Lollapallooza Brasil 2014
Tudo bem que 2013 nem terminou e ainda tem uma batelada de shows e festivais a caminho até o fim do ano... mas não deu pra segurar: fontes fidedignas confirmam que o Lollapalooza 2014 Brasil e Chile vão trazer o Nine Inch Nails e o Depeche Mode!
Ainda falta confirmação dos organizadores e das próprias bandas, mas o José Norberto Flesch, jornalista musical do jornal Destak, muito raramente costuma dar uma bola fora quando informa sobre bandas vindo pro Brasil. Mas faz todo o sentido a vinda destas duas bandas: NIN participou do Lolla de Chicago semana passada, e a filial daqui sempre traz alguns dos headliners do festival matriz; já o DM viria no final deste ano, mas preferiu deixar para participar em alguns festival em 2014, por conta do alto custo de sua produção.
Falando em produção, os shows de ambos são imperdíveis só por conta do fator audiovisual. Além de ser raro ver duas bandas com uma carreira tão intensa e que continuam com a mesma garra em cima do palco depois de tanto tempo no mesmo festival.
Pra quem quer tirar a prova, olha o show do NIN em HD no Lollapalooza Chicago deste ano.
O Lollapalooza Chile está confirmado pros dias 29 e 30 de Março, no Parque O'Higgins em Santiago.
O Lollapalooza Brasil, que mudou de produtora recentemente, ainda está em estágio de confirmação, mas tudo indica que vai rolar dias 05 e 06 de abril, no Campo de Marte em Sao Paulo.
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(Sem título)
agora vou ter q ir por causa
agora vou ter q ir por causa do Depeche Mode. Vamo ver quanto vai ser esse ingresso. No ritmo q anda, vai custar 1.500 o pacote e 600 cada dia, quer apostar quanto?
quase nada wrote:
[quote=quase nada]
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Radiohead não vem, QN.
[quote=agraciotti]Vamo ver quanto vai ser esse ingresso. No ritmo q anda, vai custar 1.500 o pacote e 600 cada dia, quer apostar quanto?[/quote]
Bem por aí. Eu já vou me planejar pra ver o festival no Chile, que sai até mais barato que os ingressos daqui. Aliás, parece que os ingressos do Chile já começam a ser vendidos na próxima segunda-feira, dia 12/08.
Na web já tá rolando até uma lista de bandas que cairam na pauta dos produtores pra trazer ao festival. Tudo muito suspeito, claro, mas tem Portishead e My Bloody Valentine no meio...
Lollapalooza 2014 confirmado
Lollapalooza 2014 confirmado no distante e isolado Autódromo de Interlagos, aqui em Sampa, nos dias 05 e 06 de abril.
Rolou uma coletiva de imprensa agora a pouco, onde o próprio Perry Farrel ( que foi de trem até o local, elogiando o transporte - que fora da hora do rush e cheio de seguranças deve ser ótimo mesmo ) disse que o autódromo foi escolhido por ser cinco vezes maior que o local do ano passado ( que teve um dia a mais ) e possuir um melhor campo de visão para os palcos. Ninguém deve ter falado pra ele sobre a zona histórica que foi um show do Iron Maiden no mesmo local há alguns anos atrás.
Perry disse que os ingressos serão mais baratos e começam a ser vendidos em novembro. Festival vai começar às 11 da manhã e encerra 23hs. Ele quer colocar wi-fi em todo o local.
Mas nada sobre o line-up, que será anunciado na última semana de outubro. Apenas que serão 8 a 10 bandas "muito relevantes" por noite.
Momento fofoca: aparentemente, alguns dos artistas seriam anunciados hoje, incluindo NIN, Pixies e Depeche Mode. Mas o Dave Gahan, vocalista do DM, aumentou consideravelmente sua lista de demandas pra fazer a turnê latino-americana. A banda ainda está confirmada, mas os organizadores devem estar revendo custos.
Saíram os line-ups do Chile e
Saíram os line-ups do Chile e Argentina.
