Dear Esther - O jogo em que você não faz...nada

Foto de agraciotti
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Já tão chamando esse jogo por aí de "non-game". E é bem isso mesmo. Em essência, você não faz nada. Mas há algo de original e bem interessante aqui.

Você é um suposto náufrago que passeia por uma ilha deserta e enquanto progride, ouve vários fragmentos/pensamentos em voice-over de cartas destinadas a uma mulher chamada Esther. Ao longo do jogo vc vai entendendo (mais ou menos, já que tudo é sempre misterioso e aberto à interpretações) quem é Esther e  porque você está ali.  

O grande lance é desfrutar os cenários (muito impressionante) e toda a incrivelmente detalhada ambientação. A trilha é outro espetáculo à parte (http://www.jessicacurry.co.uk/) e colabora muito pra imersão na coisa.

O jogo dura por volta dos 90 minutos e tem um dos finais mais poéticos e belos que já vi.

É praticamente uma literatura interativa. Ou um poema em que você guia pelos versos. É coisa bela, profunda, filosófica....enfim, arte. Não é pra vcs que só curtem atirar nos amigos em multiplayer. :P  Mas pra quem sabe saborear um bom indie-game experimental, é imperdível.

A EDGE definiu bem em um dos parágrafos do review:

"What you won’t find in Dear Esther, then, is anything that might stop you taking it seriously. Were it not for your tendency to ‘drown’ in a very dreamlike way when you wander off limits, your role would seem as if it were entirely ethereal. There are no interactions that might warrant a crosshair; there’s no threat requiring a HUD. Press E to do nothing. Tap space to stand still. Click to make your mouse make a clicking sound. Piece by piece it makes you forget what you’ve learned about games, and reminds you of a time when genres were still young. And after four chapters that last just a couple of hours, the experience leaves you with two questions that will stay with you for a long time: what is a game, and why do I play?"

 

Mais detalhes aqui:

http://dear-esther.com/?page_id=2

video-review da IGN:

http://youtu.be/KtWOi-lZf2o

Foto de Ray J

O jogo tem sido bem elogiado e comparado ao Myst, principalmente pelo clima etéreo.

E essa música música é linda demais:

http://www.youtube.com/watch?v=GXS4RUpwgss

Saudações
Ray Jackson

Foto de Guybrush Threepwood

Achei esse jogo uma MERDA gigante. A escrita é muito, muito "over" (parece escrito por um estudande de comunicação), a idéia é muuuuuuuuuuuuuito manjada (tipo uma mistura daquele filme "Stay" com pitadas do jogo "Sanitarium") e o jogo é um saco, você tem que seguir um caminho fixo (dá pra deixar de ver alguns lugares, como por exemplos as cabanas, o que não faz diferença), e o personagem se move a passo de tartaruga. A ÚNICA coisa que você faz no game é afundar o dedo no "W" e ir andando pra frente até acabar.

E o pior de tudo, é que quando era o momento do jogo brilhar, no finalzinho, ele TIRA o controle do jogador e vai no automático nos últimos metros. Como se o jogo já não tivesse incentivado o jogador a fazer sozinho exatamente o que personagem faz no final. Chama a gente de burro por não ter entendido a proposta.

Agora, realmente, os visuais são belíssimos, e a trilha sonora é muito boa. SÓ.

Não me entendam mal, eu ADORO jogos experimentais (coleciono um porrada de games indie), mas esse é o típico jogo babaca e pedante.

Veja o caso do maravilhoso Passage. Também totalmente experimental e com um fundo "filosófico", mas consegue ser muito mais inteligente, poético, emocionante que o Dear Esther. Isso com menos de 500kb e gráficos de Atari. E "non-game" por "non-game", fico com "the Graveyard", que é muito mais interessante.

Foto de Ray J

Falam bem daquele da chapeuzinho vermelho, onde voce comanda várias personas da chapeuzinho, algumas bem sombrias. Não lembro o nome.

Mas a música desse Dear Esther é foda. E a narrativa, segundo os criadores, era pra ser desse jeito mesmo. Overrated.

Saudações
Ray Jackson

Foto de agraciotti

Concordo com tudo o que o Guybrush disse, mesmo gostando do "jogo" no geral. Realmente o final q tira o controle do jogador foi meio frustrante. Sobre esse final, me lembra o caso "Prince of Persia":

[spoiler]ia ser mais interessante se o jogo não desse outra opção a não ser o suicídio. Ia ser foda. Eu nunca esqueço do Prince of Persia 2, que lá pro final vc TEM q deixar o personagem morrer pro espírito sair e pegar a tal chama. Porra, sublime demais.

Até tentaram repetir isso naquele Prince of Persia moderninho, com a mulherzinha q te ajuda o tempo todo. Mas claro q de forma bem mais óbvia e boba [/spoiler]

Mas..sei la, eu gostei da narrativa. Gostei do clima misterioso e da forma como o jogo incentiva vc a interpretar tudo o que ele diz o que você vê. Sem contar o impacto de vc entrar num novo ambiente (naquele ambientes das cavernas eu realmente parava pra ficar olhando ao redor). E tem aquela cena rápida de sonho q é bem interessante, o que me leva a crer que:

[spoiler]tudo não passa de um limbo, do personagem que não consegue superar a morte da mulher - num acidente de carro. Nada original, eu sei, mas...um tema sempre legal :) [/spoiler]