[MASTERS OF HORROR] 01.13 Imprint

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Bennett
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[MASTERS OF HORROR] 01.13 Imprint

Do filme*log:



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Bem, conforme previsto, Imprint, de Takashi Miike, manteve o padrão Masters of Horror de qualidade. Ou seja, é uma merda. Outra coisa que foi confirmada: a decisão da Showtime de não exibir o episódio porque era "extremo demais" foi de fato um golpe de marketing, para incentivar a compra do episódio em DVD. Apesar do episódio ser ligeiramente mais violento do que os demais da série, não chega ao ní­vel de Ichi the Killer, do próprio Miike, que já foi exibido pela Showtime. Há uma longa cena de tortura, alguns espancamentos, ví­sceras expostas, uma cena de aborto hilária em que uma mulher arranca um feto da barriga da mãe na unha, e uma bizarrice nojenta que é uma mistura do Quato de Total Recall com a Mônica da Turma da Mônica, que sai da cabeça de uma prostituta deformada. Mas nada disso é particularmente horrí­vel para justificar o episódio não ter sido exibido. E é tudo tão over que é difí­cil imaginar alguém levando alguma coisa a sério...



Mas então...Imprint é ruim pra caramba. Defeitos especiais medonhos, direção de arte tosca, atores ridí­culos (Billy Drago chega a dar vergonha), elenco japonês atuando com inglês fonético semi-compreensí­vel (exigência contratual, ao que parece), e Miike no piloto automático. O pior é que a história até que tinha algum potencial. Mí­nimo, mas tinha. Até 2/3 de duração não vai tão mal, mas depois que aparece o Quato Mônica não dá pra segurar as risadas e o filme se consolida como lixo. A narrativa segue o padrão Rashomon, com a mesma história sendo contada três vezes, só que pela mesma personagem. A ambientação é interessante, uma ilha habitada por "prostitutas e demônios" no Japão do século XIX (ou XVIII, sei lá). Um jornalista americano visita a ilha em busca de uma gueixa por quem ele havia se apaixado ("Ela me lembrava...minha irmã"), mas recebe a notí­cia de que ela havia se suicidado, de uma colega da moça. Os motivos do suicí­dio são então revelados pela gueixa número 2, uma menina bizarramente deformada que tinha sido acolhida pela gueixa número 1, depois de ter sido desprezada pelas demais gueixas.



Eu diria que numa escala de 1 a 10, comparado aos outros episódios de Masters of Horror, Imprint ganha um 5. Não é dos episódios mais catastróficos (o do Joe Dante ganha disparado), mas é pior do que quatro outros, pelo que eu me lembro (Deer Woman, Chocolate, Cigarette Burns e Sick Girl - dos quais apenas Deer Woman é recomendável). Dentro das obras do Miike, fica com um 4. O Miike já dirigiu filmes excelentes, como Ichi the Killer, Audition, Visitor Q e Gozu, mas a maior parte dos filmes dele é muito ruim. Imprint é um desses filmes ruins. E nem é um bom filme ruim, como City of the Lost Souls. É um filme ruim, ponto.



E assim termina a primeira temporada de Masters of Horror. Bela porcaria, heim, Mick Garris!