O Lado Bom da Vida
Dizem que as melhores formas de se ganhar uma indicação ao Oscar de atuação são interpretando um doente mental, alguém muito introspectivo, ou uma figura histórica. Ou ser o Daniel Day Lewis/Meryl Streep. Ou morrer no auge da carreira. E este O Lado Bom da Vida é a prova de que, ao menos a primeira, é a fórmula mais certeira e menos complicada de chegar perto da estátua do pelado dourado. Afinal, três atores vão por este caminho no filme e pá: Bradley Cooper, Jenniffer Lawrence e Robert DeNiro estão aí concorrendo.
E justamente os três são o destaque nesse filme, que – não se enganem – é uma comédia romântica disfarçada de drama.
A história segue o bipolar Pat saindo de oito meses de internação psiquiátrica forçada, após ter espancado o amante de sua mulher. Vai morar com os pais e tenta se reajustar a vida, tomando remédios pra controlar sua ansiedade, mantido sob observação policial ( graças a uma medida cautelar imposta por sua ex-mulher ) e revendo amigos – em um jantar com estes, conhece a ex-viciada em sexo Tiffany, e obviamente os dois formam uma amizade tão neurótica quanto seus transtornos. Se no começo os dois não se bicam muito, Tiffany propõe um acordo a Pat: se ele participar com ela de um concurso de dança, Tiffany vai entregar uma carta de Pat a sua ex-mulher.
Daí é esperar pra ver quando ambos vão se tocar de que se gostam, enquanto vemos as dificuldades da sua readaptação a sociedade e as expectativas de amigos e parentes – e a máxima aqui é o papel do DeNiro, pai do Pat e viciado em jogos, que quer se aproximar do filho por achar que ele dá sorte em suas apostas.
Mas se a trama parece ter um lado mais pesado, tudo é muito atenuado pela dinâmica entre os personagens – quase tão bipolares quanto a doença de Pat, pois em certos momentos todos entram em choque pra, instantes depois, fazerem as pazes. E nesse ritmo, o filme segue até a sequência final – a la Pequena Miss Sunshine – onde todos se encontram no tal concurso de dança e o roteiro escancara seu lado romântico.
É um filme modesto, ainda que divertido, que não acho que faz jus as indicações que levou no Oscar desse ano – o roteiro, por exemplo, é bem raso, Jackie Weaver é figurante de luxo, DeNiro tem uma única cena bacana e Bradley Cooper tem muito mais carisma do que talento. Até mesmo Jenniffer Lawrence não parece se esforçar muito, mas eu justificaria seus elogios e prêmios ao percebermos sua mutação, comparando Tiffany com seus personagens recentes, seja em Inverno da Alma ou Jogos Vorazes.
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Esse está na minha lista,
Esse está na minha lista, pois tenho muita simpatia pela dupla de protagonistas. Jennifer Lawrence é linda e talentosa e ele realmente tem muito carisma em cena.
Saudações
Ray Jackson
Achei muito qualquer coisa
Achei muito qualquer coisa esse filme. Nem minha fixação com a Jennifer Lawrence ajudou muito, fiquei totalmente indiferente ao que acontecia na tela. Fácil de assistir, simpático, mas e daí?
O filme é nhé mesmo, mas
O filme é nhé mesmo, mas conta mais sobre isso:
Dré wrote:
Se não me engano, Bennett já tinha deixado clara essa fixação na época do Jogos Vorazes, mas achei que ela tinha conseguido uma medida cautelar contra ele...
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Falta de Esculhambação
Leão da Barra wrote:
Juro que tentei pensar em alguma piada infame sobre isso, mas não me veio nada.
Saudações
Ray Jackson
A própria Jennifer Lawrence
A própria Jennifer Lawrence se diz sem graça, no que ela está coberta de razão. Mas sei lá por que motivo, ela me dá coisas...
Dré, bora falar a verdade, tu
Dré, bora falar a verdade, tu gostou e ficou com vergonha de falar.
Tu escreveu tipo um tratado, 41 parágrafos na mais pura e bela norma correta da lingua portuguesa, ta na cara que vc pensou "poxa, já que esse filme foi o voto feminino do oscar, se eu falar que a-m-e-i, meus colegas vão dizer que sou viado".
Não precisa fazer cu doce, digo isso pq eu gostei e me emocionei pacas, quase choro quando a Jenifer lê a cartinha da emoção. Aquelas calças de yoga tb emocionaram meu pinto. Foi emoção dos dois lados.
Nota: 9,20
Bennett wrote:
Ela quase morreu por culpa da Honey Boo Boo.
www.youtube.com/watch?v=96-ANT-TxOM
quase nada wrote:Dré, bora
Eu gostei, só não é tudo isso que estão falando/premiando. E nem um poeta do coração choraria naquela parte da carta.
A Jennifer é linda demais, e
A Jennifer é linda demais, e o que eu mais gosto nela é que ela não é forçadamente sexualizada como a Megan Fox que tem no sex appeal seu principal atrativo, mas ela é uma mulher comum, uma atriz sua beleza e sex appeal são espontaneos e naturais. E consegue sustentar uma conversa de mais de 2 minutos sem falar besteiras.
Pra testar a taquicardia do
Pra testar a taquicardia do Bennet:
http://youtu.be/B6rju_YVZ7A
dá até pra fingir q se está assistindo àqueles videos "Playmate of the Year".