Link permanente Enviado por Odnanref em 19 Junho, 2009 - 11:34.
Eu ia abrir um tópico sobre isso ontem, mas seria muito revoltado pela recente palhaçada.
Acredito no seguinte: toda profissão deve manter o fiel da balança equilibrado entre formação (diploma) e experiência.
Não sei se há algum médico aqui na praça, mas como já pensei (e voltei a pensar ) em fazer medicina, procurei saber a grade curricular. A base são seis anos, quatro dos quais (mais) na teoria e dois de prática (plantão, atendimentos, etc.). E isso, obviamente, acontece em todos os cursos (de formas diferenciados, mas acontece).
Eu me formei na UFES. Mesmo com a falta de investimentos (corretos) do governo federal à época, dava de 10 a 0 em qualquer faculdade particular do entorno. A grande ressalva que faço é quanto à prática.
Praticamente metade da grade envolvia aulas práticas ... AULAS PRÁTICAS e não a prática em si, dentro de redações, assessorias e demais áreas de atuação do jornalista. Um dos motivos era a 'proibição' do estágio. Oficialmente, não era possível fazer estágio e quando se conseguia algo, era extra-oficial (fui registrado como auxiliar-administrativo) e sem qualquer acompanhamento de professores-orientadores. Na verdade, as empresas contratavam 'estagiários' para fazer o serviço de profissional, o que acaba se tornando uma experiência com cabresto, burra, sem ninguém pra dizer se aquele caminho era o certo, era o ideal, etc.
Então, acredito que a grande deficiência do jornalista com canudo é a vivência da prática real. Não adianta só ficar vendo tudo bonitinho na teoria, nem só montar jornalzinho de curso, rádio-poste, e afins.
Claro que há exceções. Jornais (empresas de jornalismo) com mais condições sempre oferência o curso de residência com a vivência em todas as áreas e em todas as editorias possíveis. Mas, assim como no vestibular, a porta se fecha para a maioria.
E, sobre o jornalista prático, eu costumo classificá-lo como uma espécie de tenista. Ele pode se dar bem, ter sucesso e ser reconhecido, fazer um bom trabalho, mas só sabe usar o braço direito. Quando surge a necessidade de dar uma raquetada com o braço esquerdo ele perde, faz merda.
Há muita coisa que não se aprende nas redações e que só na faculdade pode ensinar, ou melhor, capacitar o profissional.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Link permanente Enviado por Marcus em 19 Junho, 2009 - 13:28.
Fiz vários semestres de jornalismo. Não cheguei a terminar o curso.
Uma pessoa com uma boa bagagem cultural, bom texto e conhecimento dos procedimentos técnicos da profissão (que não são nada do outro mundo) pode se tornar um bom jornalista.
Sempre fui contra a obrigatoriedade do diploma. Nenhum dos países que têm jornais influentes e de qualidade têm essa obrigatoriedade.
Link permanente Enviado por Odnanref em 19 Junho, 2009 - 14:19.
Porém, eu acredito que empresas sérias vão seguir a mesma linha do que já acontece em outras áreas da comunicação, como a Publicidade, que não exige o diploma. Mesmo assim, aquele profissional que tem (também) o canudo leva vantagem na hora de disputar uma vaga.
A única vantagem que eu enxergo nessa queda na obrigatoriedade do diploma para o Jornalismo é a redução na procura por faculdades da área, fazendo despencar sensilvelmente essa exército de reserva que todo ano se forma e dificulta ainda mais a luta por condições justas de trabalho.
Pra ficar mais claro: o piso de Assessor de Imprensa em São Paulo é de R$ 2 mil pra 5h (passa de R$ 3 mil com 2h extras). Mesmo formados (e lembrando que a legislação proíbe o jornalista aceitar salário inferior ao piso), muitos jornalistas aceitam salários inferiores ao piso, prejudicando toda a categoria.
