God Hand

Foto de Guybrush Threepwood
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Já faz um tempo que eu não comento um jogo por aqui, não por que eu não tenho terminado nenhum, mas mais por que eu não tenho jogado nada que preste ultimamente. Surpreendentemente, um dos jogos pelo qual eu tinha expectativas absolutamente baixas tornou-se um dos mais bacanas do ano: God Hand. Joguei meio que desinteressado, só pra ver qual era a dele, e só larguei quando terminei.

À grosso modo, o jogo segue uma estrutura tradicional de beat'em up - é como um Final Fight/Streets of Rage em 3D. Tudo não passa de abrir caminho por hordas de inimigos na base da porrada, sem nenhum puzzle complicado para resolver, armas ou sistemas complexos de miras e sem ter que pensar muito. A realização do jogo, no entanto, é o seu grande atrativo: God Hand é um jogo que não se leva a sério em momento algum, e isso o torna estupidamente divertido. Os golpes são totalmente over (você pode finalizar um inimigo arremessando-o ao espaço sideral com um taco de baseball, até ele virar um pontinho brilhante no céu), os chefes, bizarros (os primeiros sub-chefes são dois negões gays de bigode vestindo roupa de escola-de-samba) e o humor afiadíssimo (só jogando pra ver mesmo). 

A história do jogo parece ter saído diretamente de um manga:  em mundo pós-apocaliptico com a maior cara de velho-oeste, o protagonista, Gene, teve seu braço direito arrancado por um punk maluco, e no lugar colocou um outro (o jogo não explica como), conhecido como God Hand (daí o título do jogo) que possui poderes especiais e torna seu portador praticamente invencível. O problema é que alguns capetas querem pegar o braço, e isso incluí Elvis, um diabo obeso com sotaque mexicano, e Shannon, uma capetinha gostosa e vítima da obsessão do Elvis. O roteiro do jogo não seve pra muita coisa, mas acaba sendo bastante divertido e mantém o clima humorístico do game.

Além disso, o jogo possuí o sistema de luta mais completo e técnico que gênero já concebeu: não basta ficar socando os botões, é preciso saber o momento correto de aplicar cada golpe, de usar um contra-ataque, ou uma esquiva. Você pode também comprar ou achar movimentos novos (são mais de cem diferentes) e "programar" seu próprio combo num menu de técnicas. Você pode conseguir mais dinheiro pra comprar essas técnicas inclusive jogando em um cassino, com direito à poker, blackjack, caça-níqueis e corridas de chiuaua (é, é sério). Não é exatamente um jogo fácil, dá pra suar a camisa, mas também não chega a ser frustrante. É difícil, mas como uma dificuldade saudável.

Outra coisa que vale mencionar é a trilha sonora: muito bem feita e variada, e o tema principal do jogo é um surf rock fodíssimo que fica tão grudado na cabeça que a gente tem acabar baixando pra ouvir no MP3 player.

No alto de sua simplicidade, God Hand é diversão insana e imperdível, e num ano com não muitos jogos memoráveis, um dos grandes destaques até agora.

Nota: 8,7 

Foto de Bennett

Parece meu tipo de jogo, eu adorava beat'em ups.

Tem gente que não está entendendo muito bem o que isso significa:

[quote=IGN]It's somewhat apparent that God Hand was meant to be a joke on many levels, much as a film director might intentionally make a B-movie. The game practically encourages button mashing, enemies are extremely generic, the level layout is very uninspired, the dialog and jokes are poorly written and delivered, and most of all, much of the control and gameplay mechanics are so old-school it hurts. While Clover took a huge risk in hoping that this sort of off-kilter design would appeal to some gamers, and there will probably be a few folks out there who will dig this extremely niche design, by and large the joke simply falls flat. Dead flat.

Fonte[/quote]

Pô, se o jogo é um beat'em up é exatamente assim que tem que ser. É a mesma coisa que criticar Tetris porque não tem tiroteios em refinarias de petróleo abandonadas. Essa molecada dos dias de hoje não sabe apreciar as coisas belas do passado. 

Foto de Guybrush Threepwood

Então, essa é a graça do jogo - é estupidamente simples, como os bons e velhos beat'em up tradicionais. O jogo inteiro é sobre sair no braço com hordas de inimigos genéricos, sem parar pra pensar muito ou resolver enigmas. No entanto, esse cara aí da IGN falou besteira, por que o game vai um pouco além do button mashing, e requer uma certa técnica e reflexos apurados.

E o jogo é bem engraçado, ao contrário do que esse mané pensa. 

Trailer do jogo, incluindo os chefes gays.

Foto de quase nada

God Hand é polemico, quer jogar A obra prima da clover?

Okami! 

Foto de Guybrush Threepwood

Eu tô com o Okami aqui em casa, mas ainda não comecei ele. Essa semana eu zerei o Bully, vou postar um review mais tarde, achei muito foda.

Foto de quase nada

Quantas horas demora o Bully?  

Foto de Guybrush Threepwood

Tô com vinte e cinco horas de jogo, todas as missões feitas e 88% completion. O jogo é pequeno (se comparado ao GTA), e é fácil também, mas é divertido pra caralho.

Foto de Bennett

Vi um trailer do Okami e fiquei morrendo de vontade de jogar. Guitar Hero vale a pena sem aquele controle guitarra?

Foto de Bennett

[quote]Mas não me vejo jogando com uma guitarra de brinquedo na frente do videogame...[/quote]

Você é sobrio demais. 

Foto de Guybrush Threepwood

Concordo com o Dré sobre o Okami. É lindo de morrer, lírico, poético, artístico, tudo mais... mas é meio chato mesmo. Quero jogar ainda, mas não agora. Deixei ele de lado e parti pro Hitman: Contracts.

Quanto ao Guitar Hero, é muito foda mesmo, mesmo jogando com o Dual Shock. Mas é tipo o Wii: quanto mais gente tiver na sala, mais divertido fica, é muito melhor jogado com galera do que sozinho.

A guitarra pra ele eu vou comprar uma e um amigo meu outra, a gente vai tentar fazer um dueto de guitarras no "Freebird". No modo Hard.

Foto de Guybrush Threepwood

Tá, mas eu aviso que eu vou estar usando uma peruca pra ficar com o cabelo estilo do Allen Collins.

Foto de Fabio Negro

O jogo do Hulk, aquele do quebra-quebra, é maneiro?

Foto de Guybrush Threepwood

É maneiro por um tempo, comecei a jogar mas logo depois achei algo mais interessante e deixei de lado.

Foto de Bennett

Quem disse que essas músicas não fazem ou não fizeram parte do meu repertório musical?