Sherlock Holmes 2 - O Jogo das Sombras

Foto de Dré
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Primeiro a parte ruim: esta sequência é basicamente igual ao filme anterior, seguindo o mesmo ritmo, mesmos efeitos, trejeitos dos personagens e até a história ( que, confesso, nem lembro direito ) tem suas semelhanças. Ou seja, quem não gostou do primeiro pode fugir deste aqui.

Guy Ritchie podia muito bem ter inovado um pouco mais, como justamente fez no filme original, onde fugiu de suas tradicionais histórias de capangas, mas pelo visto resolveu seguir pelo caminho seguro e fez pouco mais do que uma obra no piloto automático, tirando apenas uma personagem e mudando o vilão. Algo, que, aliás, é a grande decepção do filme: como avisava o final do primeiro, aqui Sherlock enfrenta seu maior oponente, o professor James Moriarty. Só que Moriarty, que realmente é apresentado como uma ameaça e uma inteligência bem maior que a de Sherlock, pouco faz no filme, com seu plano mirabolante ( tanto que é meio confuso, apesar de vermos no final que ele só queria matar alguns diplomatas ), e agindo por meio de capangas. E não ajuda ser interpretado por um ator sem muito carisma, que some nas cenas com o Sherlock.

Ainda assim, o filme tem seu charme e uma bela dose de bom humor, graças a performance maníaca do Robert Downey Jr, que rouba o filme em basicamente todas as cenas. Jude Law também tem seus momentos, apesar de não apenas estar mais apagado, mas aqui ter ficado em segundo plano total frente ao seu parceiro de cena – principalmente nos diálogos, outra qualidade do filme. Carregados de cinismo britânico, os atores devem ter lido páginas e páginas de texto, pois estão toda hora conversando, mesmo em meio às cenas de ação – que não são poucas, pelo menos.

Enfim, ignorando os pontos que citei lá no começo, junto com a fotografia escura ( quase de 3D ) e uma atriz coadjuvante feia de doer, vale assistir ao menos pela presença pirada do Downey.

Foto de quase nada

Eu vi numa sala foderosa e não estava tão escuro, mas teve gente no imdb que reclamou que a cena de luta com aquele corsaco (na hora que o holmes encontra a Cigana Feia pela primeira vez) estava praticamente impossível de ver.

Achei o filme meio xarope, o bromance entre o Holmes o o Watson ficou excessivo. O que gostei mesmo foi a luta final (uma das melhores do ano [mesmo não tendo acontecido]) 

Nota: 6,8  

Foto de quase nada

A atriz que faz a Cigana Francesa Feia é aquela sueca da primeira versão do Garota da Tatuagem do Dragão. Isso que é uma xenofobia bonita.

Ela tem um pouco cara de amazonense. Sei lá. Acho que eu pegava.