Por exemplo: chego numa empresa depois de receber uma proposta de trabalho e, para fechar, peço o piso. Aí, vem outro candidato e aceita o serviço por um valor inferior ao piso e acaba ficando com a vaga. Multiplique isso centenas de vezes e você enxerga o quadro geral da profissão. Com a redução de jornalistas formados, isso se desfaz.
Porém, há o outro gume da faca. Será que as empresas vão respeitar o piso de uma profissão que não mais exige curso superior? Creio que o problema deixa de ser o excesso de profissionais e passa a ser o nível de escolaridade exigido.
Ontem mesmo ouvi de um Professor, formado em Letras, que ele aprova a queda do diploma argumentando basta escrever bem para se tornar um jornalista e que a liberdade de expressão deve ser universal. Respondi que para ele se sentir livre e gozando de tais direitos bastava criar um blog. Qualidades exclusivas no texto só servem para um articulista, colaborador, comentarista e afins.
Não discordo totalmente do Marcus quando ele fala que não são de outro mundo os conhecimentos técnicos da profissão. Mas não é só isso que a faculdade te ensina. Não existe liberdade de expressão universal e ela não pode servir de argumento para destruir quatro anos de formação.
Há que se ter responsabilidade com o que se informa. Um erro médico pode matar uma pessoa, mas um erro de informação pode acabar a vida social de uma pessoa. Não basta apenas aprender técnicas de redação, apuração, reportagem, etc. É muito mais que isso. E eu repito o exemplo do tenista, o cara pode ficar bom, ser o melhor do mundo, mas ele não vai saber se virar se tiver que usar o outro braço.
Agora temos que aguardar o resultado real disso. Até agora é tudo especulação. Só desejo que quem for atrás dessa área, que seja por vontade real, por paixão à profissão mesmo, porque não é brincadeira.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Link permanente Enviado por Marcus em 20 Junho, 2009 - 23:28.
[quote=Odnanref]
Não discordo totalmente do Marcus quando ele fala que não são de outro mundo os conhecimentos técnicos da profissão. Mas não é só isso que a faculdade te ensina. Não existe liberdade de expressão universal e ela não pode servir de argumento para destruir quatro anos de formação.
[/quote]
Não sei como o fim da exigência do diploma "destrói" quatro anos de formação.
Link permanente Enviado por Ray J em 21 Junho, 2009 - 03:35.
Vou ter que me meter no assunto. O mundo sofre constantes mudanças e com o acesso fácil a informação, o diploma passa a ser apenas um algo mais em certas profissões.
Ainda acho que profissões que envolvem certos riscos, como medicina, não são espaços para autodidatas, mas para todas as outras isso é possível.
Já tivemos um ministro da Fazenda médico, um ministro da saúde administrador, e vários CEOS de empresas renomadas passaram longe de faculdades de administração.
Meu caso inclusive é clássico: Não concluí a faculdade de informática, mas atuo em clientes fortes, inclusive gerenciando equipes e lidando com orçamentos na casa das centenas de milhares de reais.
Não vejo como um diploma de jornalismo como algo tão obrigatório assim. Sei que no curso existem aulas de ética, redação e tudo o mais, mas impedir alguém de escrever só porque não é profissional de carreira é ridículo.
Como disse acima, excessões a médicos e certos ramos da engenharia, por exemplo. Eu ficaria muito preocupado em morar em um prédio projeto por algúem que não teve o mínimo de preparo téorico sobre engenharia, estruturas de concreto e etc.
Pras outras, vale tudo. (Até porque, se não valesse, eu estava desempregado)
Link permanente Enviado por Odnanref em 21 Junho, 2009 - 08:52.
Não duvido da capacidade dos sem formação específica (salvo exceções feitas pelo Ray), nem dos sem diploma. Além do que já falei acima, reforço a fala do benigno: quem ganha com isso são as empresas que agora tem a liberdade de contratar gente sem formação que, por tabela, tem menor poder de negociação no que tange salário.
