Manhunt: Unabomber

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Livia
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Ted Kaczynski foi um menino prodígio. Desde pequeno se destacou pela sua inteligência, tanto que foi aceito em harvard com apenas 16 anos. Aos 25 ele já tinha um doutorado em matemática, e era professor universitário. Mas aos 27 ele desistiu de tudo, construiu uma cabana no meio da floresta e foi viver como um eremita, tentando sobreviver apenas com o que ele produzia. Aos poucos foi deixando o contato com a família e com os conhecidos, vivendo isolado. 

Ted tinha idéias sobre como o homem estava se tornando escravo da tecnologia, sobre como, sem perceber, estavamos nos deixando ser dominados pelas maquinas, pelo sistema. Ele tentou compartilhar suas idéias com as pessoas, mas ninguém lhe dava atenção. Então ele resolveu conseguir essa atenção à sua maneira. Entre 1978 e 1995, Ted contruiu e enviou cerca de 16 bombas para alvos específicos, todas pessoas ligadas ao desenvolvimento humano, as quais ele culpava pela situação atual. Engenheiros, quimicos, professores, dentre outros, acabaram por receber suas bombas. Três pessoas morreram, e várias ficaram feridas. Sempre q ele enviava a bomba, mandava também uma carta para os jornais, assumindo a autoria e compartilhando suas idéias. 

O FBI passou quase 20 anos a caça dele, que acabou sendo batizado de unabomber pelos jornais. Ted, um sujeito extremamente sistemático e detalhista, não deixava pistas, deixando os investigadores sem ter por onde encontrá-lo. Com o tempo, o desespero foi aumentando, e começaram a recrutar qualquer agente que tivesse alguma idéia diferente para encontrá-lo.

É nesse ponto que Manhunt: Unabomber começa. Sem idéias, o FBI recrutou um agente recém formado, Jim Fitzgerald (vivido por Sam Worthington), para traçar um perfil do unabomber, mas acabou comprando a idéia do novato de que seria possível encontra-lo através da linguística utilizada em suas cartas. A série começa com um tom documental, crú, mas com pouco tempo já nos mostra que um bom roteiro, aliado a boa escolha dos atores, tem o significado de qualidade. Conforme vamos vendo o esforço de Fitz em conseguir algo através da análise linguística, vamos também conhecendo os personagens, suas motivações, seus dramas, e com isso vamos nos envolvendo com eles, o que nos leva a companhar cada epsódio já querendo ver o próximo. Até mesmo quando Ted Kaczynski entra na tela, sensacionalmente interpretado pelo Paul Bettany, não vemos um terrorista que só quer explodir pessoas, ou um louco que faz o que faz por gostar, mas vemos uma pessoa extremamente inteligente que, por não ter talentos sociais, sempre foi excluido e abusado pelas pessoas que conviveram com ele. Um homem com idéias que, se formos analisar nos dias atuais, fazem muito mais sentido do que 99% dos que nos é passado. Um homem a frente do seu tempo que, infelizmente, usou a maneira errada para conseguir passar sua mensagem. Ted é humanizado a ponto de, no fim, nos sentirmos solidários com ele.

O final todo mundo sabe, mas é o meio, a forma como a caçada sobre o unabomber afetou a todos os envolvidos que é interessante. É uma série que tinha tudo pra dar errado, e acabou dando muito certo. Pra mim uma das melhores séries do ano. Obrigatória.

 

 

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And then there was silence...

Ray J
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Você chegou na minha frente por um único motivo: Ainda não terminei de maratonar (Hoje vai mais um). Mas recomendo a todos. Puta série produzida pelo.... Discovery. Sério.

E Livia, me cobre, ou abra um tópico sobre MindHunter, quase um pai dessa série, e Dark, que foi uma das melhores coisas que eu vi nos últimos anos. Recomendo pra todo mundo que tem Netflix com aviso: Assista com um excel em mãos. Ou senão assista, e depois assista de novo pra sacar quem é quem, pois é personagem pra caralho e em três linhas do tempo.

Saudações
Ray Jackson

Livia
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Ray J wrote:

Você chegou na minha frente por um único motivo: Ainda não terminei de maratonar (Hoje vai mais um). Mas recomendo a todos. Puta série produzida pelo.... Discovery. Sério.

E Livia, me cobre, ou abra um tópico sobre MindHunter, quase um pai dessa série, e Dark, que foi uma das melhores coisas que eu vi nos últimos anos. Recomendo pra todo mundo que tem Netflix com aviso: Assista com um excel em mãos. Ou senão assista, e depois assista de novo pra sacar quem é quem, pois é personagem pra caralho e em três linhas do tempo.

eu ia abrir um do mindhunter ontem, mas não deu tempo

dark eu não assisti.

 

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And then there was silence...

agraciotti
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Eu to ficando confuso com esses nomes parecidos...mindhunter, manhunt, mindgames...

