Meu filho, você não merece nada!
Muito bacana este texto, uma síntese da origem de vários problemas da sociedade atual.
E quem não conhece pais ( e filhos ) assim?
[quote=Eliane Brum]
Meu filho, você não merece nada!
A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada.
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?[/quote]
Não deixem de ler o restante neste link ( indicado pelo Agraciotti no Twitter ).
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Muito bom o texto. É um
Muito bom o texto. É um assunto constante nas minhas conversas com meus amigos: a falta de nocao da nova geracao do que é o mundo adulto.
Eles querem que o trabalho seja divertido, que a empresa os motive para trabalhar... como se eles estivessem no jardim da infancia! O mundo adulto nao funciona assim. O trabalho nao é divertido, pelo menos nao sempre. Eu mesmo amo o que faco, mas tenho sempre que fazer algumas tarefas que nao gosto, mas que sao parte da minha funcao. E que motivacao maior deve se esperar do empregador, se ele te paga para vc executar uma tarefa, e com esse dinheiro vc pode tocar a sua vida?
Achei o texto um pouco
Achei o texto um pouco revanchista e clichê. Desde os primórdios existem bons pais e bons filhos e também o oposto. Formação moral exige trabalho dos pais e boa vontade dos filhos e nem sempre a fórmula funciona.
Agora cair nesse clichê de que "os pais esqueceram como se educa" ou "temos uma geração de crianças mimadas" é ridículo.
Como sempre não cito nomes, mas tive o prazer de ser chefe do sobrinho do vice-presidente de uma das maiores empresas do Brasil. Por ser "sobrinho do homem", ele acabava sendo jogado de time pra time sendo usado como força política em projetos sem que ninguém se desse ao trabalho de saber seu caráter ou potencial.
Numa dessas brincadeiras da vida, ele foi parar na minha equipe. Em minutos eu esqueci quem ele era, fiz uma reunião com o time apresentando o novo integrante e pedi para todos definirem suas ambições profissionais, pois eu iria direcionar as atividades baseado no perfil deles. O "sobrinho" me confidenciou que na faculdade ele se interessava em gestão de projetos, e que era o único da família que optou por uma consultoria ao invés de trabalhar na empresa do tio, pois não queria favores e queria vencer por conta própria. (Incrível como NINGUÉM tinha perguntado isso pra ele).
Para resumir, em pouco tempo ele virou "team leader" de nossa equipe, demonstrando ser alguém com uma competência ímpar e uma inteligência emocional fora do comum e quando pedi demissão da empresa ele assumiu meu lugar como gerente de projetos. De acordo com escritores como o acima, ele é um filhinho de papai que teve tudo fácil e não está preparado para enfrentar a realidade. Onde os outros viram isso, eu vi alguém com potencial e que em pouco tempo virou meu parceiro de confiança no time. Vocês não imaginam a quantidade de broncas que ele tomou, pois eu cobrava dele perfeição até ao redigir um e-mail para clientes. Ele não queria ser gerente? Então! Pois ele nunca contestou nada e mostrou que a ambição estava a altura do potencial.
Cuidado com esses "críticos educadores" que adoram dizer que a nova geração é uma geração perdida. Ouvimos isso desde muito antes da era hippie e até hoje temos uma sociedade que mescla gênios, cretinos e pessoas de melhor ou pior caráter.
Longe de mim dizer que todos os pais fazem o certo, pois não fazem. Mas como pai, é um saco ouvir a toda hora que estamos criando frouxos, que não estamos deixando filhos melhores para nosso mundo e por aí vai.
Saudações
Ray Jackson
Li ese texto ontem e gostei
Li ese texto ontem e gostei tb. E concordo com tudo.
Ray, claro q exceções sempre há, mas se for pra ter uma impressão geral, acho assustador o despreparo dos pais de hoje. E dos filhos em enfrentar a fase adulta. Tem mais questões envolvidas, claro, mas pelo menos numa parte do motivo acho q ela foi certeira ali.
Claro que a sociedade é muito
Claro que a sociedade é muito mais complicada do que os clichês e generalizacoes usados no texto. Mas somos seres limitados, e a análise é o recurso que nos resta para estudar esses temas complexos. E clichês e generalizacoes foram as ferramentas usadas nessa análise, que mesmo imperfeitos, sao o que temos à disposicao.
Isso leva ao que o agraciotti falou: toda regra tem excecao. Mas nem por isso deixa de ser regra.
