza!
Mas a cena no filme é tão rápida, sem cerimônia e desbotada que não vale um caracol.

 

O mérito desse filme é ter um irmão japonês que parece valer muito mais a pena, e que pode ser iluminado pelo seu gêmeo americano sem talento.

 

Clint, o cara que já foi dono de um orangotango, que já comeu geral num colégio de freiras, cujo próprio poncho ganhou um trilha sonora, que descobriu que o melhor jeito de fazer o meu Pilão Translúcido subir é filmar a bunda de uma mina pulando com calça bailarina, que foi secretamente escolhido por milhares de fãs como o cara ideal pra interpretar o Cavaleiro das Trevas...

 

Esse cara tem que andar menos com os franceses, porquê esse filme parece psicografia da Cahiers du Cinéma.

Bennett
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Não entendi direito sua mensagem, Fabio...você escreveu o comecinho e citou o resto, ou escreveu tudo?

De todo modo, esse filme me pareceu ser mesmo um pé no saco pelo trailer. Vou encarar o Iwo Jima, mas acho que vou passar longe desse, pelo menos nos cinemas. 

Fabio Negro
Foto de Fabio Negro

Bennett wrote:

Não entendi direito sua mensagem, Fabio...você escreveu o comecinho e citou o resto, ou escreveu tudo?

Escrevi tudo, uai.
Mas pra que ler um texto grande se ele apenas discorre sobre o que já disse no começo? Então o filme é chato. Ponto. Quem quiser saber o tipo de chatice, ruindade, pode ler o resto do post.   

Mas pra sintetizar: eu amo Além da Linha Vermelha, mas detesto a lentidão de Conquista.
Cada um pode julgar daí.

 

Bennett wrote:
  

De todo modo, esse filme me pareceu ser mesmo um pé no saco pelo trailer. Vou encarar o Iwo Jima, mas acho que vou passar longe desse, pelo menos nos cinemas. 

Eu acho que vale ver A Conquista da Honra pra se aprofundar devidamente em Iwo Jima, que eu ainda não vi. E se você for fã analítico do Clint diretor.

Guybrush Threepwood
Foto de Guybrush Threepwood

Negão, vai ver Rocky Balboa.

quase nada
Foto de quase nada

Vi ontem, antes de mais nada, é um filme anti-bush, anti-america e anti-humanidade, mas é um belo filme de guerra, talvez longo demais, mas as cenas de batalha, sabiamente, foram intercaladas com as mais chatas, o que faz o filme descer melhor. Algumas cenas ficaram fake, CGI demais, tem algumas tomadas contrangedoras mas, no geral, é muito bom tecnicamente. É um filme amargo, lembra um pouco o Nascido em 4 de julho, aquele bla bla bla de que os heróis americanos são esquecidos, guerra não vale a pena e etc.

O Iwo Jima deve ser muito bom, pois esse já merecia uma indicação, espero que não tenham indicado o Iwo apenas por ser mais anti-america que o Flags, afinal, todos sabemos que os japoneses mereceram cada atomo da bomba atomica que os EUA explodiram no cu deles, não tem essa de "existiam heróis em cada lado", porra nenhuma, naquele momento os japoneses representavam satanas.

Nota 8,46
NB 4 (tem aquela choradeira de sempre)
NCN 7 (lança-chamas rox!!!!!!!)
NP 0 (nada que valha uma bronha)