Vôo United 93

Foto de quase nada
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Eu adoro filme desgraça, explosão, morte, bomba, bumba, lepra, tiro, tortura e etc, ver esse tipo de filme é revigorante, é como assistir Cidade Alerta, pois vc logo pensa "nossa, que bom que não sou eu que ta se fudendo", vc não fica com pena, muito pelo contrário, vc fica alegre da sua situação confortável. Mas esse filme é tão bom que até eu fiquei levemente marejado, é um filme desgraça feito de forma respeitosa, mas pouco melosa, sem nunca perder o vigor e com uma montagem brilhante, lembrando até um bom episódio de 24 horas. Não tem nenhum ator conhecido, não é um filme pastel com trejeitos de blockbuster (como deve ser o Torres Gemeas). Não sou muito fã de filmes tremidos (antigamente a moda era "estilo mtv", agora é "estilo documentário"), não gosto, nos últimos anos tem saído uns filmes que eu só vejo depois de tomar um dramin, não que isso atrapalhe o rendimento desse Voo 93, até pq vou dar nota 10. Esse filme é tão tenso que vc chega a torcer, mesmo já sabendo na merda que vai dar.

nota: 10 (se a cada grande desgraça fizerem um filme bom desses, espero que derrubem mais aviões.)
nota de breguice: 2 (os terroristas parecem o El Tcholo do Miame Vice, francamente, não sei distinguir um árabe de um mexicano, o mais ridículo é que o cara, após sequestrar o avião, põe uma bandana na cabeça, estilo Rambo, até ai tudo bem, mas a cena deles se depilando é bem gay)
chucometro: 7 (se chuck estivesse a bordo do voo 93, ele não só derrubaria o avião, como faria isso em cima do Irã)

Foto de Bennett

O Paul Greengrass é um ótimo diretor, devo ver esse filme semana que vem, junto com o Xamalã.

Foto de quase nada

O Paul G. fez quase um filme de terror, a tensão é tão grande que as pessoas saem meio debilitadas do cinema, andando meio torto.  

Acho que vou ver o Lady durante a semana, dizem que esse filme encerra a carreira do cara, mas eu sei que vou gostar, pois até do Sinais (swing away! swing away!) eu gosto.   

 

Foto de quase nada

Lá vai o Ewiald:

05/09/2006

Vôo 93

Rubens Ewald Filho

Quando se assistia pela televisão a tragédia de 11 de setembro de 2001, já se previa os filmes que certamente Hollywood faria sobre o assunto. E se imaginava que o melhor deles certamente seria o que iria contar a história do quarto avião seqüestrado, aquele que deveria ir para o Capitólio mas que caiu antes, no que se revelou ser um gesto heróico dos passageiros que reagiram e tomaram o controle do avião. Afinal, era uma história que tinha tudo: coragem, heroísmo, emoção, tragédia, suspense. Mesmo assim era difícil imaginar um resultado tão bom quanto este Vôo 93, um filme simplesmente sensacional. Graças ao trabalho rigoroso do diretor e roteirista inglês Paul Greengrass (o mesmo do ótimo Bloody Sunday, premiado em Berlim e A Supremacia Bourne).

Embora já tenha sido precedido por um telefilme sobre o tema que eu não conheço ( Flight 93, de Peter Markle, 2006, também com atores desconhecidos) e tenha tido bilheteria moderada nos EUA (onde ainda não absorveram bem os fatos), o filme é um brilhante exercício em semi-documentário. Não apenas há grande parte de atores amadores e verdadeiros personagens interpretando a si mesmos (como todos os operadores e controladores de vôo, inclusive o chefe em Newark e também os militares) como todos os outros, que fazem passageiros e tripulantes são desconhecidos e escolhidos por sua semelhança física com as vitimas. Mesmo assim não há uma única interpretação falsa ou falha. Cerca de 40 membros das famílias cooperaram com os filhos dando detalhes de roupa (algumas emprestadas), que tipo de bala comeriam etc e tal.

