Eis um raro caso em que o hype não mente: Taxidermia faz Saló parecer A Pequena Sereia. Em uma escala de 1 a 10 de escatologia, leva 11 tranqüilamente. Enquanto o Eli Roth se esforça para fazer um filme nojento e repulsivo, essa comédia de horror húngara, assim como quem não quer nada, conseguiu com facilidade revirar meu estômago. E olha que não é fácil fazer isso comigo. Esse filme devia ser obrigatório nas reuniões dos Vigilantes do Peso, porque duvido que um gordo obeso não decida entrar numa dieta radical depois de assistir a esse festival de aberrações inimaginavelmente grotesco.
A comparação com Saló não é gratuita, já que Taxidermia também é dividido em ciclos, cada um correspondendo a uma geração de uma família húngara, e a um tema específico. O primeiro envolve o empregado de um militar, e o tema é sexo; o segundo envolve o filho do empregado com a mulher do patrão, e o tema é comida; e o terceiro envolve o filho do filho do empregado, e o tema é morte (ou vísceras).
Filme muito bem feito, e com certeza absoluta vale pelo fator B.E. (bizarro e exótico), mas não sei ao certo se chega em algum lugar, além de embrulhar o estômago e causar uma certa sensação de perplexidade no espectador. É um exercício de horror estético naturalista que no final das contas não tem muita substância...
Como é a cena da amputação do penis?
Não tem cena de amputação do pênis, mas tem uma em que um pênis leva uma bicada de um galo.
Mas é num penis fake ou num penis real? Ele está ereto?
Ereto, e não sei se é real ou fake, já que o cara estava comendo uma cerca de madeira. Deve doer fazer isso com o bilau real. Mas tem uma cena em que um pau ereto de verdade solta chamas feito um lança-chamas, e uma cena de sexo explícito com uma gorda bem volumosa, com penetração. Mas só dá pra ver de relance, porque é montada com cortes extremamente rápidos e vai da gorda para uma jovem mais bonitinha e para uma carcaça de porco com vísceras expostas, em rápida sucessão e alternância.