Upstream Color, filme novo do diretor de Primer
O Shane Carruth não dirigiu nada entre Primer e este Upstream Color, que sai 9 anos depois. Tentou por muito tempo fazer um filme chamado A Topiary, que seria uma "versão adulta e intelectual de Pokemon", mas deu errado (um dos mais célebres hackers do Anonymous viria a adotar o nick atopiary em homenagem ao filme que não foi). Carruth desistiu do A Topiary, e acabou fazendo Upstream Color:
https://www.youtube.com/watch?v=5U9KmAlrEXU
Pelo trailer não dá pra ter a menor ideia sobre o que se trata. Lendo as resenhas publicadas até agora (o filme passou em Sundance esta semana), deu pra notar uma confusão generalizada em quem viu. Dizem que é propositadamente obscuro, difícil, pretensioso, porém interessante e bonito visualmente. Ou seja: é um filme do diretor de Primer. O último terço do filme não tem diálogos, e em geral, os porcos tem mais tempo em tela do que os atores humanos.
Carruth assumiu ele mesmo a tarefa de distribuir o filme, que vai estrear em algumas poucas salas e ser vendido diretamente na internet poucos dias depois. Vale a pena ler esta matéria do LA Times, que é bem informativa. Vencida a maldição de A Topiary, o próximo filme de Carruth, que deve se chamar A Modern Ocean, entra em produção ainda este ano.
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Valeu pela dica, o Carruth
Valeu pela dica, o Carruth tem muito crédito comigo por ter feito aquela pequena jóia que é o Primer. Só espero que ele não se torne um novo Richard Kelly...
Bennet wrote:
[quote=Bennet]
O Shane Carruth não dirigiu nada entre Primer e este
[/quote]
Ainda bem. Poderia ter continuado assim.
primer é sensacional. demais.
primer é sensacional. demais. o dia que eu entende-lo então, vai entrar nno meu top10
:)
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And then there was silence...
86% no Rotten Tomatoes
86% no Rotten Tomatoes
"As technically brilliant as it is narratively abstract, Upstream Color represents experimental American cinema at its finest -- and reaffirms Shane Carruth as a talent to watch."
Assisti ontem e nem dormi de
Assisti ontem e nem dormi de tão ruim.
Ainda assim achei melhor que o Primer, a vantagem é que os personagens falam menos, então dói menos. Mas no fim não passa de um amontoado de cenas (algumas fazendo sentido, outras apenas pra encher linguiça), ao som de uma trilha estilo "violino desafinado" (que dá um toque de classe picareta ao surrealismo de pobre). A fotografia é basicamente a dos filmes do Terence Mallick (eu não duvidaria se me falassem que foi dirigido por ele). Outra vantagem é que tem menos de duas horas, mesmo assim, arde.
Nota: 0,03