O Brasil solta seu line-up no dia 11/11, provavelmente trocando o Red Hot Chili Peppers pelo Muse nos headliners.
continuo achando fraquinho.
continuo achando fraquinho. Eu animaria pelo Arcade Fire, se não fosse por esse disco chatíssimo q acabaram de lançar. Então, to me lixando de novo.
Eu achei a escalação ok, mas
Eu achei a escalação ok, mas sou suspeito porque o NIN tá ali no meio. Só quero ver quem serão os headliners: aposto em Muse num dia e Soundgarden no outro, já que ambos tem hits de rádio por aqui.
Ao menos tá bem melhor que o Planeta Terra, que rola aqui em Sampa neste findes: Blur, Beck, Lana Del Rey e Travis é pra cortar os pulsos de tédio.
Mas todas as bandas
Mas todas as bandas melhorzinhas dessa escalação são bandas q já vieram ou possivelmente virão algum dia. Cadê a ousadia..o ineditismo...a vontade de ser um tiquinho vanguardista? O conceito de "Festival de música", em essência, não era isso?
Tédio mesmo é essa falta de coragem dos organizadores, desses patrocinadores coxinhas, essa insegurança patética q tomou o mercado de shows no Brasil, a falta de lugares decentes para realização de eventos e, acima de tudo, o público preguiçoso e saudosista.
O line-up oficial do festival
O line-up oficial do festival no Brasil. Ingressos começam a ser vendidos dia 19/11.
Ai agraciotti, vai ter Coisinha!
bocejos.....
bocejos.....
nunca ouvi esse "Coisinha". Que isso? É outro projeto pra crianças retardadas do Arnaldo Antunes ou Adriana Calcanhoto?
A melhor coisa desse lineup aí é o Flume.
agraciotti wrote:bocejos.....
[quote=agraciotti]bocejos.....[/quote]
E o Planeta Terra, como foi? Gritou muito pela Lana?
Dré wrote:
[quote=Dré]
[quote=agraciotti]bocejos.....[/quote]
E o Planeta Terra, como foi? Gritou muito pela Lana?
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hahah
foi bem morno, como esperado. Bocejei também. Nem parecia festival, de tão magro e sem graça. Mas o Blur e The Roots fizeram bons shows.
Antes de me acusarem de hipocrisia e falta de integridade ideológica, eu comprei o ingresso do Terra logo no primeiro dia, antes de anunciarem todas as atrações, pq o Terra sempre foi o único festival nessa joça de país com alguma vontade de fazer um evento no nível dos gringos, com escalações interessantes e inusitadas, chamando bandas novas e relevantes nos palcos menores. Mas depois descobri q a organização não é a mesma dos outros anos e por isso foi essa merda q foi. Como vinham amigos de Vitória pro evento, resolvi não vender. Mas desisto de vez de festivais aqui.
agraciotti wrote:Antes de me
[quote=agraciotti]Antes de me acusarem de hipocrisia e falta de integridade ideológica...[/quote]
Meu, pára de ficar na defensiva e fazer discurso justificando seu voto no paredão dessa semana. Que coisa mais palanque.
Dré wrote:
[quote=Dré]
[quote=agraciotti]Antes de me acusarem de hipocrisia e falta de integridade ideológica...[/quote]
Meu, pára de ficar na defensiva e fazer discurso justificando seu voto no paredão dessa semana. Que coisa mais palanque.
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poisé. é q eu passei os últimos meses TODOS ouvindo "porra, vc fala mal do Lolla e vai nessa bosta do Terra??" E sua pergunta foi provocativa nesse sentido. Tive q mandar a resposta de sempre. Agora me deixem em paz :P
(agora, vale dizer q Lana Del Rey parece realmente uma boneca inflável)
Ah, e pra não dizer q foi tudo uma merda, o som estava bem bom (coisa cada vez mais rara nesses eventos) e poder ir embora dentro do horário previsto, de metrô, foi lindo.
agraciotti wrote:agora, vale
[quote=agraciotti]agora, vale dizer q Lana Del Rey parece realmente uma boneca inflável[/quote]
Geral falando que o festival esvaziou depois do show dela, confere? Pra quem é fã do Blur deve ter sido demais.