As exceções citada pelo Ray ficam ainda menores se repararmos que acontecem comum número muito pequeno em quantidade total e quantidade dentro da empresa onde aconteceu o fenômeno.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Link permanente Enviado por quase nada em 21 Junho, 2009 - 19:56.
Se não tiver nenhum jornalista, agora tem. Considerando que não precisa mais de diploma estou me auto-proclamando jornalista de fórum, com pós-graduação em ban, convivam com isso, valeu ai.
Link permanente Enviado por Odnanref em 22 Junho, 2009 - 09:20.
[quote=quase nada]
Se não tiver nenhum jornalista, agora tem. Considerando que não precisa mais de diploma estou me auto-proclamando jornalista de fórum, com pós-graduação em ban, convivam com isso, valeu ai.
[/quote]Mesmo que consiga seu MTB, vai continuar sendo 'sujo', como são chamados os que têm o registro sem formação.
E, sobre o texto que o Marcelim postou ... bom, a técnica (a básica, pelo menos) realmente não te exige muito intelecto e pode ser aprendido sim em dois meses dentro de uma redação. Mas esse é aprendizado com cabresto porque cada veículo tem suas peculiaridades. E não falo só das diferenças de rádio para impresso, por exemplo, mas das diferenças gritantes entre as empresas. Se alguém tiver oportunidade, procure o material de capacitação re repórteres da Globo e da Record (por exemplo) e compare. E o mesmo vale para outros veículos (como as residÊncias em jornais).
Além disso, na faculdade o jornalista não aprende técnicas restritas quanto a veículos, ou quanto a editorias. O aprendizado envolve estudar e praticar tudo quanto for possível, porque há diferenças na linguagem e na postura que se toma em cada veículo.
E, claro, que a vida do jornalista é de atualização constante. Não basta fazer uma faculdade e cruzar os braços. A carga cultural conta muito, especialmente na hora da redação. Isso te dá versatilidade, argumento. Isso garante ao jornalista a vitória emq ualquer debate sobre qualquer assunto? Claro que não. Enquanto você (qualquer um) pode se aprofundar em determinado assunto, o jornalista, mesmo o especialista em determinada área, vai ter que continuar consumindo informações sobre economia, política, história, cultura, cinema, música, literatura, esporte, turismo, saúde, etc.
Jornalismo não é bicho-de-7-cabeças, mas também não é qualquer feijão-com-arroz. Tem que saber fazer um risoto, algo muito mais elaborado.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Link permanente Enviado por Odnanref em 22 Junho, 2009 - 11:22.
[quote=terenzi]
Andarilho, você deveria assistir este filme aqui acho que você ia gostar.
[/quote]Beleza, terenzi. Quando der, eu assisto.
Só que, pelo seu release, parece mais um filme sobre um jornalismo mais Romântico, com um jornalista que pode abrir mão de tudo até 'solucionar o mistério'. É bonito no filme, mas não funciona na prática (não hoje).
Na vida real, você pode até despender seu tempo e dedicação para investigar uma informação mais a fundo (e até existem os repórteres investigativos, com essa prioridade estabelecida), mas você tem que dividir essa tarefa com uma série de outras da rotina de uma redação.
Infeizmente, a notícia é encarada como produto, uma chamariz para a venda de Jornais (para dar mais audiência). Não que os veículos vivam da venda dos jornais, mas é uma estatística necessária para fechar com os anunciantes (esses sim os financiadores da comunicação).
E, duvido que algum empresário tenha, hoje, o interesse de manter um repórter que, por mais que consiga um grande furo de reportagem, demore um mês para tal. Agrega bastante valor. Mas, no todo, é economicamente mais interessante manter um repórter com uma produção constantemente evidente e, claro, interessante (mesmo que superficial).
Não é o que eu penso, nem o que eu desejo, mas o que, infelizmente, acontece.