Quando eu falo sobre a sociedade, eu falo principalmente sobre as pessoas que eu conheco. E eu tive muito menos sorte do que o Ray J. A maioria dos jovens com os quais eu tenho contato sao sim alienados e despreparados. Com algumas boas excecoes, claro, mas isso só confirma a regra.
Eu conheco pais brilhantes, que estao realmente empenhados em fazer o melhor para os filhos: amá-los incondicionalmente, e prepará-los para a vida. E a vida é dura, entao faz parte do aprendizado mostrar isso. Mas os pais brilhantes sao minoria perto dos idiotas, que colocam os filhos numa redoma. Porque proteger os filhos do mundo é exatamente o contrário de prepará-los pro mundo.
Concordo, Highlander. É que
Concordo, Highlander. É que esse discurso de que "O mundo está perdido" já deu. Meu irmão é professor e coordenador de ensino e me fala barbaridades de alguns alunos. Perfeitos candidatos a idiotas com disfunção de caráter. Mas ele também conta de alunos que tem uma puta berço, com pais que souberam fazer a parte deles e que hoje se tornaram bons médicos, advogados ou o que o valha. Até uma reporter esportiva famosa foi aluna dele.
Não dá pra dizer que nossa geração é ruim e despreparada. Todas as outras também foram, e é graças ao toque de genialidade de alguns pais e filhos que o mundo sobreviveu.
Ou você acha mesmo que os pais da era medieval preparavam melhor seus filhos?
Saudações
Ray Jackson
Ray J wrote: Ou você acha
[quote=Ray J]
Ou você acha mesmo que os pais da era medieval preparavam melhor seus filhos?
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Né?
Ray J wrote: Concordo,
[quote=Ray J]
Concordo, Highlander. É que esse discurso de que "O mundo está perdido" já deu. Meu irmão é professor e coordenador de ensino e me fala barbaridades de alguns alunos. Perfeitos candidatos a idiotas com disfunção de caráter. Mas ele também conta de alunos que tem uma puta berço, com pais que souberam fazer a parte deles e que hoje se tornaram bons médicos, advogados ou o que o valha. Até uma reporter esportiva famosa foi aluna dele.
Não dá pra dizer que nossa geração é ruim e despreparada. Todas as outras também foram, e é graças ao toque de genialidade de alguns pais e filhos que o mundo sobreviveu.
Ou você acha mesmo que os pais da era medieval preparavam melhor seus filhos?
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Pô, assim vcs me quebram. Eu nao estava comparando a educacao hoje com a educacao na europa feudal... Eu estava comparando a nova geracao, entre 15 e 25 anos, com a minha geracao, de 25 a 35, e com a dos meus pais, por volta de 55 anos.
Uma pequena digressao. Eu sou um grande adepto da teoria dos 5%. Em toda sala de aula, tem 5% dos alunos que sao simplesmente bons, e vao aprender muito com um professor bom, mas também vao aprender bastante com um professor medíocre. Os outros 95% vao aprender bastante com um professor bom, e nao vao aprender nada com um professor ruim. E da mesma forma numa empresa, com um chefe bom e com um chefe ruim.
Voltando. Eu acredito que em todo lugar vao existir pessoas muito boas e competentes. O que me preocupa é a média, é se a quantidade de idiotas está crescendo, ou se foi sempre assim e eu nao tinha percebido. Comparando a minha geracao com a do meus pais, eu acredito que eram equivalentes. Mas a nova geracao está na minha percepcao bem pior. Eu tenho alguns amigos que sao ou foram professores, e eles também percebem uma piora sistemática no nível médio dos alunos, tanto do nível intelectual quanto cultural.
Se vc tiver a oportunidade de conversar com o seu irmao sobre esse assunto, pergunte pra ele o que ele acha. Eu me interessaria em saber. :)
Highlander, meu irmão é
Highlander, meu irmão é incomodado com a nova geração sim. E eu não discordo disso. Apenas acho que todo mundo exagera, e o texto acima é um amontoado de clichês. Foi escrito pelo tipo de pessoa que culparia os games por alguém entrar num shopping atirando. Só isso.
Sociedades sofrem mudanças sempre e muitas vezes as mudanças vem de fatos históricos. Pode ser o término de uma ditadura, como no Brasil, ou períodos de repressão cultural no início da era hippie americana. As gerações seguintes sempre cometem novos erros tentando evitar os da geração anterior. Mas isso sempre foi assim, e se as escalas mudam, na minha visão, elas mantem um padrão.
