Branca de Neve e o Poderoso Thor
Uma das piores coisas de fim de semana prolongado chuvoso em São Paulo é ir ao cinema. O povão desiste de ir pra Praia Grande e vai pro shopping, lotar as salas. Nessas, sua programação de ver uma estreia ou algo decente vai pras cucuias... e você acaba assistindo algo como essa nova versão da Branca de Neve.
Uma coisa que se desenha na cabeça quando assiste esse filme é que o briefing deve ter sido algo super trabalhoso, como:
Menina do Crepúsculo
+
História conhecida do público ( aliás, evitar mexer na história )
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Mocinho do momento
+
Coadjuvantes de peso ( ganhador do Oscar é opcional, mas desejável )
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Diretor novato, pra compensar o salário dos atores
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Clima dark romântico ( fotografia e figurino em tons escuros ajudam )
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Duas ou três cenas de ação
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\o/ Blockbuster \o/
A história é exatamente a mesma que todos conhecem, com um pouquinho mais de destaque pro cavaleiro ( o mesmo cara que faz o Thor ) que vai ajudar a Branca de Neve. Fora isso ( e o detalhe de haver oito anões, mas isso logo é consertado ), não há uma cena original no negócio inteiro, desde a abertura com a morte do rei, as cenas de batalha, o cavaleiro beberrão e até o discurso da Branca de Neve liderando a investida contra a Rainha – e nem isso é novidade, já que a infeliz vira uma guerreira sem a menor explicação.
Pior que se percebe ser uma bela produção, com uma direção de arte criativa – vide o espelho da Rainha, aqui em formato de algo como um prato gigante, que toma uma forma humanoide em alguns momentos – até os figurinos ( novamente, os da Rainha ). Aliás, já está óbvio que o destaque do filme, de longe, é Charlize Theron, com uma interpretação totalmente exagerada em diversos momentos. Parece até que ela sabe que tá metendo o pé na jaca que é esse filme e tá pouco se lixando. A curta cena dela tomando banho num poço de leite ( seja qual leite for... ) é o ápice do filme.
Em contrapartida, nada, absolutamente nada, é pior do que aguentar essa menina do Crepúsculo “atuando”. Ela está sempre com aquela mesma cara de enjoada, a boca meio aberta e o olhar vazio. Seja sorrindo, lutando, fugindo, flertando, comendo ou dopada, lá está ela com a mesma expressão mongol de vaso. Fiquei o filme todo torcendo pro Thor enfiar uma martelada na cara dela, pra ver se conserta aquela boca torta.
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Isso que da economizar 3
Isso que da economizar 3 reais do ingresso.com, acha que vai chegar na bilheteria e os pobres vão evaporar.