[quote=agraciotti]...e poder ir embora dentro do horário previsto, de metrô, foi lindo.[/quote]
Sonho molhado de qualquer frequentador de festival em Sampa. Aliás, ir em um show próximo a metrô já é algo a se comemorar.
Dré wrote:
[quote=Dré]
[quote=agraciotti]agora, vale dizer q Lana Del Rey parece realmente uma boneca inflável[/quote]
Geral falando que o festival esvaziou depois do show dela, confere? Pra quem é fã do Blur deve ter sido demais.
[quote=agraciotti]...e poder ir embora dentro do horário previsto, de metrô, foi lindo.[/quote]
Sonho molhado de qualquer frequentador de festival em Sampa. Aliás, ir em um show próximo a metrô já é algo a se comemorar.
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sim. não diria q "esvaziou", mas teve uma boa leva indo embora depois do show dela sim.
Curiosamente, outro ponto q vale elogiar: não vi muita molecada não (como sempre vejo no Lolla e, nem se fala, no Rock in Rio). Acho q a grande maioria do público tinha seus 25, 30 anos.
agraciotti wrote:sim. não
[quote=agraciotti]sim. não diria q "esvaziou", mas teve uma boa leva indo embora depois do show dela sim.[/quote]
Felizmente, porque os fãs da LDR... né?
Ae Guybrush: vai rolar show
Ae Guybrush: vai rolar show solo do NIN no Rio, dia 06/04 ( domingo, um dia depois do Lolla SP ). Se não cancelarem como da última vez... Vamos?
Dré wrote:
[quote=Dré]
Ae Guybrush: vai rolar show solo do NIN no Rio, dia 06/04 ( domingo, um dia depois do Lolla SP ). Se não cancelarem como da última vez... Vamos?
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Tu acha que smaug deixa o guybrush sair de casa? Nem no fórum ele ta podendo postar.
E aí, alguém foi? Eu fui no
E aí, alguém foi? Eu fui no sábado, e parece que o agraciotti foi ontem.
Apesar de algumas pontas pra serem acertadas, a mudança pro Autódromo de Interlagos não foi tão ruim quanto parecia. O lugar continua longe pra caralho e a organização deu muita sorte que o sol imperou no final de semana, mas o tamanho do evento me impressionou.
Primeiro, mais fácil, os pontos negativos: Interlagos é longe, mas chegar via metrô e trem é tranquilo - um percurso mais longo do que chegar de metrô até o Jockey Club ( local dos Lollas anteriores ), mas o acesso é simples. E, como já falei antes, espaço para shows com metrô perto é sonho molhado da galera aqui em Sampa. Só achei que o entorno da estação de trem do Autódromo tem vias muito limitadas e estreitas. Numa muvuca, aquilo vira uma zona e não há pra onde correr. E ficou faltando uma articulação com as autoridades pra ampliar o horário do trem/metrô - se no Carnaval e Virada Cultural isso ocorre, por que não demandar o mesmo em shows que concentram 70 mil ou mais pessoas?
No mais, festival é aquilo: os shows ficam em segundo plano frente ao fator balada. Então ignore a molecada correndo ou fazendo selfies, monte a programação de bandas que você quer ver e vai com fé.
Aliás, neste Lollapalooza se programar era vital: com o tamanho do evento, era inevitável perder trechos de shows ou apresentações inteiras. Do palco Interlagos ( o primeiro palco, pelo acesso mais próximo a linha de trem ) até o Onix ( o terceiro palco ) era uma boa caminhada de 1,4km, de dez a quinze minutos ou mais, dependendo da concentração de gente no caminho.
Aliás, falando em palcos, falha grosseira: esqueceram de colocar o nome dos palcos nos próprios. Não se sabia qual era o Skol ou o Onix, se não fosse por torres de patrocínio laterais, respectivamente da cerveja e do carro. E o Interlagos, coitado, nem isso tinha.