E o filme, já está nas melhores web-locadoras?
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Link permanente Enviado por Terenzi em 22 Junho, 2009 - 11:52.
Assiste o filme. Ele trata destas questões todas que você está reclamando. De bonus tem uma cena final mostrando o jornal sendo impresso que é super bacana (apesar de uns furinhos)
Eu vi no cinema mas já deve estar disponível online sim.
Link permanente Enviado por Ray J em 22 Junho, 2009 - 12:32.
Ia falar isso. O filme, em paralelo a trama principal, mostra um jornal com problemas financeiros, o conflito de uma blogueira "muderna" versus um jornalista clássico e tudo o mais. Eu queria saber a opinião de alguém do ramo, como o Odnaref, sobre o filme.
Link permanente Enviado por Pringles em 22 Junho, 2009 - 13:36.
[quote=Odnanref]Acho melhor você deixar esses comentários sem fundamento pro tópico das artes.
[/quote]
Minha opnião lhe incomoda tanto assim?
[quote=Marcelim]
Quando um analfabeto com mentalidade adolescente como o Não-Foda do Plagues, que nunca ouviu falar de sociologia e resume tudo a superficialidades como "gramcismo" de bli-bli-bló-bló e cita a cultura greco-romana como influência do "cinema americano" consegue publicar matérias, só cabe perguntar: porquer não exigir um nível cultural mínimo em vez de diploma?
Segue ai uma matéria muito pertinente do Estadão:[/quote]
Eu morri de rir com aquela resposta. Infelizmente tem gente que ainda acha que tudo que é crítica aos EUA é esquerdismo, eles não conhecem nem o embate conservadores vs. modernistas da critica cultural americana. No mais, citaram Olavo de Carvalho que não tem diploma e é um dos melhores articulistas da atualidade.
[quote]Segundo o piloto da Stock Car e da Fórmula Superliga Antonio Pizzonia contou em sua página no Twitter, Dudu Massa, irmão de Felipe, foi o mensageiro da notícia, e recebeu uma frase no mínimo curiosa como resposta.[/quote]
[quote]Tido como um dos maiores ciclistas de todos os tempos, o norte-americano Lance Armstrong comentou no Twitter o retorno de Schumacher às pistas. "Estou excitado em ver Michael Schumacher correndo novamente. O melhor de todos os tempos!", elogiou.[/quote]
Tudo bem que facilita, barateia, agiliza ... enfim, uma série de vantagens. Porém, se isso se desenvolver, o que teremos é só mais do mesmo, um monte de veículos com informações superficiais e idênticas.
Isso sim que pode-se se chamar de objetividade no jornalismo. Adeus subjetividade.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Eu ia abrir um tópico sobre
Eu ia abrir um tópico sobre isso ontem, mas seria muito revoltado pela recente palhaçada.
Acredito no seguinte: toda profissão deve manter o fiel da balança equilibrado entre formação (diploma) e experiência.
Não sei se há algum médico aqui na praça, mas como já pensei (e voltei a pensar ) em fazer medicina, procurei saber a grade curricular. A base são seis anos, quatro dos quais (mais) na teoria e dois de prática (plantão, atendimentos, etc.). E isso, obviamente, acontece em todos os cursos (de formas diferenciados, mas acontece).
Eu me formei na UFES. Mesmo com a falta de investimentos (corretos) do governo federal à época, dava de 10 a 0 em qualquer faculdade particular do entorno. A grande ressalva que faço é quanto à prática.
Praticamente metade da grade envolvia aulas práticas ... AULAS PRÁTICAS e não a prática em si, dentro de redações, assessorias e demais áreas de atuação do jornalista. Um dos motivos era a 'proibição' do estágio. Oficialmente, não era possível fazer estágio e quando se conseguia algo, era extra-oficial (fui registrado como auxiliar-administrativo) e sem qualquer acompanhamento de professores-orientadores. Na verdade, as empresas contratavam 'estagiários' para fazer o serviço de profissional, o que acaba se tornando uma experiência com cabresto, burra, sem ninguém pra dizer se aquele caminho era o certo, era o ideal, etc.
