Recomendações musicais: segundo semestre de 2007 - Discos

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Abrindo um tópico novo para o segundo semestre, seguindo uma sugestão do Charlie.

  • Animal Collective - Strawberry Jam - Disco impecável do Animal Collective, com uma das melhores músicas do ano (For Reverend Green). Bem mais acessível do que o disco anterior, Feels, que já era, a seu turno, mais acessível do que os anteriors. Eu já cheguei a destestar essa banda no passado, mas hoje em dia sou fã;
  • Ash - Twilight of the Innocents - Eis uma banda que parece não envelhecer. Vai ser sempre uma coisa adolescente...e eu digo isso no melhor sentido da palavra. O Ash parece ter sofrido bastante com a saída da Charlotte Hatherley, que na minha opinião funciona muito melhor no Ash do que como artista solo, e dava uma energia que a banda não tinha antes dela, e agora perdeu com sua saída. Mas o disco novo não é ruim, dá para ouvir tranqüilamente do começo ao fim. Falta substância, e apenas quatro faixas se sobressaem (Princess Six, I Started a Fire, You Can't Have It All e Palace of Excess), mas como eu gosto demais do Ash eu relevo.
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  • Stars - In Our Bedroom After the War - Eu não sou muito fã do Stars, mas esse disco é bem legal. Suave, inofensivo, e muito agradável;
  • The Fiery Furnaces - Widow City - Não gostei tanto quanto gostei de Bitter Tea, e achei pior do que os outros discos da banda...mas pode melhorar após ser ouvido repetidas vezes. De toda maneira, esse disco vale muito mais a pena do que as coisas genéricas que eu ando pegando às dezenas ultimamente.
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  • Maps - We Can Create - Disco de estréia, banda de um homem só, James Chapman, que faz um som eletrônico grandioso e ultra-melódico, com vocais indies padrão que não comprometem o resultado final. Eu tenho lido comparações com M83 e em algumas faixas não fica muito longe, mas é razoavelmente diferente;
  • Ministry - The Last Sucker - Último disco do Ministry, e é DE LONGE o melhor da trilogia final da banda. Não fico pulando faixas com este disco, ao contrário de Houses of the Molé e Rio Grande Blood. O Ministry ainda tem gás para mais discos, mas Last Sucker é uma ótima despedida, e deve ser ouvido no maior volume tolerável.
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  • Basia Bulat - Oh My Darling - Quem curte Jewel e Feist pode ir para cima da Basia sem piedade, com fé e esperando o melhor possível. Disco mais bacana de uma vocalista solo que eu ouvi este ano, sem dúvida alguma.
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  • VHS or Beta - Bring on the Comets - muito fofo esse disco. Gosto bastante do primeiro disco do VHS or Beta, e nesse segundo eles mantêm a linha power pop / rock dançante, um pouco menos dance e mais rock. Por motivo que desconheço, eles põem as melhores músicas na segunda metade -- a primeira é meio morna.
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  • Love Life Fire - An Ocean in the Air - Para fãs do Metric. Disquinho curto e bacana;
  • Richard Hawley - Lady's Bridge - Mais um excelente disco solo do ex-Pulp Richard Hawley, em modo Elvis Presley/Johnny Cash do início ao fim.
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  • Clare and the Reasons - The Movie - Banda de MPBA, música popular brasileira americana. Ouvindo o disco dá a impressão de que eles gostam de MPB (dentre outras coisas), e seria muito fácil substituir as letras em inglês por letras em português, já que as músicas têm uma cadência bem próxima da nossa língua. O disco é bem bacana, recomendo muitíssimo. O Myspace não tem as melhores músicas, é preciso ir atrás do álbum inteiro, mas tem a música Pluto, bonitinha, sobre o rebaixamento de Plutão.
Foto de João Lucas

  • Goodbooks - Control - Basicamente o que eu sempre escrevo nas minhas indicações, disco de pop-rock redondo para ser escutado diversas vezes, só que dessa vez sem mulher no vocal. É daquele tipo de disco que quase todas as faixas podem virar um single de sucesso.
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  • Studio - Yearbook 1 - O disco de estréia desse duo sueco é pop, mas... não é pop. Tem texturas belíssimas, referenciadas no synthpop e passeando pelo dub e ritmos tribais. Mas não tem propriamente canções, e sim longos temas (8 faixas em 70 minutos) onde a música evolui em camadas, minimalista, e mesmo onde há vocal, ele parece mais uma outra textura do que uma linha-guia para a música.

    Não é modorrento ou experimental não, tem muito suíngue e ótimas linhas percussivas. É como se, sei lá, o Depeche Mode lá do início se unisse ao Plastikman e abdicasse de fazer músicas com estrofe / refrão / estrofe.