Quanto aos shows, que são sempre a parte boa: a ideia era chegar mais tarde, pra ver o Nine Inch Nails e talvez a Lorde, mas o dia em Sampa tava tão bonito que acabei chegando no autódromo por volta das 14:30. A primeira impressão musical deu medo: um grupelho chamado Capital Cities estava no palco, fazendo um daqueles shows dançantes, super-fofos, tão alegres que te fazem perguntar o que você está fazendo ali. Os caras tem um único hit ( "Safe And Sound" ) que foi tocado ao vivo e depois encerrou a apresentação em formato playback, com a banda pedindo pra molecada dançar. Primeira vergonha alheia do dia.
Passei pelo Cage The Elephant, com o vocalista já pulando na galera e fazendo mais nada que preste. Depois fui ver o Julian Casablancas pra conferir se o tal show dele e sua banda nova é tao ruim mesmo. Achei até pior do que falam. Jamais pensei que escreveria isso, mas #voltastrokes.
Dali fui fazer o rolê pra conhecer os espaços e vi que um formigueiro de gente se dirigia ao palco Onix, onde ia tocar o Imagine Dragons. Uma cena realmente impressionante, que me fez seguir a manada e ver o que esses caras tem que atraem a molecada. E a resposta é simples: imite o Coldplay, tintim por tintim. As músicas são iguais, tons, letras e estruturas, cheios de "ooohs" e "aaaahss". A performance é idêntica. Os membros são uma versão americanizada da banda britânica: mais bonitões e com dentes brancos. Juro que eu tava esperando tocar "Clocks", com aquele raio laser verde no palco, a qualquer segundo. Sério: se eu fosse o Chris Martin, processava. Mas a molecada foi ao delírio e, sem dúvida, os caras vão virar megabanda. Foi a segunda e maior vergonha alheia do dia. Já tô chamando eles de Imagine Coldplay.
No final do show, que teve o som ruim e telões falhando, vi aquela manada de adolescentes vindo à minha direção, no caminho entre eles e o palco da outra atração teen: Lorde. E fui com a galerinha. Confesso que curti o show da mina, que tem uma presença de palco meio Kate Bush, com um som bem eletrônico. Simplório, mas funciona - menos teatral e afetado do que eu esperava. Ainda acho que seja cedo pra dizer se ela vai ter muito futuro, mas é um bom começo. E ela parecia realmente emocionada ou apavorada de estar ali. Foi legal.
Saí antes dela tocar "Royals" porque queria pegar um lugar bacana pra ver o NIN, e passei rapidinho pra ver o Phoenix - que continua fazendo um show legal, mas só. Só acho que os franceses precisam de um megahit pra levantar a galera, mas são bons de palco.
Quando voltei ao palco Onix, surpresa: o lugar tava quase vazio, uns 20 minutos antes do Nine Inch Nails entrar. Foi muito fácil ficar pertinho do palco. Na hora deu até uma tristeza de ver Trent Reznor e cia tão ignorados, mas fazia sentido: a molecada saiu do Imagine Coldplay, seguiu pra Lorde e ia rumar de lá pro Muse. Mas depois caiu a ficha: show exclusivo! \o/
Felizmente, pra banda, a coisa foi mudando de figura e o público foi chegando aos poucos e o espaço começando a encher. Nada que se compare às atrações anteriores, mas foi bem legal ver a galera se dirigindo pra lá – até porque o palco era na parte baixa de um grande declive, então era fácil ver o povão se aproximando e lotando o entorno.
Uma das razões pra tanta gente chegar junto, além da curiosidade e do fato do NIN ser um dos poucos nomes do dia fazendo rock pesado ( vide camisetas de Iron Maiden e Metallica vistas por perto ), que ia bem além do indie contido das outras atrações, deve ter sido o sistema de luzes que foi gradativamente sendo montado no fundo do palco: um mega mural, formado por seis estruturas, lotadas de luzes e estrobos. Quando anoiteceu e o negócio começou a ser testado, iluminando todo o local e chegando a deixar a galera piscando e coçando a vista.
Medo de ficar cego: no fundo do palco, o muro de luzes do Nine Inch Nails sendo testado.