Então, acredito que a grande deficiência do jornalista com canudo é a vivência da prática real. Não adianta só ficar vendo tudo bonitinho na teoria, nem só montar jornalzinho de curso, rádio-poste, e afins.
Claro que há exceções. Jornais (empresas de jornalismo) com mais condições sempre oferência o curso de residência com a vivência em todas as áreas e em todas as editorias possíveis. Mas, assim como no vestibular, a porta se fecha para a maioria.
E, sobre o jornalista prático, eu costumo classificá-lo como uma espécie de tenista. Ele pode se dar bem, ter sucesso e ser reconhecido, fazer um bom trabalho, mas só sabe usar o braço direito. Quando surge a necessidade de dar uma raquetada com o braço esquerdo ele perde, faz merda.
Há muita coisa que não se aprende nas redações e que só na faculdade pode ensinar, ou melhor, capacitar o profissional.
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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Fiz vários semestres de
Fiz vários semestres de jornalismo. Não cheguei a terminar o curso.
Uma pessoa com uma boa bagagem cultural, bom texto e conhecimento dos procedimentos técnicos da profissão (que não são nada do outro mundo) pode se tornar um bom jornalista.
Sempre fui contra a obrigatoriedade do diploma. Nenhum dos países que têm jornais influentes e de qualidade têm essa obrigatoriedade.
Meu blog
Porém, eu acredito que
Porém, eu acredito que empresas sérias vão seguir a mesma linha do que já acontece em outras áreas da comunicação, como a Publicidade, que não exige o diploma. Mesmo assim, aquele profissional que tem (também) o canudo leva vantagem na hora de disputar uma vaga.
A única vantagem que eu enxergo nessa queda na obrigatoriedade do diploma para o Jornalismo é a redução na procura por faculdades da área, fazendo despencar sensilvelmente essa exército de reserva que todo ano se forma e dificulta ainda mais a luta por condições justas de trabalho.
Pra ficar mais claro: o piso de Assessor de Imprensa em São Paulo é de R$ 2 mil pra 5h (passa de R$ 3 mil com 2h extras). Mesmo formados (e lembrando que a legislação proíbe o jornalista aceitar salário inferior ao piso), muitos jornalistas aceitam salários inferiores ao piso, prejudicando toda a categoria.
Por exemplo: chego numa empresa depois de receber uma proposta de trabalho e, para fechar, peço o piso. Aí, vem outro candidato e aceita o serviço por um valor inferior ao piso e acaba ficando com a vaga. Multiplique isso centenas de vezes e você enxerga o quadro geral da profissão. Com a redução de jornalistas formados, isso se desfaz.
Porém, há o outro gume da faca. Será que as empresas vão respeitar o piso de uma profissão que não mais exige curso superior? Creio que o problema deixa de ser o excesso de profissionais e passa a ser o nível de escolaridade exigido.
Ontem mesmo ouvi de um Professor, formado em Letras, que ele aprova a queda do diploma argumentando basta escrever bem para se tornar um jornalista e que a liberdade de expressão deve ser universal. Respondi que para ele se sentir livre e gozando de tais direitos bastava criar um blog. Qualidades exclusivas no texto só servem para um articulista, colaborador, comentarista e afins.
Não discordo totalmente do Marcus quando ele fala que não são de outro mundo os conhecimentos técnicos da profissão. Mas não é só isso que a faculdade te ensina. Não existe liberdade de expressão universal e ela não pode servir de argumento para destruir quatro anos de formação.
