Gone Girl / Garota Exemplar

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Gone Girl / Garota Exemplar

O homem acertou de novo. Chupa Terenzi.

Dré
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Acertou mesmo. E olha que nem é o melhor filme do David Fincher, mas é umas das melhores coisas desse ano.

Pior que não dá pra comentar muito sem estragar boa parte do roteiro ( e pelamor, evite ler qualquer coisa mais profunda sobre a história antes de ver o filme, pra não ferrar a experiência ). O básico é o que o mostra o trailer: no dia do seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunne vai dar um rolê e, quando volta pra casa, sua esposa desapareceu. Uma mesa quebrada aqui e um pingo de sangue ali o levam a chamar a polícia. E os tiras e espectadores, aos poucos, vão descobrindo que Nick deu um sumiço na mulher. Mas, ao mesmo tempo, também somos testemunhas de que Nick não é culpado.

A reviravolta em certo ponto do filme ( na metade dele, talvez, não lembro ) é um baque que te tira da zona de conforto do "ah, já sei o que aconteceu" e te deixa de boca aberta até a cena final.

Rosamund Pike, a esposa, está brilhante. Ben Affleck, está tão apático no papel que chega próximo disso ( não sei se é mérito do ator ou da escalação ). O resto do pequeno elenco também faz bonito. Todos com personagens que gravitam entre o perdido e o filho da puta. Não tem gente boa aqui.

Um bônus lindo é jeito como a história trata a mídia e vice-versa. Quase uma trama paralela, mas totalmente complementar aos acontecimentos, que encontra eco na imprensa sensacionalista barata dos EUA e podre daqui do Brasil.

E tem a direção do Fincher: minimalista, testemunhal. Ele não filma, ele coloca a câmera num canto e deixa a cena acontecer. Toda a parte técnica é impecável, com destaque pra montagem enxutíssima, onde nenhuminha sequência é desperdiçada num filme que muitos podem achar longo demais pra um suspense ( que beira o horror ). E a trilha sonora do Trent Reznor e Atticus Ross é a cereja no bolo.

Mas o destaque absoluto é a história. Oscar de roteiro adaptado está garantido. Mas torço muito pra que este ano Fincher faça uma lavada nos prêmios de cinema - já passou da hora e esta obra merece, nem que seja pra mostrar o quanto o cinema está precisando de um choque como o que o espectador toma quando descobre onde foi parar a Garota Exemplar.

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Tão falando que é melhor que o livro (coisa que o Fincher já tinha feito com o Garota da Tatuagem do Dragão). Pelo o que vi no trailer, a fotografia tb ta muito boa, me lembrou a do Rede Social e Zodíaco.

O foda é que esse título nacional (o mesmo do livro) ficou ruim,  parece filme com o Adam Sandler, aonde uma garota exemplar, embora solteirona (tipo a Lívia), se envolve num romance cheio de indas e vindas. Cena final? Beijão no Central Park.

 

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quase nada wrote:

Tão falando que é melhor que o livro (coisa que o Fincher já tinha feito com o Garota da Tatuagem do Dragão). Pelo o que vi no trailer, a fotografia tb ta muito boa, me lembrou a do Rede Social e Zodíaco. 

E com CLube da Luta também, não podemos esquecer. Até o Chuck Pallanuik declarou q achou o filme melhor q o próprio livro. Acho q foi uma declaração inédita. Eu li em algum lugar falando q o Fincher se especializou em fazer boas adaptações de livros de aeroportos.

 

quase nada wrote:

O foda é que esse título nacional (o mesmo do livro) ficou ruim,  parece filme com o Adam Sandler, aonde uma garota exemplar, embora solteirona (tipo a Lívia), se envolve num romance cheio de indas e vindas. Cena final? Beijão no Central Park.