Tenho filha pequena em escola e ela já sofreu violência de amiguinhos com 3 anos de idade. Ao investigar o histórico desses alunos, vemos casos onde pai e mãe precisam trabalhar muitas horas por dia, inclusive aos finais de semana, deixando a criação da criança nas mãos de avós, babás e da escola. Não são pais cruéis, relaxados ou errados. Mas a atual economia obriga muitas famílias a terem pai e mãe trabalhando fora, muitas vezes em empregos com horários desumanos. E quem paga o pato é a criança: Ou morre de fome e tem uma edução exemplar, ou tem conforto e uma edução "terceirizada".
São raros os casos onde eu vi crianças tiranas por culpa dos pais. Só em casos onde os pais estão em crise ou em processo de divórcio. Na maior parte, a culpa se dá pela ausência mesmo. O mundo perfeito teria um conjuge com emprego estável e outro como profissional liberal, com horário flexível, para acompanhar o crescimento do filho e usando a escola como apoio para isso, e não como hotel de crianças.
Aqui em casa minha esposa abriu mão temporariamente da profissão para ajudar a cuidar de nossa filha. A escola é apenas um complemento disso, mas a mãe está sempre presente. Acho que em um ou dois anos minha esposa poderá voltar a trabalhar pois minha filha já está começando a ter noção das coisas. O alicerce foi dado. Claro que isso exigiu sacrifícios financeiros e em muitas situações tive que pegar projetos fora do trabalho para complementar o orçamento. Mas valeu a pena.
E sabe o que aconteceria se minha esposa tivesse continuado seu trabalho? Ela trabalha com artes, e as galerias sempre abrem de final de semana. As folgas dela eram SEMPRE de segunda. Imagine uma filha que praticamente nunca curtiria a mãe aos finais de semana. Sem condições. Fizemos o melhor pra ela, mesmo perdendo noites de sono com nossa conta bancária. Mas só fizemos isso pois meu salário é razoável.
É sério, gente. Vamos parar com esse discurso de geração perdida. Mediocridade sempre existiu. Tenho quase 40 anos e lembro bem dos genios e dos idiotas que estudaram comigo quando tinha 7. E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%. Estamos falando de 30 anos atrás, final de ditadura, com juramento a bandeira e hino nacional antes de entrar na sala de aula.
Saudações
Ray Jackson
Ray J wrote: E se tivesse que
[quote=Ray J]
E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%.
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E aí vc entrou no ponto crucial da discussão. O que é "vencer" na vida?
Isso sempre existiu.. na
Isso sempre existiu.. na minha geração tinha mimados aos montes. Todo choque de gerações tem isso. O mundo progride, a tecnologia se desenvolve e traz mais facilidade aos mais novos. Minha vó reclamava que minha mãe tinha uma vida facil demais só porque na epoca ela tinha maquina de lavar, ferro de passar e aspirador de pó. O "fazer menos esforço" é sempre interpretado com um certo ranço pelos mais velhos.
Em muitos pontos a nova geração está melhor que a minha. É muito menos preconceituosa por exemplo e produz muito mais (claro que com o auxilio da tecnologia). É uma geração mais consciente de seu papel no mundo. O raciocinio tambem esta mais agil.
Sobre a percepção de que os idiotas aumentaram, isso é devido a Internet que hoje dá voz a todos eles. Há 20 anos atrás não dava pra ter ideia de toda essa gente, mas eles estavam lá. Gente que só faz volume no mundo, sempre houve e sempre vai ter.
[quote=agraciotti]
[quote=Ray J]
E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%.
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E aí vc entrou no ponto crucial da discussão. O que é "vencer" na vida?
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É crucial mesmo, porque o conceito está mudando atualmente. Uma coisa que prejudicou muito minha geração foi o estilo de vida workaholic, a idolatria ao mundo corporativo. Os mais novos já não ligam para isso, eles ja buscam meio de vida alternativo, com menos foco no material e mais no conceitual, ideológico e espiritual.
agraciotti wrote: Ray J
[quote=agraciotti]
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E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%.
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E aí vc entrou no ponto crucial da discussão. O que é "vencer" na vida?
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É subjetivo, mas vou dar um exemplo de um que não venceu na vida. Estudava na minha classe e fumava maconha quase que diariamente (Inclusive na sala. Sério!). Uma vez, bêbado pra caralho, fez xixi na lixeira da classe. Três ou quatro anos depois morreu baleado, fugindo da polícia.
Você esperava que eu ia citar o quê? Que vencer na vida é ser presidente de empresa e andar de carro esporte? Vencer na vida, na minha opinião, é atingir o mínimo possível para viver em sociedade. E materialismo é apenas uma das variáveis, entre tantas.
