The Legend of Zelda: Skyward Sword - Review
Ai ai ai... Zeldinha... Zeldinha... Garota sapeca... Elfa piranha que mais uma vez se meteu numa encrenca e terá que se contentar com a ajuda do Link... O famoso gnomo viado, que anda sempre na moda e que adora usar aquele vestidinho verde da Donatella Versace (a típica frescalhagem nintendista).
Eu peguei esse jogo pelo hype: 40/40 famitsu, 10 eurogamer e 10 Edge. (os reviewers que mais gosto [justamente por serem os mais rigorosos]). Já a IGN (que é meio sem noção e da 10 pra todo mundo) começa o review assim:
Huummm... Será que é tudo isso? Eu tava sem paciência pra fazer review de jogos... Mas esse merece. Vamos ao review d-e-f-i-n-i-t-i-v-o.
No início achei um pouco farofa pois, como todo RPG, as coisas começam belas demais. Tudo muito lindo e lento. Mas depois, pqp, que jogo! Não é igual a esses rpgs de merda tipo o Skyrim, onde vc usa a mesma tática para matar qualquer tipo de inimigo, de dragões a caranguejos (mete espadada - corre - mete flechada no joelho - corre - mete magia - corre). Nesse Zelda vc precisa usar táticas "de verdade". Desviar dos ataques, usar o escudo, acertar o lado desprotegido do inimigo (até que enfim o motion plus teve utilidade), ver pontos fracos, analisar as reações e a dinâmica da batalha.
Dessa vez o Miyamoto copiou o "Avatar", vc dirige um avestruz alado em busca da salvação do mundo. A coitada da Zeldinha é sequestrada (provavelmente sofrendo abuso sexual no cativeiro) e vc tem que ir atrás dela enquanto quebra o pau no céu, na terra e na água.
Os itens e coisas são divertidos e insanos, tem desde um inseto robô alado derrubador de bombas até um espirito azul illuminati de iemanjá. Os dungeons são maravilhosos, puro fun.
Nota definitiva: Eu sou hater da nintendo e tentei diminuir a nota de qualquer forma, juro que tentei, pensei em dar um 6 por causa dos gráficos, mas todo o resto é muito bom. Esse jogo é melhor que o Arkham City , Skyrim, Uncharted 3 e etc. As batalhas são tão fodas que no meio do jogo eu já tava me sentindo O Putão.
Eu diria até que a IGN está correta... É melhor até que o Ocarina of Time. Em algumas lutas eu fiquei literalmente suado, teve uma contra um treco de fogo que eu tive que lutar de pé, dando uns gritos tipo "vem pra porrada, come at me, pega eu" e etc. Depois de um tempo eu deixei esse preconceito bobo de lado e passei a considerar o Link como um real filho do ghetto. Fui pra porrada contra a legião do mal! O nível de empolgação das lutas contra os chefes é único (com direito até a levantar o wiimote como se fosse uma espada [pra conjurar uma magia meio thundercats]), confesso que meu pinto ficava até duro.
Então fica assim: 7 pros gráficos e 13 pra jogabilidade.
Nota: 10
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Boa resenha, muito legal ver
Boa resenha, muito legal ver o Quase Nada abandonando os preconceitos.
Será que é com esse jogo que
Será que é com esse jogo que vou ressuscitar o meu Wii, que está juntando poeira a mais de um ano??
Se vcs têm o motion plus, o
Se vcs têm o motion plus, o jogo é obrigatório (inclusive, só funciona com ele, quem não tem nem adianta baixar, é melhor comprar o bundle).
No começo eu ficava meio irado com a dificuldade de acertar os golpes, pegar insetos e etc, mas quando pega no tranco tu se acha o próprio lord das espadas insanas pupilo de Hattori Ginsu e dos Jedis.
Quase Nada, como esse jogo se
Quase Nada, como esse jogo se compara com A Link to the Past? Este é meu Zelda favorito (que mané Ocarina of Time)...
Todos os Zelda compartilham
Todos os Zelda compartilham aquilo da passagem das eras, dimensões, dia e noite e etc. Mas no geral aquele sentimento do Link to the Past não existe mais, deal with it, naquela época a gente levantava um arbusto 2D, aparecia uma passagem secreta (um simples buraco preto) e a emoção era única. No dia seguinte, na hora do recreio, a gente contava pra todos nossos coleguinhas (ao som do barulho sofregante do fandangos mastigado pelo gordinho que comprava a EGM importada).
A sensação ao jogar os Zeldas modernos ficou diferente, agora vc fica preso num dungeon já sabendo que basta tirar o celular do bolso e ir pro gamefags que lá estará tudo resolvido, todos buracos de todos os dungeons de todos os zeldas já feitos na história mundo (não que a gente faça isso, mas só o fato de existir essa possibilidade faz a emoção se perder no campo psicológico, inclusive, no próprio Skyward Sword tem um totem com o walkthrough do jogo todinho).
Agora a gente acha um baú que não alcança e vamos embora, já sabendo que, mais tarde (com certeza) vai ter um objeto que nos fará alcançar o maldito (seja um chicote, tchaco, gancho ou um cipó da puta que pariu). Acabou aquilo de ficar meia hora tentando pegar um negócio, desistir, achar um item novo e voltar correndo felizão pra pegar o baú.
As coisas eram mais belas na época do Link to the Past, tinha a sexta sexy, as rodinhas de dança nas festas na casa do Totonho, a brincadeira do copo na casa do Afrânio, a sessão secreta com o VHS pirata do Faces da Morte, o betis no meio da rua, os covers de celtic frost (e demais black metals pagãos) na garagem da casa do plague (regado a fanta laranja e biscoito de polvilho) e etc.
Tsk. Isso não existe mais.
Agora nossas festas são mais ou menos assim:
Saiu um vídeo de um garotinho assistindo pela primeira vez o twist do Star Wars, veeeeja:
www.youtube.com/watch?v=ZbV5hn_ET0U
A fase adulta destrói essa coisa bela da descoberta, com os Zeldas modernos é a mesma coisa, algo se perdeu, mas não foi com o jogo, foi com a gente.
Bom post.
Bom post.
olha só....Quase Nada
olha só....Quase Nada nostálgico e poético. quem diria.