Há que se ter responsabilidade com o que se informa. Um erro médico pode matar uma pessoa, mas um erro de informação pode acabar a vida social de uma pessoa. Não basta apenas aprender técnicas de redação, apuração, reportagem, etc. É muito mais que isso. E eu repito o exemplo do tenista, o cara pode ficar bom, ser o melhor do mundo, mas ele não vai saber se virar se tiver que usar o outro braço.
Agora temos que aguardar o resultado real disso. Até agora é tudo especulação. Só desejo que quem for atrás dessa área, que seja por vontade real, por paixão à profissão mesmo, porque não é brincadeira.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Achei a decisão louvável e
Achei a decisão louvável e veio em boa hora que a imprensa brasileira passa por uma crise de credibilidade.
Pringles wrote: Achei a
[quote=Pringles]
Achei a decisão louvável e veio em boa hora que a imprensa brasileira passa por uma crise de credibilidade.
[/quote]Acho melhor você deixar esses comentários sem fundamento pro tópico das artes.
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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Um texto interessante da
Um texto interessante da professora da UFRJ, Ivana Bentes:
http://www.trezentos.blog.br/?p=1839
Odnanref wrote: Não discordo
[quote=Odnanref]
Não discordo totalmente do Marcus quando ele fala que não são de outro mundo os conhecimentos técnicos da profissão. Mas não é só isso que a faculdade te ensina. Não existe liberdade de expressão universal e ela não pode servir de argumento para destruir quatro anos de formação.
[/quote]
Não sei como o fim da exigência do diploma "destrói" quatro anos de formação.
Meu blog
Vou ter que me meter no
Vou ter que me meter no assunto. O mundo sofre constantes mudanças e com o acesso fácil a informação, o diploma passa a ser apenas um algo mais em certas profissões.
Ainda acho que profissões que envolvem certos riscos, como medicina, não são espaços para autodidatas, mas para todas as outras isso é possível.
Já tivemos um ministro da Fazenda médico, um ministro da saúde administrador, e vários CEOS de empresas renomadas passaram longe de faculdades de administração.
Meu caso inclusive é clássico: Não concluí a faculdade de informática, mas atuo em clientes fortes, inclusive gerenciando equipes e lidando com orçamentos na casa das centenas de milhares de reais.
Não vejo como um diploma de jornalismo como algo tão obrigatório assim. Sei que no curso existem aulas de ética, redação e tudo o mais, mas impedir alguém de escrever só porque não é profissional de carreira é ridículo.
Como disse acima, excessões a médicos e certos ramos da engenharia, por exemplo. Eu ficaria muito preocupado em morar em um prédio projeto por algúem que não teve o mínimo de preparo téorico sobre engenharia, estruturas de concreto e etc.
Pras outras, vale tudo. (Até porque, se não valesse, eu estava desempregado)
Saudações
Ray Jackson
Não duvido da capacidade dos
Não duvido da capacidade dos sem formação específica (salvo exceções feitas pelo Ray), nem dos sem diploma. Além do que já falei acima, reforço a fala do benigno: quem ganha com isso são as empresas que agora tem a liberdade de contratar gente sem formação que, por tabela, tem menor poder de negociação no que tange salário.
As exceções citada pelo Ray ficam ainda menores se repararmos que acontecem comum número muito pequeno em quantidade total e quantidade dentro da empresa onde aconteceu o fenômeno.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Se não tiver nenhum
Se não tiver nenhum jornalista, agora tem. Considerando que não precisa mais de diploma estou me auto-proclamando jornalista de fórum, com pós-graduação em ban, convivam com isso, valeu ai.
quase nada wrote: Se não
[quote=quase nada]
Se não tiver nenhum jornalista, agora tem. Considerando que não precisa mais de diploma estou me auto-proclamando jornalista de fórum, com pós-graduação em ban, convivam com isso, valeu ai.
[/quote]Mesmo que consiga seu MTB, vai continuar sendo 'sujo', como são chamados os que têm o registro sem formação.