Saudações
Ray Jackson
Ray J wrote: agraciotti
[quote=Ray J]
[quote=agraciotti]
[quote=Ray J]
E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%.
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E aí vc entrou no ponto crucial da discussão. O que é "vencer" na vida?
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É subjetivo, mas vou dar um exemplo de um que não venceu na vida. Estudava na minha classe e fumava maconha quase que diariamente (Inclusive na sala. Sério!). Uma vez, bêbado pra caralho, fez xixi na lixeira da classe. Três ou quatro anos depois morreu baleado, fugindo da polícia.
Você esperava que eu ia citar o quê? Que vencer na vida é ser presidente de empresa e andar de carro esporte? Vencer na vida, na minha opinião, é atingir o mínimo possível para viver em sociedade. E materialismo é apenas uma das variáveis, entre tantas.
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Sei lá, não esperava nada não. Só questionei pq é cada vez mais relativo (e por isso q acho q a mulher do texto mandou bem. Me parece q a reflexão dela nasceu disso. E não achei o discurso dela do tipo "essa geração está perdida" como vc achou). Perguntei principalmente pq conheço gente idiota q estudou comigo na faculdade, q não sabe escrever uma frase direto e está muito "melhor" na vida do q eu hoje em dia......ganhando mais, com casa, família, filhos e uma vida estável. Pra maioria, quem nos compara, certamente diria q eles "venceram na vida" e eu ainda não. A questão é: quem disse q eu quero isso pra mim tb?
E poderíamos ficar citando exemplos de regras e exceções ao infinito aqui.... Só acho mesmo q hoje em dia tudo está mais complicado pros pais e pros filhos. O abismo - de valores e de vivências de mundo - entre as gerações é muito maior do q em outras épocas e isso gera sim um distanciamento e uma certa falta de perspectiva dos mais jovens.
Ray J wrote: Highlander, meu
[quote=Ray J]
Highlander, meu irmão é incomodado com a nova geração sim. E eu não discordo disso. Apenas acho que todo mundo exagera, e o texto acima é um amontoado de clichês. Foi escrito pelo tipo de pessoa que culparia os games por alguém entrar num shopping atirando. Só isso.
...
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Bom, eu nao achei o texto ruim assim. De qualquer forma, eu nao acho que o mundo vai acabar por causa da nova geracao.
Eu observei mudancas na postura da nova geracao, que eu considero negativas para os próprios jovens e para a sociedade em geral. O texto do primeiro post expôs algumas dessas mudancas, o que nao quer dizer que o texto é excelente, nem que eu concordo com tudo.
Como eu já falei, eu falo principalmente sobre os exemplos com os quais eu tenho contato, e pelo jeito eu tive azar e o Ray J teve sorte. Por exemplo, eu conheco muitos jovens adultos, de 20 - 30 anos, que ainda sao extremamente emocionalmente dependentes dos pais. Na minha geracao isso era muito menos comum, eu só conheco um exemplo. E essa dependência eu considero negativa para o jovem, que está postergando seu inevitável amadurecimento, e pra sociedade, que tem que lidar com jovens no auge da sua capacidade produtiva mas que se comportam como criancas.
E eu nao estou interessado em descobrir um culpado. Mas como eu sou um pesquisador, nao posso deixar de procurar as raízes de um problema quando me deparo com um. Sao os ossos do ofício. Foi mal se pisei no calo de alguém. Eu pessoalmente nao acho que é um caso só de ausencia dos pais. Claro que os pais, e a mae em particular, tem uma influência decisiva no desenvolvimento das criancas. Mas como contra-exemplo eu conheco familias em que o casal trabalha fora, mas que conseguiram chegar num equilíbrio saudável em que os pais e as criancas avancam super bem. E também conheco familias em que mae estava full time com as criancas, e a familia é totalmente desestruturada.
Eu acredito que muito mais uma questao da postura dos pais com os filhos do que efetivamente da quantidade de tempo. Mas eu posso estar errado...
[quote=Ray J]
É sério, gente. Vamos parar com esse discurso de geração perdida. Mediocridade sempre existiu. Tenho quase 40 anos e lembro bem dos genios e dos idiotas que estudaram comigo quando tinha 7. E se tivesse que chutar quem dali venceu na vida, acertaria uns 80%. Estamos falando de 30 anos atrás, final de ditadura, com juramento a bandeira e hino nacional antes de entrar na sala de aula.
