Notem que é o BitTorrent empresa do Bram Cohen e a Warner, que estão envolvidas no acordo. O protocolo bittorrent em si é aberto, o cliente original do Cohen é aberto, e a tecnologia portanto inapropriável em termos exclusivos. O plano da parceria é formar uma infra-estrutura p2p para a venda de downloads de filme. Com DRM, é claro. Aparentemente você vai poder queimar o arquivo três vezes apenas.
Eu fico imaginando que vantagem o consumidor levaria....
O preço vai ser o mesmo do DVD, o que deixa o consumidor sem embalagem, encarte e disco físico. O DRM é mais restritivo do que os fracos sistemas atuais implementados em DVDs, e ainda por cima o consumidor vai ter que contribuir com banda e compartilhar os arquivos pelos quais ele pagou (talvez eles instituam um sistema de créditos baseado em ratio?). Ou seja, um absurdo. Se o serviço fosse de download direto, tipo iTunes, seria menos problemático.
O Soderbergh também fez um acordo com a BitTorrent, e vai distribuir alguns curtas pela rede. Esses não vão ter DRM: ponto para o Soderbergh, um cara que está um passo adiante do restante de seus colegas em questões de direitos autorais e modelos de negócio da indústria do cinema.
Eu tbm tenho um acordo com o Bit Torrent: baixo tudo e não compartilho nada.
Acho essa atitude muito pouco wii.
Interessante a notícia da Folha sobre a mudança de sistema do BitTorrent. Eles tratam os downloads de torrents como se fossem idênticos aos camelôs vendendo DVDs no saara.
Engraçado que a BitTorrent vai passar a cobrar por um serviço que anteriormente fornecia de graça e não agrega absolutamente nada ao produto a não ser o rótulo de "legal". Poderiam ter garantido uma banda mais rápida ou uma qualidade melhor... Enfim, achei decepcionante.
Eles já começam errando na matéria ao dizer que a BitTorrent é "uma rede de compartilhamento de vídeos". Há trocentas redes (uma para cada torrent), não necessariamente geridas pela BitTorrent...quem lê acha que a empresa do Bram Cohen é tipo a Napster.