The Quiet American

Foto de Castrezana
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Na época que esse filme foi foi lançado, lá pelos idos de 2003 (apesar do filme ser de 2001), eu li uma crítica que me convenceu que era um bom filme, e eu fiquei curioso. Mas perdi de assistí-lo no cinema, sabem aquele filme que passa uma semana em um cinema e nunca mais se ouve falar dele? Então, esperei por ele nas locadoras. Nunca encontrei. Ai veio a época de baixar filmes na internet, há uns dois anos achei uma cópia - dublada em polonês! - deletei na hora. Não sei se era tão difícil assim encontrá0lo ou eu que era inepto, mesmo.

Semana passada encontrei uma cópia na internet, baixei, achei a legenda num site obscuro de legendas (o que significa que realmente não é um filme fácil de encontrar) e deixei-o quietinho, esperando. Ontem, cansado de me dedicar o novo OMEdI resolvi assistir qualquer coisa. Assisti Rocky Balboa. Como eu me senti ameaçado intelectualmente pelo nível, ahn, bobo de Rocky, reolvi assistir qualquer outra coisa, para recuperar um pouco a massa encefálica. Me lembrei de The Quiet American. Play.

Michael Cane é um gênio. Brendan Fraser antes de desaparecer já tinha provado ser um bom ator. O duelo dos dois, combinado com uma cenário complexo e explosivo é quase perfeito. O velho britânico agindo de forma preguiçosa e cínica contra o jovem americano confiante e arrogante. A história te deixa perdido, você não tem certeza se é sobre espionagem, política, romance, guerra ou seja lá o que, está tudo lá. A direção é simples, direta e eficaz, o cenário original vietnamita é lindo, o tempo do filme muito bom. Em alguns momentos eu senti um clima "Casablanca", coisa rara nos filmes de hoje, tão preocupados em serem limpinhos.

Engraçado que, enquanto assistia Rocky, lá pela metade, eu olhei o tempo do filme, tinha passado 1h15, faltavam ainda uns 27 minutos (102 min), mas a sensação era que tinha se passado uns 30 minutos, só, não havia acontecido nada, nada! A única cena interessante em todo o filme tinha sido a conversa com o filho no meio da rua. Durante The Quiet American eu fiz a mesma coisa, curiosamente também em 1h15 e faltavam 26 minutos para acabar (101 min). The Quiet American é um minuto mais curto que Rocky! Só que a sensação era completamente oposta, parecia que o filme tinha 3 horas, de tanta informação, cenas legais, duelos e tudo o mais que um bom filme tem que ter para entreter, enquanto Rocky simplesmente passa, vazio, como o próprio personagem (ei, será que era essa sensação que o Stallone queria passar? Se for, parabéns!).

Valeu a pena esperar tanto para assistir The Quiet American, valeu mesmo. Um belo filme, fiquei curioso em ver o original, de 1958, que tenho certeza vai ser difícil encontrar. Vou ficar de olho no TCM, uma hora eles passam, já vi muitos clássicos raros por lá. Enquanto isso eu procurarei nos torrents da vida.

Foto de Guybrush Threepwood

Sloth, tu merece uns jabs e uns hooks na idéia só por ter falado mal do Rocky Balboa.

Foto de Castrezana

Pô, muito chato!
Não vou dizer que o Sly não deu um ótimo fim para o personagem, mas o resto do filme é simplesmente ruim.

Pelo menos John Rambo vai ser sangüinolento.

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Rodolfo Castrezana

Já visitou o OMEdI hoje?

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Rodolfo Castrezana
Nerd Rabugento

Foto de quase nada

Esse último filme, Rocky Balboa, é patético, talvez seja por isso que ele tenha alguns méritos. O Stalone teve a grandeza de trabalhar em cima da decadência dos personagens. É um filme meio chato, mas só o fato do Rocky perder, mostra a bizarra maturidade de um diretor egocêntrico e ridículo. Ele destruiu um ícone dos anos 80 de forma honesta, não é um Rocky Begins, é um Rocky Goodbye. Nota 6,93