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Eu nao acho que a nova geracao vai virar uma geracao de mendigos. Ele tem todas as ferramentas para vencer na vida, no sentido de conseguir um emprego, ganhar dinheiro e formar uma familia, como disse o agraciotti. E vao provavelmente ganhar mais dinheiro do que eu, que fico perdendo tempo filosofando sobre o futuro da sociedade, e desejando que os jovens adultos de hoje fossem mais adultos, no sentido de terem maior competência emocional.
Higlander, não vou citar uma
Higlander, não vou citar uma parte em especial em sua mensagem, pois ela foi de uma grande coerência como um todo. E não pisou em calo algum, não. É que eu tenho uma visão que pode ser apenas minha, onde os males e sucessos da sociedade tem origem em problemas mais individuais do que problemas genéricos da sociedade. Tive amigo que morou em favela e hoje vive bem, e nunca precisou fazer algo contra a lei e nem mendingar, por exemplo. Ele me conta que buscava apoio social na igreja e teve um médico que o ajudou a comprar o primeiro computador. Por isso que não podemos simplesmente dizer que a violência nas classes mais pobres é apenas culpa da sociedade, que é formadora de bandidos, por exemplo. Meu amigo tem uma mãe séria, daquelas onde a dignidade está acima de tudo, e com isso conseguiram ser um diamante que nasceu no meio da adversidade. A mãe, e apenas a mãe, teve um papel fundamental nos primeiros anos de vida dele.
Agora só porque ele nasceu em favela e se deu bem, o cara é vencedor. Já o que nasce em favela, nas mesmas condições e vira bandido, acaba vítima da "sociedade", essa coisa que não tem forma nem cor. Eu acho sim que os lares são os maiores formadores de caráter e com raras excessões, os filhos acabam dando continuidade no trabalho dos pais, para o melhor ou para o pior.
Agora temos sim uma variável nova no presente: A informação fácil e barata. Hoje temos Internet nas comunidades mais pobres, até mendigo tem perfil no facebook e por aí vai. O que essa geração vai fazer com toda essa informação é impossível saber. Estamos falando de um fenômeno recente. Mas com certeza isso mudará radicalmente o modo que as pessoas interagem e como elas verão o mundo.
Mas de novo repito: A base familiar continuiará sendo o fio condutor dessa preparação. Com você sabiamente disse, existem excessões, mas bons filhos adoram ter o hábito de vir de bons pais. E bons pais não são aqueles sorridentes em festinha de criança, vivendo de aparência. Falo de pais de verdade, que discutem o futuro dos filhos diariamente, que medem cada passo, que são rígidos quando necessário e "moles" quando conveniente.
Como pai, eu acordo e durmo pensando no melhor para a minha filha. Posso fracassar monumentalmente e entrar nessas estatísicas onde a culpa é da sociedade, mas você pode ter certeza que estou dando as ferramentas certas para minha filha. E me divirto quando estou em locais públicos e dou uma bronca mais dura nela e vejo os outros me olhando com olhar de censura. Pois vocês podem ter certeza que eu não vou deixar de educar por me sentir constrangido ou por ter uma câmera me filmando. E não sei se você é pai, mas TODO O DIA que tive que ser duro com minha filha, alguém estava olhando feio pra mim. Cheguei a ouvir piadinhas em fila de supermercado do tipo "Que pai chato". E cara, estou longe de ser ditador. Sou do tipo babão e carinhoso. Mas minha filha hoje já tem noção do que significa as palavras "respeito" e "educação". Provavelmente esses que me chamam de pai chato devem ser aqueles que ficam implorando pra criança parar quando ela se joga no chão porque foi contrariada.
Reparou como as coisas funcionam? Vou resumir com uma frase velha de doer: De pequeno que se torce o pepino.
Saudações
Ray Jackson
Em tempo: Desculpe a mensagem
Em tempo: Desculpe a mensagem "plague rages size". Mas estou gostando mesmo do assunto.
Saudações
Ray Jackson
Concordo com tudo o que vc
Concordo com tudo o que vc disse no último post, Ray J.
Esse tipo de discussao é complicada principalmente quando falamos da sociedade como uma entidade. Isso é só uma meia verdade. Eu acredito que existe sim um Zeitgeist, um espírito do tempo, uma "média" do pensamento das pessoas, que é o que eu acabo chamando de sociedade. Mas claro que a "sociedade" nao faz nada, por ser abstrata. Quem pode fazer alguma coisa, e faz efetivamente, sao as pessoas que estao ao nosso redor. E em primeiro lugar a família, que sao as pessoas mais próximas de nós (ou que deveriam ser, pelo menos). Por isso é total nonsense culpar a sociedade pelos males do mundo, assim como colocar nela os louvores de tudo de bom que acontece. A culpa e os louvores sao das pessoas, que fazem parte dessa sociedade.