Baseado em todos os fatos disponíveis (já que praticamente todos os passageiros tiveram chance de usar o telefone ou celular para ligar para suas famílias e relataram tudo que estava sucedendo), o filme em parte improvisado, usando câmeras portáteis, começa devagar relatando a preparação dos terroristas e dos passageiros mas também o comportamento atônito dos controladores de vôo que não entendem aquele novo tipo de seqüestro. E tem uma denuncia clara: o governo foi pego de surpresa e pecou pela ineficiência, já que nada podia ser feito sem a palavra do Presidente Bush que estava sumido. Ou seja, se fosse algo mais grave ainda, o resultado teria sido pior. E o governo ausente.

Mas o que o filme pretende contar é uma historia de heroísmo e bravura, mas sem discursos, sem bandeiras, com os heróis relutantes e chorosos, na certeza que a chance de morrerem era grande mas não tendo outra escolha. É um filme extremamente tenso e empolgante, até porque exala verdade e emoção. Sem duvida, um dos grandes filmes do ano. Não perca.

REF.

Vôo 93 (United 93) EUA , 2006. Direção de Paul Greengrass . Com Christian Clemenson, Trish Gates, Polly Adams, Cheyenne Jackson, Opal Alladim, Gary Commock, Nancy McDoniel. Universal. R. 111 min.

Foto de Guybrush Threepwood

Eu acabei de ver o filme, e tenho que concordar com o quase nada: United 93 é um filme de terror. Os 15 minutos finais estão entre os mais tensos e aterrorizantes que eu já vi num cinema - e isso por que eu já vi praticamente tudo quanto é clássico do cinema de horror já feito. E o mais impressionante: a gente começa vendo o filme já sabendo o que acontece no final, mas é impossível não se chocar com os últimos frames dele - tudo isso graças ao excepcional trabalho de direção do Greengrass. É um filme que começa devagar, e quando você menos espera, fica absolutamente caótico: vemos a confusão nas torres de comando dos aeroportos e nos centros de controle de tráfico aéreo, vemos a tensão crescente dentro do avião enquanto os terroristas se preparam para o ataque - tudo isso causando um senso de desorientação proposital no espectador, graças principalmente não só ao trabalho do diretor, mas a excelente edição também. O filme ganha pontos também por que não é uma história sobre patriotismo, heróis americanos e super-homens (como deve ser o World Trade Center do Stone): é uma história sobre seres humanos desesperados, numa situação extrema. Você se preocupa com as pessoas que estão dentro do avião, e no final torce insanamente por eles - mesmo sabendo que o está por acontecer. Arrisco dizer que esse filme vai ser um forte candidato aos prêmios de melhor filme de 2006 - e é mesmo o melhor filme que eu vi esse ano, até agora.

Difícil agora vai ser apagar a última imagem da minha mente. 

Foto de quase nada

Essa cena final no avião humilhou aquela do bryan singer, é uma montanha russa, o mais brilhante é que todo mundo já sabia o que ia acontecer.

Foto de Bennett

Vocês têm razão, que filmaço, não?

Não sei bem se eu acredito na versão dos fatos que eles mostram, eu nunca vou deixar de acreditar que esse avião foi abatido. Mas o filme em si é ES-PE-TA-CU-LAR, e um dos melhores do ano sem sombra de dúvida. Aqueles 10 minutos finais de heroísmo-catarse inútil são desesperadores e a cena final me deu calafrios. 

Foto de quase nada

[quote=Bennett]

Vocês têm razão, que filmaço, não?

Não sei bem se eu acredito na versão dos fatos que eles mostram, eu nunca vou deixar de acreditar que esse avião foi abatido.

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To contigo nessa teoria da conspiração, o local do acidente desse avião ficou muito estranho, como se tivesse explodido uma bomba, nada de turbina, cadeira, carcaça... tava só o pó! só o quimba! como se os aviões tivessem sido desintregados por alguma arma secreta, tanto que no acidente do pentagono, não sabiam nem o que tinha acontecido.