Peter Jackson fumou dois quilos de maryjane e fez um filme intimista e estranhamente adorável. É baseado num livro homônimo sobre uma garotinha que é estuprada na bunda e vira uma fantasma detetive. A fotografia é muito bonita e os efeitos estupram fortemente os do Papapinto (que é mais ou menos do mesmo gênero: filme para nóias e zuados de todos os tipos). Quando digo que os efeitos são "fodas" entenda como artisticamente foda, pois o mundinho criado na cabeça da menina morta é muito triste e belo, por exemplo, antes de ser morta ela combina com um coleguinha de se encontrar no púlpito no shopping, ai quando ela morre a chegada dela no céu é tipo num pupitinho, eu sei, é de cortar o coração, perdeu o encontro e ainda morreu virgem (pois estupro não conta).
Nota 7,9
http://www.youtube.com/watch?v=5wL83PlsPUg
to com ele na fila pra ver ha muito tempo, so passando outros na frente por 2 motivos: 1. o tema nao animou muito (ghost com atriz mirim) 2. a duracao é excessiva (2h20min).
valeu a pena, entao? é 'di chorá'?
A primeira parte é mais triste, o livro é vendido como sendo de auto-ajuda, então algo de belo acontece... A segunda metade fica mais light. É ambicioso (não tão quanto um King Kong ou SDA) mas tem cenas belíssimas. O visual é coisa pra testar home theater. Sem falar que tbm tem um toque de filme de serial killer. Muita gente achou xarope, mas pra mim funcionou.
Putz, só fui assistir ontem. E achei bem irregular.
Não é um filme de todo ruim, já que, mesmo mostrando quem é o assassino logo no início, ele prende a atenção pra saber se o cara vai ser pego ou não ( e sério que o Stanley Tucci foi indicado ao Oscar por este papel? Ele está ridículo, quase um assassino de desenho animado ). Mas é tudo meio excessivo - cortando-se uns 30 minutos e mexendo um pouco na edição, seria um ótimo drama. No formato que foi lançado, perde-se muito espaço com a menina no além-vida, o pai brincando de detetive, a mãe entrando numa neura ( a decisão que esta aqui toma pra esquecer da tragédia da filha é de doer )... e no final, nada parece ter acontecido, os personagens voltam a um certo status-quo. Nem mesmo a morte da menina parece ter algum peso - tipo, "ah, ela morreu e ainda fizeram isso, isso e isso, mas beleza, ela tá num lugar LINDIO DE MORRÊ".
A narrativa é muito infeliz, dando espaço demais para diálogos e imagens totalmente irrelevantes. Mesmo uma suposta conexão da menina morta com as pessoas vivas fica confusa, já que o filme não define direito no que ela consegue afetar suas famílias e vice-versa.
Um puta passo para trás do Peter Jackson. Tudo bem que aquela refilmagem do King Kong também não é nenhum clássico, mas nem parece que o diretor deste filme aqui é o mesmo que comandou uma história complexa e um elenco gigante na trilogia Senhor dos Anéis.
Não tem nada de passo pra trás, foi um projeto pessoal, sem apelo popular. Quem queria mais ação ou um showdown entre a menina e o estuprador deve se conter com o Senhor dos Anéis, pois o livro não é sobre isso.
Aham, senta ali, QN. Hoje estúdios não bancam mais "projeto pessoal - se fosse algo desse naipe, seria pago do bolso do PJ, que tem cacife pra isso. Aliás, por ser obra saída de um grande estúdio, o filme poderia ser muito mais lapidado e talvez montado de forma mais rápida e eficiente. Mas parece até que o PJ entregou uma "extended-version" pro estúdio e eles lançaram sem ver, acreditando que qualquer coisa feita pelo cara dos hobbits ( e dos filmes de 3 horas ) atrairia multidões. Se deram mal.
O apelo popular foi tamanho que o filme, uma das esperanças da Dreamworks no ano passado, sumiu do box-office americano em poucas semanas. Deve ter se recuperado no mercado internacional, mas não fez bonito nas bilheterias não.