Tenho um bom exemplo de como o papel da sociedade, e até mesmo da família, é limitado na forma como as pessoas decidem viver a vida delas. A alguns anos atrás minha mae fraturou o joelho, e contratamos uma empregada doméstica para cuidar da casa nos meses em que ela se recuperava. Ela era uma boa pessoa, e acabou ficando amiga da minha mae mesmo depois do período que trabalhou em casa. Ela tem três filhos, o mais velho com uns 23-24 anos e duas filhas um pouco mais novas, ena época moravam numa favela em Diadema. O filho mais velho, ouvindo os conselhos de outros garotos mais velhos um pouco que ele, sempre foi atrás dos cursos gratuitos que a prefeitura oferecia: informática, marcenaria e etc. E ele, mesmo vindo dessa realidade tao pobre, conseguiu um emprego como office-boy, e depois como operador de máquina numa pequena metalúrgica. Nao tem uma vida de rei, mas ganha o suficiente pra alugar um apto e comprar um carro usado, uma vida descente.
Mas e as irmas dele, vc pode se perguntar? Também foram pra frente? Nao, infelizmente. Nunca se interessaram pelos cursos da prefeitura, porque eram longe, porque eram chatos, porque nao serviam pra nada, ou qualquer outra desculpa. Acabaram o colegial, sem nenhuma experiencia nem curso extra. Até que pra uma delas ofereceram um emprego num McDonalds que ia abrir num shopping perto de onde ela mora. E ela recusou, porque ia ter que trabalhar na cozinha e limpar o chao, e isso ele nao queria fazer, e isso por influencia dos amigos, que viam isso como um rebaixamento. A mae ficou muito decepcionada, com razao. Foi uma imensa besteira, porque no McDonalds ela poderia aprender a trabalhar, assistir uns cursos, quem sabe até virar gerente de loja. E fazer a vida dela. Mas ela nao quis, e agora só conseguiu emprego numa empresa terceirizada de limpeza, no mesmo shopping. Está ferrada. E a irma mais nova, ao invés de fazer cursos ou arrumar trabalho, arrumou é um filho, que o pai renega. Está ferrada e meia.
E trabalhar no McDonalds é se rebaixar? Claro que nao. Eu acho um trabalho digno como tantos outros. Meu primo de segundo grau, que está estudando no colegial e quer tirar uma grana, está trabalhando exatamente no McDonalds. E isso por influencia dos amigos e dos pais dele. O chefe dele o adora, e ele está evoluindo como pessoa a passos largos.
Retomando: por isso é complicado falar sobre sociedade. A sociedade que nos influencia sao na verdade as pessoas que estao perto da gente. E por isso o papel da família é fundamental. E fico triste de ver como muitos pais estao deixando de preparar os seus filhos para a vida. Sao provavelmente os mesmo que olham torto pra vc, Ray, quando vc é enérgico com a sua filha. Porque educar é também impor limites, o que muitos parecem ter se esquecido.
Hehehe... agora que vi que a
Hehehe... agora que vi que a minha mensagem também ficou enorme. Me empolguei :)
Pq a Europa é a Europa e a
Pq a Europa é a Europa e a África é uma merda?
Resposta:
Quando as tribos e demais uga-uga vão pro mato, eles nunca morrem de fome, pois não precisam desenvolver a agricultura, pecuária nem nada, basta cavar um buraco que se acha uma mandioca.
Já na Europa, com a cultura do "winter is coming", aprende-se a economizar. Eles não vivem "da mão pra boca".
A África, America Latrina e demais culturas subdesenvolvidas são, paradoxalmente, ricas em recursos naturais, índio não morre de fome, por isso são subdesenvolvidos.
Na maioria das vezes uma nação se torna poderosa quando passa por guerras obliteradoras, falta de alimento, pragas e demais privações.
Tudo isso faz parte da minha teoria PRÓ bullying. É meio difícil entrar na cabeça de vcs que muitas vezes minha verdade é incontestável. A criança tem que sofrer, aprender a andar de ônibus e apanhar na escola.
Tem um pouco disso no livro Pai Pobre Filho Rico. Mimar uma criança de classe-média (seja afetivamente ou financeiramente) é o início da sua destruição financeira e intelectual (culminando na sexual).