Sim. Quando falo q quero ver eu finjo q esqueço do nome em português. É o mesmo caso do A Imigrante, novo do James Gray, q no Brasil ficou "Era Uma Vez em Nova York", e ainda num mesmo mês em q tem outro filme chamado "Bem Vindo a Nova York". Imagina a confusão do público q nao conhece nenhum dos dois.

Dré
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Tenho que assistir de novo porque o filme tem muita informação, mas, se não me engano, o título é explicado: na trama, Garota Exemplar é o nome de uma série de livros escritos sobre a Amy Dunne ( a esposa ) quando ela era pequena - livros infanto-juvenis onde ela era a personagem principal.

Eu adorei o título, só vendo pra perceber que é de uma ironia filha da puta.

quase nada
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O negócio é que os filmes do Fincher precisam fazer mais dinheiro, as bilheterias dele são quase todas zicadas. Nesse caso, um título mais terceiro-mundista estilo "Desaparecida" ou "O Intrigante Sumiço de Totonha" atrairia mais gente. Pra vc ter uma idéia, Zodiaco e Fight Club mal se pagaram, o melhorzinho de bilheteria foi o Bejamin Button, que é uma bosta e pode pressioná-lo a voltar a fazer mais um desses filmes pra velha escrota.

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Discordo. Fincher é o raríssimo tipo de diretor com tanta moral em Hollywood hoje que não precisa de bilheteria. Muito ator fodão se estapeia pra filmar com ele e, inclusive, banca a produção do filme pra isso. Brad Pitt é o primeiro que vem a mente. É basicamente investir em uma potencial garantia de indicação ao Oscar.

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Já viram isso? muito bom

quase nada
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Dré wrote:

Discordo. Fincher é o raríssimo tipo de diretor com tanta moral em Hollywood hoje que não precisa de bilheteria. Muito ator fodão se estapeia pra filmar com ele e, inclusive, banca a produção do filme pra isso. Brad Pitt é o primeiro que vem a mente. É basicamente investir em uma potencial garantia de indicação ao Oscar.

Não precisa de bilheteria?

O Fincher não é o PTA ou Lynch. O cinema dele pode até ser um pouco mais inteligente, mas é 100% comercial, filmão de shopping. Ele é tipo o Nolan ou Tarantino, só que pra cada filme menor, o Nolan entrega outro de um bilhão. Já o Tarantino, que não ta na casa do bilhão, tem entregue filmes r-rated, oscarizáveis e com 250/300 milhões de bilheteria.

Nenhum diretor mainstream pode se dar ao luxo de ficar na faixa dos 100 milhões em filmes que custaram 60. É por isso que não vai rolar a continuação do Garota da Tatuagem do Dragão. Nem o Zodiac foi bem, imagina como seria foda uma versão de quase 3 horas sobre a vida do jeffrey dahmer (podia até ser com o Brad Pitt), pois bem, então esquece, pois não vai rolar nem com toda moral do mundo.

O Interstellar custou uns 200 milhões, ninguém sabe se vai ser bom, mas o Nolan fez o filme que quis (respeitando o pg-13), ninguém deu pitaco e nem rolou os famigerados "test screening". Vc acha que algum produtor daria sinal verde pro Fincher dirigir com um orçamento de 200KK? Nunca. Até que a gente gostaria.

Esse povo que faz filme de grátis pra diretor consagrado, tipos os poetas do Terrence Malick, só querem ganhar moral pra depois negociar um cache mais alto em outras produções. Isso vai pro curriculo do cara, mas nenhum deles faz fotossíntese de arte e vive de poesia, tanto que a maioria só trabalha com o Malick uma única vez, pois o nome do jogo é "grana".

XIII
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quase nada wrote:

nenhum deles faz fotossíntese de arte e vive de poesia, tanto que a maioria só trabalha com o Malick uma única vez, pois o nome do jogo é "grana".