O NIN entrou pontualmente às 19:55 ( aliás, todos os shows foram pontuais em começo e término, se bem me lembro ) já mandando “Wish” no peito. E foi uma puta apresentação, como era de se esperar, mas não foi o melhor show dos caras – senti falta da fúria da banda contrastando com o visual trabalhado do palco dos shows do Claro que é Rock, em 2005. Ano passado, durante a turnê Tension, com bem mais efeitos visuais e uma banda maior, que incluía até duas backing vocals, a banda parecia mais focada do que nesse Lollapalooza. Trent Reznor, principalmente, parecia distraído, talvez com o público pequeno assistindo seu show – que, de fato, foi crescendo até metade da apresentação, mas depois viu muita gente vazar pro palco do Muse. Mas foi um puta show, transitando bem entre músicas conhecidas, coisas pra fãs, rock pesado e muito som eletrônico. Destaque pra sensacional “The Great Destroyer”, onde o muro de luzes foi usado ao máximo ( cuidado com um potencial ataque epilético se for ver no You Tube ) e o final com “Hurt”, onde a galera cantou junto a letra inteira.
Saí dali em direção ao Muse, mais por curiosidade sobre a história do vocalista Matt Bellamy estar doente e, talvez, usar playback, do que pelo show em si. Gosto dos caras, acho que eles tocam com vontade e sinceridade, mas os dois últimos discos são muito chatos – e tudo indicava que o setlist seria baseado neles, o que felizmente não foi verdade.
Antes, o susto: acho que as 70 ou sei-lá-quantas mil pessoas do primeiro dia do Lollapalooza estavam em frente ao palco, porque era um mar de gente como eu não via desde o Rock In Rio. Impressionante mesmo. E a voz do Matt realmente estava fraca, mas não há como negar que os caras fizeram um showzaço, começando com “New Born” ( que peguei no final, lembra o negócio dos palcos distantes? ) e mandando uma cover impecável de “Lithium” do Nirvana, que levou o lugar abaixo. Logo depois teve “Plug In Baby” e a linda “Butterflies And Hurricanes”, seguida de umas músicas novas que foram minha deixa pra vazar do festival, com medo da muvuca daquele povo todo indo embora junto.
E isso foi uma ótima ideia, porque na saída, com mais um montão de gente, deu pra notar que o problema do autódromo é realmente seu entorno de ruas pequenas – naquela hora já sem o bloqueio da CET ( ou seja, com carros circulando, disputando ruas com dúzias de pedestres ) e abarrotado de ambulantes. Mas foi tranquilo chegar até a estação de trem, que não estava tão cheia – a fila maior era pra comprar bilhetes, coisa que as pessoas, aliás, foram avisadas a fazer com antecedência quando chegavam à estação de trem à tarde.
Enfim, valeu a ida, no mínimo pelos shows. Como todo grande evento, ainda precisa fazer uma correções aqui e ali, mas vejo futuro não apenas no Lollapalooza Brasil, mas na possibilidade de transformar o Autódromo de Interlagos num espaço decente pra shows.
Desde que não chova, claro.
Fui no domingo. Sobre a
Fui no domingo. Sobre a organização, bem isso q vc falou mesmo. Os perrengues de sempre + a dificuldade de locomoção. Não bastasse a distância absurda de um palco pro outro, haviam poucas vias de acesso pra entrar e sair numa área do palco fora o trajeto da pista e vc tinha SEMPRE q dar uma PUTA volta pra conseguir chegar num outro palco. Era desanimador.
E não tinha sinalizaçÃo NENHUMA. DE NADA. ridiculo.
Pelo menos o trajeto de trem até lá é realmente bem decente. por 20, 30 minutos até esqueci q tava no Brasil (até chegar la e lembrar q ainda não sabem fazer esse tipo de evento por aqui)
Sobre os shows q vi no domingo, sinceramente, nada foi mais importante do q o Savages.