Por isso o Brasil está acabando, estamos dando bolsa esmola para vagabundos que deveriam estar mortos. Estamos influenciando negativamente na evolução da raça humana.
Reparou que se olharmos as
Reparou que se olharmos as histórias a fundo, a "sociedade" meio que evapora? O futuro é sempre ditado por pais, tios, amigos, pessoas próximas. O padrão, ou "Zeitgeist", existe, tanto que tivemos um fortíssimo movimento hippie na década de 70 e outros casos que eu citei acima. Neles houve um efeito manada causado por fatos históricos, como repressão e reflexos pós ditadura. Mas foram ondas que passaram e pode reparar que em grande parte dos casos, o futuro do indivíduo sempre vem de fatos marcantes em sua vida, e não de uma tendência mundial.
Eu sou daqueles que acha que uma pessoa pode se tornar bandida para sustentar o vício ou porque sofreu uma violência muito grande na vida, como um estupro ou a perda precoce da família, e podem se tornar bandidas por malandragem, por querer o fácil, mas não consigo acreditar que a "sociedade" as moldou assim. Foi a falta de base e fatos isolados que levaram a isso. Pegue 10 pessoas de forma aleatória e pergunte as 10 para citarem fatos marcantes em sua vida, bons e ruins. Em pouco tempo você verá que a vida dela foi escrita por esses fatos, junto com uma dose de boa ou má vontade.
Porra, nível tá bom, hein? Você estuda filosofia, história ou algo assim?
Saudações
Ray Jackson
quase nada wrote: Pq a Europa
[quote=quase nada]
Pq a Europa é a Europa e a África é uma merda?
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A África é, até hoje, vítima de exploração, oficial e velada, de países ricos. Olhe a grana que a Inglaterra deu para um genocida como o Idi Amin, ou os anos de colonização britânica na Africa do Sul. Não adianta dizer que o "meio" fez o "indivíduo". O buraco é mais embaixo, QN.
E a Europa é apenas o berço da civilização. Enquanto a Africa era um amontoado de tribos, a Europa tinha Roma e Grécia, por exemplo. Por isso eles são dominantes, e não pela falta de recursos, que os obrigou a serem mais espertos. Eles são mais espertos pois chegaram primeiro.
Saudações
Ray Jackson
Tirano a dose de exagero e
Tirano a dose de exagero e sarcasmo típicos, acho q - to pasmo também - faz muito sentido o q o Quase Nada disse.
Ray J wrote: quase nada
[quote=Ray J]
[quote=quase nada]
Pq a Europa é a Europa e a África é uma merda?
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Eles são mais espertos pois chegaram primeiro.
[/quote]
Chegaram primeiro onde??
O primeiro homo sapiens surgiu na África, mas a agricultura se desenvolveu muito mais em outros lugares. Não é coincidência, existe sim relação entre escassez e desenvolvimento (claro que não é uma regra rígida, mas existe).
Sobre a África do Sul, mesmo com essa "exploração", se não fossem os ingleses até hj eles tavam caçando dinossauro.
A Europa chegou a civilização
A Europa chegou a civilização primeiro. Se existem cidades e estradas na Africa é graças aos europeus. Se nós estamos aqui com cidades e estradas é graças ao europeus que sairam lá do outro lado de navio e aqui chegaram e trouxeram sua civilização, seus costumes. Se não fossem os europeus isso aqui seria tudo mato ainda com indios enterrando crianças vivas e comendo urucum.
Ray J wrote: Reparou que se
[quote=Ray J]
Reparou que se olharmos as histórias a fundo, a "sociedade" meio que evapora? O futuro é sempre ditado por pais, tios, amigos, pessoas próximas. O padrão, ou "Zeitgeist", existe, tanto que tivemos um fortíssimo movimento hippie na década de 70 e outros casos que eu citei acima. Neles houve um efeito manada causado por fatos históricos, como repressão e reflexos pós ditadura. Mas foram ondas que passaram e pode reparar que em grande parte dos casos, o futuro do indivíduo sempre vem de fatos marcantes em sua vida, e não de uma tendência mundial.
Eu sou daqueles que acha que uma pessoa pode se tornar bandida para sustentar o vício ou porque sofreu uma violência muito grande na vida, como um estupro ou a perda precoce da família, e podem se tornar bandidas por malandragem, por querer o fácil, mas não consigo acreditar que a "sociedade" as moldou assim. Foi a falta de base e fatos isolados que levaram a isso. Pegue 10 pessoas de forma aleatória e pergunte as 10 para citarem fatos marcantes em sua vida, bons e ruins. Em pouco tempo você verá que a vida dela foi escrita por esses fatos, junto com uma dose de boa ou má vontade.