Sensacional. E já que você mencionou o Lynch, ele e o Frost vão começar produção ano que vem de 9 episódios de Twin Peaks pra ir ao ar em 2016, melhor notícia da TV em muito tempo. Imagino como eles irão trazer o Bob e se terão licença artística pra pegar pesado como faziam, o último episódio de Twin Peaks é uma das coisas mais perturbadoras já feitas... deve ter infartado muito cardíaco antigamente.

Dré
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Continuo discordando. Talento a parte, David Fincher está num patamar diferente do Nolan ( comercialmente menor, pode-se dizer ), que já entregou um filme que teve retorno na casa do bilhão e tem que manter esse patamar. Os filmes do Fincher vão bem ( e apenas BEM ) de bilheteria, sem contar o retorno agregado de venda para tv a cabo e comercialização mundial, e ainda não se espera dele filmes que vão estuprar bilheterias.

De certa forma, ele está bem próximo do Tarantino em termos de bilheteria, nunca tinha notado nisso. Com a diferença que o Taranta tem muito mais marketing pessoal. Mas é outro que muitos atores buscam trabalhar e os estúdios bancam suas ideias toscas mais pelo marketing do que pela bilheteria.

Ele também tá longe de um Terence Malick, já que o Fincher tem uma produção bem mais contínua, entregando filmes a cada dois ou três anos.

E vai sim rolar sequência de Dragon Tattoo ( curiosamente, uma das maiores bilheterias proporcionais do Fincher, deu mais de U$ 200 milhões e custou quatro vezes menos ), a Sony já assegurou os direitos e os dois atores dizem que só voltam se for com o mesmo diretor. Mas ainda falta definir se ele vai dirigir ou apenas produzir.

Livia
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Fincher está anos luz na frente do nolan em qualidade. Muito mais coeso. Nolan é um cara legal que fez um puta filme graças ao heat ledger.

 

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And then there was silence...

agraciotti
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Livia wrote:

Fincher está anos luz na frente do nolan em qualidade. Muito mais coeso. Nolan é um cara legal que fez um puta filme graças ao heat ledger.

E o outro legal dele foi graças ao irmão (Amnesia. De longe, meu favorito). Até acho ele bacana, mas superestimado. Esse Interstellar ja me cansa de tão "mais do mesmo" q parece.

Fincher merece muito mais créditos, não só pela técnica (vejam o vídeo q postei ) mas pq ele é um dos únicos diretores da atualidade q consegue extrair filmes no mínimo legaizinhos de materiais duvidosos (Panic Room) ou de best-sellers horriveis (Dragon Tattoo - q, continuo defendendo, é bem melhor q a versão original sueca), e de lambuja, ainda deixou clássicos modernos pra nossa geração (Seven e Clube da Luta).  O cara é foda (só Benjamin Button q eu ignoro, q é ofensivo de tão ruim).  

Acho q, mesmo q ele não renda tanta bilheteria, ele tem prestígio sim. Todo mundo reconhece hoje o quão importantes Seven e Clube da Luta foram pra indústria, House of Cards bombou pro Netflix e A Rede Social teve indicações a Oscar e tal. 
Mas também queria ver ele fazer algo menor e com menos peso de estúdio por trás.

 

Terenzi
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Esse filme deve ser tão bom que vocês se distraíram falando do fincher e esqueceram dele

Dré
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É porque não dá pra falar muito do filme sem entregar a melhor coisa dele: a história. Depois que todo mundo aqui ver, dá pra discutir bem mais.

agraciotti
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Impressões pós-sessão:

- Meio longo demais. Acho q daria pra tirar facilmente algumas cenas em um corte adicional.

- Ben Affleck ja devia estar malhando pro Batman, pq ta todo inchado, andando todo duro, parecia o Batoré. Cada vez q tinha uma plano mais aberto dele andando me incomodava profundamente.

- A atriz está realmente muito bem. Deve papar umas premiações. Mas...desconfio q é o tipo de papel tipo cinebiografia: Qualquer um se destacaria.

