ENEM - Brasil está perdido.

Dr. P., tenho uma afilhada que fez a prova e hj ela me contou por email o que escreveu na redação... Fiquei chocado. Ela fez uma coisa completamente xenofobista, falando mal dos bolivianos que vão pra são paulo, da ocupação chinesa no setor de vendas, da falta de emprego e etc.

Foi um negócio de ódio mesmo, tipo, coisa de garota fascista. Eu nunca me senti tão orgulhoso, não tem nada mais bonito do que um adolescente direitista, a mãe disse que eu enveneno a cabeça da menina, mas faço o contrário, apenas ensino o certo. Não sei se ela vai passar, mas com certeza está no caminho.  
 

Realmente, com o boom econônico nacional e a clara evidência de momento do país no exterior... reclamar de uma proposta de tema desses é pra acabar!

Hj alguns cheiradores de piroca ponderaram que esse tema ainda não é devidamente tratado nos livros do ensino mérdio. Mas se a minha afilhada fascista soube dissertar, quer dizer é um tema cabível (até pq ela não é nenhuma gênia superdotada [que nem o padrinho]). Tudo bem que ela estuda em escola particular, pois eu entendo o dilema dos pobres que estudam na pública. Os únicos temas que eles sabem são: kit gay, direitos das minorias e preconceito linguístico. 

Não sei se é coisa da idade, preconceito, conflito de gerações ... só sei que por experiência própria e por relatos dos mais velhos, acho que nunca houve uma juventude (galerinha na casa dos 18 anos) tão burra, preguiçosa e despreparada.

[quote=Odnanref]Não sei se é coisa da idade, preconceito, conflito de gerações ... só sei que por experiência própria e por relatos dos mais velhos, acho que nunca houve uma juventude (galerinha na casa dos 18 anos) tão burra, preguiçosa e despreparada.[/quote]

Detesto concordar com isso e reforçar a famosa história da burrice da geração internet , mas percebo o mesmo na molecada ao meu redor - sejam parentes, filhos e familiares de amigos, colegas de trabalho e prestadores de serviço. A gigantesca maioria parece ter uma preguiça de pensar, buscando uma solução mais rápida - ou seja, online - pra muita coisa.

Recentemente, estava olhando uns trabalhos de escola da filha da minha prima ( pra citar um único exemplo ) e os dois ou três que peguei eram claramente copiados da web - as sentenças não faziam muito sentido, uma festa de ctr-c/ctrl-v, não havia um desenvolvimento racional entre parágrafos ( nem começo/meio/fim ) e havia, inclusive, citações que não faziam jus ao restante do texto. Pior 1: ver a menina tentar explicar o que queria dizer no trabalho. Pior 2: ela tirou nota boa em todos. Pior 3: a mãe se dizendo contente pelo trabalho de pesquisa da menina - o que deve ter sido a mesma reação do professor.

O que espanta é justamente esta última questão: as pessoas parecem se conformar com o mediano pra baixo, achando uma justificativa pra qualquer merda que a molecada faz. Uns dizem que eles são bombardeados de informação, outros que é cedo ( ou tarde, dependendo da idade ) pra fazer pressão, outros que a pessoa tem que ter seu próprio ritmo/personalidade, tem quem bote a culpa no ensino... mas são raros os casos onde se percebe uma real preocupação com a educação. O importante é a molecada tirar nota boa... seja lá o que seja uma nota boa hoje.

[quote=Dré]

[quote=Odnanref]Não sei se é coisa da idade, preconceito, conflito de gerações ... só sei que por experiência própria e por relatos dos mais velhos, acho que nunca houve uma juventude (galerinha na casa dos 18 anos) tão burra, preguiçosa e despreparada.[/quote]

Detesto concordar com isso e reforçar a famosa história da burrice da geração internet , mas percebo o mesmo na molecada ao meu redor - sejam parentes, filhos e familiares de amigos, colegas de trabalho e prestadores de serviço. A gigantesca maioria parece ter uma preguiça de pensar, buscando uma solução mais rápida - ou seja, online - pra muita coisa.

Recentemente, estava olhando uns trabalhos de escola da filha da minha prima ( pra citar um único exemplo ) e os dois ou três que peguei eram claramente copiados da web - as sentenças não faziam muito sentido, uma festa de ctr-c/ctrl-v, não havia um desenvolvimento racional entre parágrafos ( nem começo/meio/fim ) e havia, inclusive, citações que não faziam jus ao restante do texto. Pior 1: ver a menina tentar explicar o que queria dizer no trabalho. Pior 2: ela tirou nota boa em todos. Pior 3: a mãe se dizendo contente pelo trabalho de pesquisa da menina - o que deve ter sido a mesma reação do professor.

O que espanta é justamente esta última questão: as pessoas parecem se conformar com o mediano pra baixo, achando uma justificativa pra qualquer merda que a molecada faz. Uns dizem que eles são bombardeados de informação, outros que é cedo ( ou tarde, dependendo da idade ) pra fazer pressão, outros que a pessoa tem que ter seu próprio ritmo/personalidade, tem quem bote a culpa no ensino... mas são raros os casos onde se percebe uma real preocupação com a educação. O importante é a molecada tirar nota boa... seja lá o que seja uma nota boa hoje.

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reacendendo (ou tentando) o topico, wikipedia rules!