E, sobre o texto que o Marcelim postou ... bom, a técnica (a básica, pelo menos) realmente não te exige muito intelecto e pode ser aprendido sim em dois meses dentro de uma redação. Mas esse é aprendizado com cabresto porque cada veículo tem suas peculiaridades. E não falo só das diferenças de rádio para impresso, por exemplo, mas das diferenças gritantes entre as empresas. Se alguém tiver oportunidade, procure o material de capacitação re repórteres da Globo e da Record (por exemplo) e compare. E o mesmo vale para outros veículos (como as residÊncias em jornais).
Além disso, na faculdade o jornalista não aprende técnicas restritas quanto a veículos, ou quanto a editorias. O aprendizado envolve estudar e praticar tudo quanto for possível, porque há diferenças na linguagem e na postura que se toma em cada veículo.
E, claro, que a vida do jornalista é de atualização constante. Não basta fazer uma faculdade e cruzar os braços. A carga cultural conta muito, especialmente na hora da redação. Isso te dá versatilidade, argumento. Isso garante ao jornalista a vitória emq ualquer debate sobre qualquer assunto? Claro que não. Enquanto você (qualquer um) pode se aprofundar em determinado assunto, o jornalista, mesmo o especialista em determinada área, vai ter que continuar consumindo informações sobre economia, política, história, cultura, cinema, música, literatura, esporte, turismo, saúde, etc.
Jornalismo não é bicho-de-7-cabeças, mas também não é qualquer feijão-com-arroz. Tem que saber fazer um risoto, algo muito mais elaborado.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Andarilho, você deveria
Andarilho, você deveria assistir este filme aqui acho que você ia gostar.
terenzi wrote: Andarilho,
[quote=terenzi]
Andarilho, você deveria assistir este filme aqui acho que você ia gostar.
[/quote]Beleza, terenzi. Quando der, eu assisto.
Só que, pelo seu release, parece mais um filme sobre um jornalismo mais Romântico, com um jornalista que pode abrir mão de tudo até 'solucionar o mistério'. É bonito no filme, mas não funciona na prática (não hoje).
Na vida real, você pode até despender seu tempo e dedicação para investigar uma informação mais a fundo (e até existem os repórteres investigativos, com essa prioridade estabelecida), mas você tem que dividir essa tarefa com uma série de outras da rotina de uma redação.
Infeizmente, a notícia é encarada como produto, uma chamariz para a venda de Jornais (para dar mais audiência). Não que os veículos vivam da venda dos jornais, mas é uma estatística necessária para fechar com os anunciantes (esses sim os financiadores da comunicação).
E, duvido que algum empresário tenha, hoje, o interesse de manter um repórter que, por mais que consiga um grande furo de reportagem, demore um mês para tal. Agrega bastante valor. Mas, no todo, é economicamente mais interessante manter um repórter com uma produção constantemente evidente e, claro, interessante (mesmo que superficial).
Não é o que eu penso, nem o que eu desejo, mas o que, infelizmente, acontece.
E o filme, já está nas melhores web-locadoras?
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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Assiste o filme. Ele trata
Assiste o filme. Ele trata destas questões todas que você está reclamando. De bonus tem uma cena final mostrando o jornal sendo impresso que é super bacana (apesar de uns furinhos)
Eu vi no cinema mas já deve estar disponível online sim.
Ia falar isso. O filme, em
Ia falar isso. O filme, em paralelo a trama principal, mostra um jornal com problemas financeiros, o conflito de uma blogueira "muderna" versus um jornalista clássico e tudo o mais. Eu queria saber a opinião de alguém do ramo, como o Odnaref, sobre o filme.
Saudações
Ray Jackson
Odnanref wrote:Acho melhor
[quote=Odnanref]Acho melhor você deixar esses comentários sem fundamento pro tópico das artes.
[/quote]
Minha opnião lhe incomoda tanto assim?