- Eu esperava q o tal twist fosse realmente uma porrada, mas nem é. Depois de meia hora de filme ja tava meio q na cara o q tinha rolado. Mas..ainda bem, nao se resumiu a isso.

- Tem uns 4 ou 5 finais falsos. Isso dá uma cansada pq o filme nunca tem cara de q vai acabar (mesmo o final sendo muito bom), mas tendo a gostar disso com o tempo.

- Tem toda uma cara de filme pra TV, nao acharam? (e isso não é uma crítica) Nao sei se é a narrativa meio episódica, a trama bem cara de best-seller ou o visual mais secão mesmo (por um lado, é bom ver o Fincher se livrando de alguns maneirismos, como os tons meio esverdeados q tinah em todo filme dele).

- Só eu q achei a irmã dele melhor do q a mulher?

 

 

No mais, é um filme q acho q precisa de um tempo e, talvez, assistir mais vezes. Inicialmente eu achei q a coisa vilanizada quase caricatural tira um pouco a força metafórica da história - sobre casamento, relacionamentos modernos, manipulação da informação (pela mídia ou pelo cinema mesmo) e o lugar da mulher numa sociedade repleta de homens infantis e incapazes de serem adultos (até a dupla policial é uma representação disso).

Mas...se analisar o rumo q a história toma e as viradas meio absurdas na última meia hora como uma sátira disso tudo, talvez o filme exija um olhar um pouco mais ponderado, da mesma forma q Clube da Luta precisou de uns 10 anos pra q todo mundo entendesse de verdade o tom de sátira e sobre o que o filme realmente é.
Então daqui a 10 anos eu volto pra dizer o q acho.

 

quase nada
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É um filme legalZINHO, bem nota sete, pensei que fosse na linha do ótimo Prisoners, mas ficou parecido com aquelas comédias de humor negro dos anos 80/90 envolvendo casais tipo a Morte lhe Cai bem, Ela é o Diabo, Guerra dos Roses e etc.

O roteiro é complexo, mas a execução ficou atrapalhada, depois do vigésimo "3 dias sumida", "1 dia sumida", "meio dia sumida"  vc começa a perder a paciência, parecia o famigerado cronometro do Atividade Paranormal.

A trilha, desde que ele começou a parceria com o aquele músico que o Dré vai aos showzinhos, é sempre maravilhosa, meio experimental, com toques maluquetes, como se fosse um trilha comum mixada por um mongol. O batuque desconstruido, o agogô distorcido e o reco-reco destrambelhado combinou muito bem, achei mais instigante que o próprio filme.

O principal problema é que o excesso de zueragem tirou a tensão da parte investigativa, por incrível que pareça ficou até um filme light. O Ben Aflleck é um ator horroroso, talvez o mais canastrão da atualidade, porém, como o Dré e Agraciotti falou, o filme foi feito pra atriz brilhar, qualquer mulher que pegasse aquele papel sairia bem, acho até que o Fincher passou a rôla nela... A gente sabe que essas atrizes vivem no limite da prostituição pra conseguir bons papeis, não seria nada estranho que ele pedisse no minimo uma mamada. São as regras do jogo, Ray-J, não fui eu que inventei.

Achei um bom filme, legalzinho, com sua dose de transgressão e etc, mas meio bestinha. Se me fosse vendido como um filme do woody allen sobre os descalambros do amor, seria nota 8 ou 9, mas sendo do Fincher, ficou abaixo da média, só ganha mesmo do patético (e oscar bait) Benjamin Button.