Ainda to pensando muito sobre essa experiência esmagadora que foi vê-las. Ver aquela banda vivendo o SEU momento, o HOJE, tentando se divulgar, impressionar, dando TUDO de si pra tocar o público. É algo q se tornou tão raro que a verdade é q eu - também já gradualmente acostumado à onda cultural nostálgica da nossa era, de se contentar com o êxtase ligeiro de cantar os hinos da nossa adolescência - já havia esquecido como era presenciar isso....o novo, a surpresa, a catarse de um "puta merda...O Q É ISSO". Ver uma banda no palco suando até a exaustão pra buscar algo maior do que só uma simples apresentação na sua agenda ou oferecer o simples entretenimento. Aqueles minutos finais em que cada membro da banda parecia sucumbir ao cansaço, mas resistiam e continuavam, continuavam e continuavam até EXAURIR a música. Foi uma das coisas mais lindas q já.
Deu vontade de ir embora logo em seguida, desanimado pq a partir dali só veria uma série de artistas anacrônicos que insistem numa relevância esquecida.
E vi o terço final do show do Arcade Fire, cheio de confete, carnaval e o escambau.....e morri de tédio.
agraciotti wrote:Sobre os
[quote=agraciotti]Sobre os shows q vi no domingo, sinceramente, nada foi mais importante do q o Savages. [/quote]
Domingo acompanhei pela televisão. E realmente o dia foi das Savages, puta show legal, furioso, contraste surreal com o resto do dia. Gostei muito!
Também foi bacana ver o Johnny Marr tocando, com muita classe, algumas dos Smiths ( e olha que nem sou muito chegado na banda ). Mas o cara envelheceu bem e ainda brilha na guitarra, fazendo sons que sabe-se lá como ele consegue.
Não me desceu a escalação daquela Ellie Goulding, que me lembra demais a Joss Stone - principalmente pela postura de palco e o público Disney Channel. Porque em termos de voz, a Joss humilha. E aquele Vampire Weekend... eu não entendo qual a graça. Músicas irritantes, meio Paul Simon moderninho. Parece um sub-Violent Femmes. Os Pixies sem a graça desmiolada da Kim Deal não desce, parece um bando de funcionários públicos numa banda de garagem.
Mas a decepção do dia foi o Soundgarden. A banda continua afiada e as músicas são ótimas - principalmente as do Superunknown, um dos meus discos favoritos dos anos 90. Mas Chris Cornell não tem mais voz e o esforço dele, ainda que louvável, só piora a situação. No final das contas foi ok pelo setlist, mas esperava muito mais.
Arcade Fire eu juro que tento gostar. Acho uma banda respeitável, mas as músicas nunca me conquistaram.
E confesso que me diverti muito com o New Order. Esperava coisa pior, muito pior. Aliás, foi mesmo um show de horrores ver a Gillian Gilbert tiazona ( com a cara e roupas da Susan Boyle ). Aposto que ela foi tomar um chazinho Twinings depois do show. Aquele baixista contratado imitando perfeitamente o Peter Hook nas poses e nas caretas foi mara. E o Bernard Sumner, andando pra lá e pra cá, tentando dançar e lembrar das músicas ao mesmo tempo - quase um Ozzy Osbourne da música eletrônica. Tudo isso contrastando de forma surreal com projeções maravilhosas no telão, incluindo cenas dos melhores clipes da banda, e um setlist cheio de clássicos. Juro que não consegui desligar e me arrependi de não ter ido ao show - mas longe do palco, de preferência, pra não ver os membros da banda naquela situação.
Fui nos dois dias.
Fui nos dois dias.
Arcade Fire >> Pixies >> Savages >> NIN
Foi o que deu pra ver. Palcos muito distantes uns dos outros e gente demais.
Vi um pedaço do show dessa
Vi um pedaço do show dessa tal de "Lorde", que coisa mais esquisita, ela parece esses fetos que nascem pelo avesso. Achei estranho quando o cara do multishow disse que ela tinha 17 anos, a mina tem a maior cara de velha (ou então dessas pessoas que tem alguma doença rara tipo febre do grilo, tifo, febre tifóide, aids caribenha, dengue, praga, gripe mongoloida, febre do rato, tosse melada, caricaturismo, ardencia facial, cancro mole, beriberi, coceira arregaçante, insonia deformadora, oitite, muricite, bucite, seborreia na cara, acne esgarniçante, bruxismo, possessão demoniaca, e etc). Elas é dessas que dançam o passinho do "vem bullying", usa guarda roupa de brecho do titanic, ninguem entende picas do que ela fala, depois toma uns tapas na escola e vira artista. Garanto que o agraciotti ou o bennet gostam dessa porra.