Eu ja disse aqui q to com grande dificuldade de começar series. Tudo q começo eu desisto. A ultima foi essa Dark, q vi dois episodios e quase dormi nos dois. Achei uma novelinha sem vergonha, parecia si-fi da record.

Vou esperar é Westworld mesmo e ta tudo certo.

Ray J
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agraciotti wrote:

Eu to ficando confuso com esses nomes parecidos...mindhunter, manhunt, mindgames...

Eu ja disse aqui q to com grande dificuldade de começar series. Tudo q começo eu desisto. A ultima foi essa Dark, q vi dois episodios e quase dormi nos dois. Achei uma novelinha sem vergonha, parecia si-fi da record.

Vou esperar é Westworld mesmo e ta tudo certo.

Dá uma chance pra Dark. Sério.

É confusa pra caralho, mas tive minha esposa me explicando quem é quem naquele monte de nomes em alemão. Aí de repente vem o capítulo final, tão catártico quanto Westworld e você fica com vontade de ver de novo, pois as histórias se entrelaçam nas linhas do tempo e você fica o tempo todo sacando que tudo o que ocorre tem ação e reação.

E eles não facilitam. Você só saca que a linha do tempo mudou porque muda figurino e modelo dos carros. É uma cidadezinha do interior, então a cidade praticamente não muda nos X anos de intervalo de tempo (Ocultei os anos pois é spoiler)

Dá uma chance. Vale a pena e fica com gosto de querer segunda temporada.

Saudações
Ray Jackson

Livia
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agraciotti wrote:

Eu to ficando confuso com esses nomes parecidos...mindhunter, manhunt, mindgames...

Manhunt é essa do unabomber

Mindhunter é a história de dois caras do fbi que estudaram assassinos seriais nos anos 70, produção impecável do david fincher

 

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And then there was silence...

Terenzi
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As duas valem muito a pena assistir.... 

Manhunt me surpreendeu, eu gostei muito da maneira como contaram a história. A única coisa pra mim que destoa um pouco é, curiosamente, o personagem do Sam Worthington. Personagem muito forçado, nada crível e a atuação muito abaixo do restante do elenco. Em especial quando se compara com o Paul Bettany que está fantástico. Não chega a estragar a história mas ele é tipo o Celton Melo em O mecanismo. 

agraciotti
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Livia wrote:

Manhunt é essa do unabomber

Mindhunter é a história de dois caras do fbi que estudaram assassinos seriais nos anos 70, produção impecável do david fincher

eu sei po. falei zoando cool

Livia
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agraciotti wrote:

Livia wrote:

Manhunt é essa do unabomber

Mindhunter é a história de dois caras do fbi que estudaram assassinos seriais nos anos 70, produção impecável do david fincher

eu sei po. falei zoando cool

então vai e abre um topico do mindhunters pra gente

 

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And then there was silence...

Terenzi
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E no fim das contas ninguém abriu o tópico sobre Mindhunter.... Eu ia abrir sobre a segunda temporada mas não tem nada sobre a primeira aqui....

Livia
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Terminei a segunda temporada tem meia hora

Meu, sensacional.

Eu fico puta em como tem gente q perde tempo com aquela merda de casa de papel e não assiste uma obra prima dessas.

 

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And then there was silence...

agraciotti
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Gostei da segunda também. Levar pros crimes de Atlanta e lidar com essa questão racial e política enriqueceu muito a série.  Achei inesperado pq teve cara de 3ª ou 4ª temporada de série, quando os roteiristas arriscam um pouco mais.

Só nao gostei dos dramas pessoais dos 3 principais, q nao levaram a lugar nenhum: 1 - As crises de pânico do Holden foram anunciadas como um setup de alguma futura situação tensa mas foi simplesmente esquecido. Pra que inserir isso entao? 2 - O lance do filho do Bill dar indicios de serial killer é meio forçadinho pq beira um pouco o caricato ne. Nao curto. 3 - E nao souberam o que fazer com a Wendy ne. Arrumaram esse romancezinho em paralelo mas q nao serviu pra ela aprender nada, nem pra aumentar a relevancia dela na trama principal. Nem o lance da sexualidade escondida dela teve alguma resolução. 

Mas ainda assim bem bom. 

 

PS: Sdds de reclamar das coisas nesse fórum. Sdds de vcs. Saibam q jamais os esquecerei <3

Terenzi
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Eu acho que a intenção destes dramas pessoais é colocar elementos dos próprios serial Killers na vida dos protagonistas para trazer mais humanidade para eles. Não ficar muito aquele sentimento de bom vs mau... Então você tem algumas das principais características que eles percebem nos objetos de estudo extremante marcantes neles mesmos... Arrogância, inteligência, problemas de relacionamento com os pais, sexualidade mal resolvida, desajuste social.... mas não sei se vão conseguir explorar isso melhor nas próximas temporadas, até aqui está muito mal explorado mesmo. Meio sem razão de ser....

sobre La Casa de Papel, e essa do Neymar participando? WTF???