Nota: 7 (cravado, nem mais um décimo sequer)

Spoiler: Highlight to view
fiquei o tempo todo pensando no caso Bruno, imagina se aquela mina voltasse

quase nada
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Outra coisa, esse negócio de esperar o futuro pra absorver o filme, agraciotti, é um pouco coisa de bicha precavida. Acabou o filme eu já levando da cadeira, olho prum lado, olho pro outro e grito: gostei, achei médio, detestei! Não fico nessa de "vou esperar o equinócio para consultar meu oráculo para saber se minha conjunção astral permite que eu goste desse filme. Primeiramente, ligarei para meu o Xangô e só daqui a 8 anos, quando eu terminar o caminho de Santiago de Compostela e estiver com meu cajado da sabedoria em mãos, poderei opinar sobre esta obra. Filme é como vinho, precisa maturar para ser apreciado de forma correta; a arte é como uma semente de mandioca: apenas o tempo faz florescer"....  Sai pra lá, bicha barbuda.
 

agraciotti
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Eu saí com essa sensação de "legalzinho/nada de mais" também, mas acordei no dia seguinte pensando no filme e ele cresceu um pouco. Passei o dia  inteiro ouvindo podcasts e lendo críticas e interpretações. É interessante as diferentes reações e análises q ele vem causando, e, só por isso, acho q já fica acima da méida.
Gosto como ele tem níveis e níveis de metáforas e análises a serem feitas, q talvez se perca um pouco nas viradas constantes, na porra-louquice repentina q cai pro humor-negro (a cena da degolada)...enfim, por MUITO pouco ele nao vira um filme esquizofrênico, q te joga pra TANTO lado a cada 10 minutos q se perde nos excessos (como eu acho q acontece com o Guardiões da Galáxia). Mas é isso....David Fincher adora um cinismo, uma piadinha dark q só ele ri, persoangens escrotos, perdidos e fodidos com as exigências do mundo moderno..... então, se visto como uma grande sátira acho q ele funciona mais.

Só q acaba sendo sátira de vários temas (até discussões fervorosas sobre feminismo x misoginia ta rolando) e isso acaba sendo ao mesmo tempo o problema e a qualidade dele.

Eu também me incomodei com os letterings q contava os dias.... enchia o saco pq a gente nao sabia até quando ia. Sem contar q os acontecimentos em relação aos dias passados era totalmente implausível. A cidade inteira já tava mobilizada procurando a mulé, a TV ja repercutindo e tal e no lettering aparecia "3 days gone". 3 dias e ja acontecendo isso tudo? Nem fudendo.

E tem uns furos aqui e ali também q incomodam, mas... o final é de uma ironia tão foda q compensa.

 

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O elenco prejudicou o tom do filme. Os policiais não pareciam policiais, a irmã do Affleck não tinha nada a ver com ele, o advogado negão parecia saído de outro filme e o Neil Patrick Harris fazendo papel de macho conquistador foi apelação. Nos últimos filmes o casting foi perfeito, como o Zuckerberg no papel de Zuckerberg 2, downey jr de bêbado decadente no zodiaco ou a Romney Mara fazendo uma dessas góticas amigas do Dré (com direito a piercing real nas tetas, acho até que ela pegou aids praquele papel). Mas aqui ficou esquisito, o Fincher gosta desses elementos de humor, mas não beirando a caricatura, aquela vizinha fofoqueira parecia saída do Desperates Housewifes. Não sei se ele quis dar ao filme a cara daquele "The Stepford Wives", parodiando essa vidinha dos subúrbios americanos, mas não combinou com o estilo dele.

Dré
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Vocês também riram em algumas cenas? Achei que foi o filme mais engraçado do Fincher, propositalmente ( a cena onde o marido tranca a porta ) ou não ( Ben Affleck ).

agraciotti wrote:
E tem uns furos aqui e ali também q incomodam, mas... o final é de uma ironia tão foda q compensa.

Muitos furos, mas curioso como não acho que atrapalhou o produto final. É quase como na vida real, quando te contam uma fofoca sem alguns detalhes.

Ainda sobre os furos, o André Barcinski odiou o filme e ainda listou uma série de erros na trama.