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É bem por aí mesmo. Assumir a responsabilidade sobre a própria vida é um dos passos fundamentais para se tornar uma pessoa plena. Mas a maioria nao se importa mais com isso, é muito mais comodo se apoiar emocionalmente e/ou financeiramente na família mesmo sendo adulto e fugir da responsabilidade. E mais comodo ainda é culpar a "sociedade" pelo que der de errado na vida.
[quote=Ray J]
Porra, nível tá bom, hein? Você estuda filosofia, história ou algo assim?
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Acho que a pergunta foi pra mim, entao vou responder. Eu sou engenheiro. Filosofia, psicologia, economia e política sao meu hobby :)
E eu também estou adorando o nível da discussao. É dificil encontrar quem queira discutir assuntos "sérios" sem levar pra ideologia pura.
Ray J wrote: quase nada
[quote=Ray J]
[quote=quase nada]
Pq a Europa é a Europa e a África é uma merda?
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A África é, até hoje, vítima de exploração, oficial e velada, de países ricos. Olhe a grana que a Inglaterra deu para um genocida como o Idi Amin, ou os anos de colonização britânica na Africa do Sul. Não adianta dizer que o "meio" fez o "indivíduo". O buraco é mais embaixo, QN.
E a Europa é apenas o berço da civilização. Enquanto a Africa era um amontoado de tribos, a Europa tinha Roma e Grécia, por exemplo. Por isso eles são dominantes, e não pela falta de recursos, que os obrigou a serem mais espertos. Eles são mais espertos pois chegaram primeiro.
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Claro que simplificar um problema desses é sempre complicado, mas eu tendo a discordar do Ray e concordar com o Quase Nada. A colonizacao tem efeitos muito ruins, claro, mas algumas contribuicoes sao positivas.
Eu nao compro a ideia de que a Africa é pobre porque os europeus / americanos / etc sao uns FDP. A Africa é pobre porque sempre foi pobre, e nao evolui na mesma velocidade do resto do mundo. Ficou pra trás. Olhem só esse video de um pesquisador britânico. Há duzentos anos atrás estava todo mundo ferrado. Alguns evoluiram, outros ficaram pra trás.
www.youtube.com/watch?v=jbkSRLYSojo
highlander wrote: Claro que
[quote=highlander]
Claro que simplificar um problema desses é sempre complicado, mas eu tendo a discordar do Ray e concordar com o Quase Nada. A colonizacao tem efeitos muito ruins, claro, mas algumas contribuicoes sao positivas.
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Eu não culpei a colonização. Apenas disse que a Europa, historicamente, está anos luz a frente do resto do mundo. É o berço da civilização. Chegaram antes, só isso.
Saudações
Ray Jackson
Pringles wrote: A Europa
[quote=Pringles]
A Europa chegou a civilização primeiro. Se existem cidades e estradas na Africa é graças aos europeus. Se nós estamos aqui com cidades e estradas é graças ao europeus que sairam lá do outro lado de navio e aqui chegaram e trouxeram sua civilização, seus costumes. Se não fossem os europeus isso aqui seria tudo mato ainda com indios enterrando crianças vivas e comendo urucum.
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Ainda tem muito indianista e tribalista que defende a "cultura do uga-uga", ser índio no Brasil deve ser maravilhoso, é melhor que ser diplomata estrangeiro, deveriam até fazer uma placa só pra carro de índio, carro "placa verde". O cara pode andar com um penacho socado no CU, tem um bilhão de hectares pra não fazer PORRA nenhuma, não pagam imposto e são intocáveis pela lei.
O índio no Brasil é inimputável, isso sim que me deixa muito putável. Se um índio da tribo dos Cocoricó, pega um agogô e te mata, caso seja verificado que ele ainda não é "civilizado" então ta livre. Existem tribos onde o estupro e o acasalamento com menores é frequente, mas fazer o que? Bota a PM pra meter o pé na porta da oca (que nem porta deve ter)? Quebra os caras e leva pra DP? Não dá pra fazer nada, senão já aparece algum professor barbudo, maconheiro e bebedor de santo daime falando que "na cultura deles isso é normal". Normal é o caralho! Existem sim culturas mais corretas que outras, uma delas é a do colonizador europeu. Apesar do problema do apartheid, se não fossem os ingleses eu tenho certeza que a África do Sul estaria 5 vezes pior.