É, a Lorde é basicamente um
É, a Lorde é basicamente um hobbit, veio da Nova Zelândia e tudo.
Voltando aos festivais, parece que o Planeta Terra não vai rolar em 2014. Mas vai ter Copa.
Dré wrote:
[quote=Dré]
É, a Lorde é basicamente um hobbit, veio da Nova Zelândia e tudo.
Voltando aos festivais, parece que o Planeta Terra não vai rolar em 2014. Mas vai ter Copa.
[/quote]
Tudo nela é esquisito, o show
Tudo nela é esquisito, o show é esquisito, a roupa é esquisita e até o tecladista é esquisito. Eu não diria que ela é feia de doer, mas é algo alien, algo maligno, que não pertence ao nosso tempo. Ela é tipo o elo perdido entre a mulher e a macaca, a cura definitiva para as encoxadinhas.
O show do NIN no Lolla BR foi
O show do NIN no Lolla BR foi postado na íntegra no You Tube.
Esse ano vi pela TV, depois
Esse ano vi pela TV, depois de ter ido às duas vezes que aconteceram no jockey.
Do que vi:
- Capital Cities: show pra gerações mais novas, galera dançando e as músicas bacaninhas. O trompetista super-animado. Conseguiram segurar bem o público debaixo daquele sol escaldante.
- Cage the Elephant: cada vez eu gosto mais. Uma pena que o som tava bem zoado. Mal dava pra ouvir a voz do Matt Shultz, que é sempre uma performance a parte. Vi o show deles no Coachela nesse último final de semana e a transmissão tava muito melhor. O setlist pareceu mais acertado também. E o melhor: quando ele vai pro meio do público a galera entende que ele precisa do microfone pra cantar. O público daqui fica sem saber o que fazer com crowd surfers.
- Julian Casablancas: com ar de deboche e fazendo piadinhas sem graça, total displicência e falta de vontade. Não empolgou nem comas músicas do Strokes. Dizem que ele viu o show do Phoenix, deve ter ficado com inveja.
- Phoenix: não vi tudo, mas o que vi foi o francês do vocal dominando o palco e botando a galera pra dançar. O que eu acho estranho deles é que as músicas não tem sotaque. Aliás, é um fenômeno que não é exclusividade do Phoenix: cantar sem sotaque. Acho que é comum isso. Incomum são algumas aberrações cantadas em inglês por bandas brasileiras.
- Vampire Weekend: show redondinho, mas deu a impressão que a galera tava gostando de algo que tava vendo pela primeira vez. Agradou mas no acaso. Vi muita gente comentando algo tipo "como eu não conhecia esses caras".
- Savages: não conhecia, mas foi de impressionar mesmo. A entrega das gurias no palco era facilmente notável. Vou atrás.
Bônus: Disclosure: deu vontade de ver a apresentação dos caras. De preferência num show menor.
Sobre os problemas de organização. Muita coisa que eu vejo a galera reclamando (especialmente filas) é por pura falta de planejamento da própria pessoa.
Um dia vou ainda num Coachella, Lolla Chicago, Primavera Sound, Glasto, T in the Park, Reading... só pra tirar a prova do lance da organização.
Sobre a questão: fator música versus fator balada, tenho a impressão de que lá fora é pior ainda. A quantidade de iPhone filmando quando o artista se aproxima me faz acreditar mais nisso.
Interessante: a Billboard
Interessante: a Billboard publicou a lista dos shows/festivais mais rentáveis do ano e deu os três Lollapaloozas da América do Sul na cabeça.
Detalhe: o Lolla Brasil foi o maior público ( mais de 135 mil pessoas somadas nos dois dias ), mas o menos rentável dos três.