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- - - SPOILERS ADIANTE - - - 

Obviamente, faz sentido todos esses furos q o Barcinski indicou. Muitos eu também notei, e muitos eu simplesmente não liguei. Pq é isso....o filme vai ganhando ares meio absurdos mesmo, não se resume a uma investigação policial e a um típico "whodunit" como parece no início. É um filme q vai se revelando aos poucos, começa de um jeito e termina de outro, puxando seu tapete, e no fim acaba acelerando no tom satírico mesmo, o que acho q faz com que a gente aceite mais os furos (por exemplo, não dá pra reclamar q ela chega em casa ainda coberta de sangue. Óbvio q é uma forçada só pra ter o momento de vermos o sangue saindo no chuveiro. E daí? É igual o Shyamalan quando disse q pensou no The Happening só pra filmar pessoas se matando. No caso dele deu MUITO errado, mas gosto quando diretores forçam a lógica por escolhas estilísticas. Hitchcock fazia isso o tempo todo).

Mas..uma coisa eu tenho duvidas é isso q o barcinski acusou da direção de "preguiçosa". Saí pensando um pouco nisso... por um lado, como eu disse antes, é bom ver o Fincher se livrando de antigos maneirismos (não imagino mais ele fazendo aquelas viagens com a câmera - na verdade em CG - por ambientes, como ele fazia insistentemente nos primeiros filmes) e fazendo algo mais sóbrio, como fez com o Rede Social, sem muitas firulas e malabarismos e sem deixar a direção "aparente", q é como acho q tem q ser nesse tipo de filme (ao contrário de um Clube da Luta, por exemplo, q já pedia as artimanhas videoclípticas dele, q faz muito bem).

Mas...tem diversas cenas nesse filme q eu senti falta de um momento de maior impacto. Por exemplo, a cena q ela volta pra casa. Ela simplesmente aparece saindo do carro e ele vai em direção a ela e pronto. Eu lembrei na hora da cena inicial de The Rover, em que a capotagem do carro (o mote inicial da porra toda) é filmada de forma quase poética (quem viu sabe o q to falando) e como o Gone Girl ganharia se ele filmasse esse momento de forma similar. 

Enfim. Continuo pensando muito sobre o filme. Ontem ele cresceu pra mim e hoje caiu um pouco de novo. haha

 

 

 

Dré
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- - - SPOILERS ADIANTE - - -

agraciotti wrote:

...por exemplo, não dá pra reclamar q ela chega em casa ainda coberta de sangue. Óbvio q é uma forçada só pra ter o momento de vermos o sangue saindo no chuveiro. E daí?

Além disso, é totalmente coerente com o plano da Amy fazer disso um espetáculo, coberta de sangue chegando em casa, na entrevista em frente aos policiais e, no chuveiro, como lembrete do que ela pode fazer com o Nick.

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Bom filme, meio longo talvez... assim como a trupe acima as stamps relemebrando quantos dias faziam disso ou daquilo além de ridículas não funcionam. Cliffhanger meio manjado, hein? Ou vai ver é porque tive uma ex desse naipe, vi a mina furtando 50tinha uma vez de uma amiga e 30s depois tava lá consolando a mesma, tem mulher que é artista de nascença é foda! Ainda bem que não juntei meus trapos, se não podia nem ter a net pra zoar os tchúmigos do Joio.

A parte técnica é o fino como era de se esperar do Fincher, mas dava pra cortar uma meia hora do produto final fácil, assim como dava pra usar outro ator porque o novo batman é a pior canastrice das últimas décadas, até a bixona do irmão dele é mais convincente. Daria também pra usar mais a Emily Karalhotovski lá porque é das ppkas mais delíciosas a aparecer nos últimos anos, li no trivia do imdb que o batfleck pediu ao Fincher pra selecioná-la(Fincher como era de se esperar nem sabia quem era a totosa). Ou seja, na lição de hoje aprendemos que o Daredevil pode ser um ator risível mas sabe aproveitar a influência que tem no meio.

Nota: 8.5

Terenzi
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odeio quando vocês mentem pra mim! O filme é uma bosta

prangel
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Filme coxa demais! Perdi 2h da minha vida. 

grato.