[quote=Marcelim]
Quando um analfabeto com mentalidade adolescente como o Não-Foda do Plagues, que nunca ouviu falar de sociologia e resume tudo a superficialidades como "gramcismo" de bli-bli-bló-bló e cita a cultura greco-romana como influência do "cinema americano" consegue publicar matérias, só cabe perguntar: porquer não exigir um nível cultural mínimo em vez de diploma?
Segue ai uma matéria muito pertinente do Estadão:[/quote]
Eu morri de rir com aquela resposta. Infelizmente tem gente que ainda acha que tudo que é crítica aos EUA é esquerdismo, eles não conhecem nem o embate conservadores vs. modernistas da critica cultural americana. No mais, citaram Olavo de Carvalho que não tem diploma e é um dos melhores articulistas da atualidade.
Será que esse tem ou não tem
Será que esse tem ou não tem diploma?
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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Odnanref wrote: Será que
[quote=Odnanref]
Será que esse tem ou não tem diploma?
[/quote]
Não sei se tem, mas é um analfabeto funcional. Mais um pouco ele diria: Robinho e Alexandre Pato trocam juras de amor eterno.
Saudações
Ray Jackson
o robinho é o ativo, pelo
o robinho é o ativo, pelo visto.
Mais uma tendência do
Mais uma tendência do jornalismo online. O Twiter pauta cada vez mais o cotidiano das redações, pelo menos das online.
Percebi o cúmulo disso nessa "reportagem".
[quote]Segundo o piloto da Stock Car e da Fórmula Superliga Antonio Pizzonia contou em sua página no Twitter, Dudu Massa, irmão de Felipe, foi o mensageiro da notícia, e recebeu uma frase no mínimo curiosa como resposta.[/quote]
[quote]Tido como um dos maiores ciclistas de todos os tempos, o norte-americano Lance Armstrong comentou no Twitter o retorno de Schumacher às pistas. "Estou excitado em ver Michael Schumacher correndo novamente. O melhor de todos os tempos!", elogiou.[/quote]
Tudo bem que facilita, barateia, agiliza ... enfim, uma série de vantagens. Porém, se isso se desenvolver, o que teremos é só mais do mesmo, um monte de veículos com informações superficiais e idênticas.
Isso sim que pode-se se chamar de objetividade no jornalismo. Adeus subjetividade.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
O melhor exemplo do novo
O melhor exemplo do novo jornalista está nessa notícia:
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1240766-9798,00-EMANUELLE%20ARAUJO%20ATRAVESSA%20A%20RUA%20CONCENTRADA.html
É de uma objetividade, presunção e ironia que chega a ser genial.
POR QUE FAZER JORNALISMO? A
POR QUE FAZER JORNALISMO?
A modelo Daniela encontrou uma boa justificativa:
__
Mais uma para trabalhar no TV Fama.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.
Vou comprar meu Toddynho
Vou comprar meu Toddynho agora!
Saudações
Ray Jackson
Odnanref wrote: POR QUE FAZER
[quote=Odnanref]
POR QUE FAZER JORNALISMO?
A modelo Daniela encontrou uma boa justificativa:
__
Mais uma para trabalhar no TV Fama.
[/quote]
É essa dai q ta dando golpe no dono na Rede TV.
Jornalismo de
Jornalismo de primeira:(?)
UOL
F-1 divulga rádio que favorece Ferrari em caso da armação na Alemanha
esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2010/08/05/f-1-divulga-radio-que-favorece-ferrari-em-caso-da-armacao-na-alemanha.jhtm
G1
Novos trechos de rádio complicam Ferrari no vexame de Hockenheim
globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2010/08/novos-trechos-de-radio-complicam-ferrari-no-vexame-de-hockenheim.html
Depois esses FDP reclamam. Todo mundo tem direito a divergir, mas a base de dados é a mesma. Isso só prova o quão subjetiva é a profissão.
Obs.: esse filtro de spam do Joio não é muito certo das ideias.
______
Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.