Acho que deletei as fotos do enterro de um defunto de um amigo meu. Tava na câmera do cara, eram simplesmente as fotos do pai dele que tinha morrido há poucos meses, acho que apaguei o cartão de memória, mas foi sem querer, sei lá, to me sentindo muito mal, to tão envergonhado que é como se eu mesmo tivesse matado o pai do cara. Eu botei o cartão no computador e o antivirus pegou uma porrada de coisa, então eu pensei "como sou gente boa, vou limpar o cartão e recolocar na máquina..." Não deu outra: os arquivos ficaram inacessíveis e nem aquele programa pra recuperar pendrive funcionou. Já era, espero que ela tenha o enterro guardado na memória mental, pois na do cartão não existe mais. 
To precisando desabafar. Cometi uma coisa horrível, horrível, HORRÍVEL.
12 Setembro, 2012 - 18:21
#1
quase nada
To precisando desabafar. Cometi uma coisa horrível, horrível, HORRÍVEL.
Que gente bizarra é essa que tira foto de velório?
80% da população? serve como recordação, é garantia de chororo! (desculpa a falta de circunflexo, meu teclado tá lixado ;x)
Pois é, tb sempre vejo gente tirando foto em enterro, tipo, não é foto fazendo duck face nem joinha, mas sempre tem uma fotinha ao lado da viúva, foto abraçando a tia gorda chorona e etc. Eu mesmo já fui num velório que tinha fotógrafo profissional e ainda serviram habibs.
Mas a boa notícia é que consegui acessar o memory card pela câmera, não será dessa vez que minha alma será amaldiçoada.
as tias gordas e choronas são as que mais comem, e relaxa, voce tera outra chance de estragar a vida de alguém :)
que macumba voce fez pra recuperar os dados? ia salvar meus "arquivos que obrigatoriamente precisam ser deletados" .. fala o nome desse programa lindo!
Na epoca dourada do orkut eu vi gente guardando ossos do avo no armario dentro de casa. Troço doentio mesmo.
Detesto enterro e velório, não vou de jeito nenhum. Pra mim é uma cerimônia que não faz o menor sentido, ficar ali vendo uma pessoa morta e todos se sentindo tristes. Sou daqueles que prefere lembrar da pessoa viva e ponto.
Eu não fiz nada, pois o SD bugou mesmo, mas parece que a câmera tinha backup automático, eu acessei as mesmas fotos pela memória interna, sem falar que tinha mais de um cartão dentro da máquina, mas eu que não mexo mais nessa desgraça, se escangalhar eu to lascado, é uma Nikon D sei lá o que.
O enterro é uma cerimonia que depende da crença da pessoa, por exemplo, o enterro cristão, apesar de ser igualmente triste, é um rito de passagem, um "nos vemos do outro lado", já pro ateu o enterro é o mesmo que adubar a terra, é a obliteração total do indivíduo. Nesse aspecto os espíritas levam vantagem, pois o velório é um "ate já, nos vemos na sessão". Uma das funções das boas religiões é essa: deixar a desgraça um pouco mais aturável. Não é a toa que a maioria dos suicidas são ateus, pois a falta de uma crença transforma a pessoa num aglomerado de carbono cuja a existência não faz o menor sentido, a não ser se reproduzir (tipo uma bactéria ou um micróbio).
Sou assim tambem, o problema é que isso gera um constrangimento enorme com parentes. "Por que ele não veio no enterro? Nossa ele não vem em nenhum enterro de parentes." E voce fica marcado como um sujeito que só pensa em voce, insensivel, insuportavel, detestável, etc. tenho varios primos que não falam comigo por causa disso. Eles pensam que não ter ido em enterro de tios e avós foi um comportamento negativo. Isso é uma das coisas que mais me incomoda atualmente.
Eu adoro enterro, pode me convidar que eu vou. No velório que serviram habibs eu comi umas 12 esfirras. Teve um que quase que eu pegava uma mina (infelizmente não deu certo a tática do "abraço do sentimento") . Os três melhores lugares pra aumentar o network são: velórios, casamentos e academia.
Velório de gente que já tinha passado da hora de morrer é legal, no começo tá todo mundo borocochô mas depois de um tempo nego já começa a contar causos engraçados do morto, descamba pra piada e ninguem lembra mais que tá num funeral. Mas quando é de vidas interrompidas - jovens, assassinatos, acidente, etc - é uma tristeza sem fim. Eu não gosto de ir em velórios porque sou socialmente inapto para lidar com essas situações, do tipo que vai cumprimentar a familia do presunto e pergunta se tá tudo bem, abraça o órfão e dá parabéns e outras coisas desse naipe.
Eu ja fui num de um suicida que tinha menos de 20 anos... Maior climão pesado, mas tinha cada gata que vc não acreditava. É um sentimento esquisito, vc lá confortando a mãe do cara enquanto seu pau está mais duro que a madeira do caixão... Mas como diria Toquinho: "é a vida".
putz
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And then there was silence...
uma amiga minha tem uma desconfiança extrema de nós, homens. pra ela nenhum presta, e to começando a achar que é verdade, a gente ve pornografia até em palito de dente... é trágico isso, fica até aquela duvida se mulheres não são assim também.