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  • Electric Six - I Shall Exterminate Everything Around Me That Restricts Me from Being the Master - Depois dos fiascos de Señor Coconut e Switzerland, o Electric Six finalmente faz um álbum à altura do primeiro (e com o melhor título do ano). Tudo bem que 16 faixas é um exagero, e eles poderiam ter cortado umas 5, mas tá valendo, principalmente com músicas tão bacanas quanto Randy's Hot Tonight, Dirty Looks e Dance Pattern.
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  • The Go! Team - Proof of Youth - É claro que vocês já ouviram, mas fica o registro mesmo assim. A resenha do site rraurl.com faz uma comparação interessante: assim como o Tarantino em seus filmes, o Go! Team enche sua música de referências obscuras e excesso de informações pop interessantes.

    Eu não os conhecia, e achei esse disco muito bom. É bastante excessivo mesmo; lembra um pouco a postura do Wolfgang Press, que fazia umas músicas funkeadas com arranjos estranhos e grandiosos.

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  • Britney Spears - Blackout - Podem rir. Fiquei impressionado com esse disco. É bem eletrônico e futurista, não faz muita concessão ao hip hop ou às modinhas atuais, e tem uns batidões que eu vou te contar.

    "Ah, mas não é a Britney que fez, é disco de produtor, ela não sabe cantar, não tem talento, blá blá blá". Pra mim isso não faz a menor diferença.

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Foto de Bennett

  • The Tough Alliance - A New Chance - Bandinha de indie pop hypada pela Pitchfork, mas merecidamente. Disquinho bem legal, que dá para ouvir direto do começo ao fim.
Foto de Bennett

  • Raveonettes - Lust, Lust, Lust - Disco mais bem amarrado da carreira do Raveonettes. Se vocês gostam da banda e ainda não ouviram (pode ter passado despercebido no meio do holocausto suíno), corram.
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  • Girls Aloud - Tangled Up - Ainda não ouvi o disco da Britney, mas duvido que seja melhor do que o novo das Girls Aloud. Tremendo disco de pop pré-fabricado, com direito a pelo menos cinco músicas que seriam devastadoras como singles.
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  • Black Mountain - In the Future - 2007 (ou 2008?) continua rendendo bons frutos, com esse disco do Black Mountain, o segundo da banda de rock psicodélico de Vacouver (que também grava com o nome Pink Mountaintops, com praticamente a mesma formação). Disco muito bom, do começo ao fim, com destaque para a épica Bright Lights, de 16 minutos. O Black Mountain disponibilizou outra faixa bacana, Tyrants, para download no site oficial.

Vou aproveitar este post para recomendar novamente o disco das Girls Aloud, umas das melhores coisas que eu ouvi esse ano.

Foto de Bennett

  • British Sea Power - Do You Like Rock Music? - Enfim, um sucessor digno de The Decline of British Sea Power. Corram.
Foto de João Lucas

The Duke Spirit - Ex Voto - EP redondo da banda que não faz um sucesso estrondoso até hoje sei lá porquê.

Foto de Ray J

  Leama & Moor - Common Ground - Primeiro trabalho próprio da dupla de DJs que já trabalharam com U2, Brian Eno e mais uma porrada de artistas. Som eletrônico da mais alta qualidade, puxando para o house e ambient, daqueles pra ouvir baixinho durante uma pizza com os amigos. Para quem não conhece muito da cena eletrônica, ficará impressionado ao ver que nem tudo são batidas aceleradas movidas a ecstasy. Recomendo!

Saudações
Ray Jackson

Saudações
Ray Jackson

Foto de Cesert

Tudo muito pop aqui, argh!!

Serj Tankian - Elect the Dead

Primeiro disco solo do vocalista do System of a Down, não vou colocar EX- pq dizem eles que a banda não acabou só saiu de férias sem data pra retornar, sei. Isso pelo jeito é desculpa pra daqui um tempo voltarem a se reunir só pra ganhar uns trocados dos fãs e fazerem alguns shows pra tocar as velhas músicas.

Mas falando do disco, é muito bom, na minha modesta opinião seguiu a mesma linha dos dois últimos cds do SOAD, Mesmerize e Hipnotize, que já eram bem diferente dos outros discos da banda, não sei definir se puxaram mais pro lado metal ou mais pro lado folk soul (só exemplos, não to falando que é isso) ou outra definição de rock pq não sei nada disso, sei de ouvir e gostar, e digo que ficou muito bom, rock de primeira e com a marca registrada do sotaque do Serj e letras como sempre de contestação e marcante.