Polemotópico - A necessidade do bullying para a formação da criança

Como fui gordo na infancia/adolescencia sofri um bocado. Entre os apelidos estavam beluza (uma especie de baleia branca), nhonho (chaves..) e no carnaval me perguntavam se eu não ia ser o Rei Momo. Era mto chato não poder comer na escola pq viam encarnar "ai se toca baleia tu vai explodir". Vcs ja podem imaginar a reação das meninas..

Estou abismado de ver como Plague está ficando um cara bem mais tranquilo. Bom para ele.

Também acho que o bullying no Brasil é mais light (se é que pode ser considerado bullying). É uma coisa levada mais na brincadeira e de forma democrática: ora você sacaneia, ora é sacaneado.

Aliás, o cara mais escroto da minha época de escola, aquele que sacaneava todo mundo e era meio que unanimemente detestado, é hoje um dos meus melhores amigos, de modo que não acho que o bullying aqui seja tão traumatizante quanto lá fora.

Mas aqui a crueldade não chega aos pés do que acontece lá fora. Rola mais uma demarcação de território com alguma violência.

Mas já sofri algum tipo de bullying na escola primária, tanto por parte de alunos quanto por professores. E a única que me marcou MESMO, daquelas de lembrar 30 anos depois, foi de uma professora de matemática ESCROTA.

Outro dia contei essa pro meu irmão, professor dos bons, e ele disse que esse tipo de professor é muito mais comum do que eu imaginava. Qualquer dia eu conto aqui o que rolou.

Ray, Lost já acabou, não precisa mais ficar fazendo esses cliffhangers. Conta logo.

Eu sempre lembro do filme Eden Lake, q foi indicado aqui e eu adorei. É um retrato de como essas coisas podem chegar ao extremo em alguns países na europa. Realmente não sei se no Brasil chega aos pés disso (pelo menos ouvimos poucas notícias relativas a isso por aqui).

Na minha época de moleque, eu era tímido, cheio de espinhas e um zero à esquerda. Mas era gente boa, gostava de coisas legais, tinha aptidões artísticas e era sempre o CDF da turma, então ninguém aprontava comigo pq sempre precisariam de mim algum dia (eu sei, é triste. hehe). Mas lembro q já andei uma época com uma "turminha do mal" que todo dia fazia cuecão num moleque q era daqueles meio bobão e lerdão. Um dia enfiaram a cueca tão fundo q levantaram ele do chão. Ele saiu com lágrimas nos olhos. Fiquei meio chocado. A partir dali prometi q só andaria com quem pregasse paz e amor. FIM.

Eu também era gordo na adolescencia, como o Pringles, mas o que me fazia alvo de bullying era uma mistura por ser nerd e gordo. Me afetou bastante na época, mais porque os amigos se afastavam do que pelo bullying em si... o que me levava a focar mais nos estudos, ficava ainda mais nerd, levava mais bullying, num ciclo infinito. Quer dizer, infinito nao, porque pelo menos uma vantagem eu tinha: eu era bem mais alto que os moleques que me enchiam o saco. Entao, sempre no final do ano, quando nao dava mais pra ser expulso do colégio, eu enchia os moleques de porrada.

De qualquer forma, eu acho a expressao bullying um pouco forte, e nao época nao se usava. Eram brincadeiras de crianca, da forma como as criancas sao: idiotas, cruéis e sem nocao. Nao dá esperar civilidade de quem ainda nao aprendeu a ser gente (o que leva uns 20-25 anos em média). 

Anteriormente em Joio: Ray J disse que foi vítima de bullying na escola por parte de uma professora de matemática escrota.

Episódio de hoje: Como isso se passou.

Sempre fui um CDF beirando a genialidade. Se é pra contar essa historinha, não vou fazer rodeios. Tinha as melhores notas, estava sempre entre os 3 melhores alunos da ESCOLA, aprendi a ler sozinho na pré-escola e meus cadernos estavam sempre em branco. Não anotava lições e só fazia trabalhos de escola quando precisava pra ganhar nota. De resto, era de cabeça.

Acho que foi na oitava série (Atual nona) que isso ocorreu. Eu estava quieto, como sempre, durante a correção dos exercícios, quando um aluno me chamou pra tirar uma dúvida. Foi eu virar para trás para explicar, a professora me chamou pra ir na lousa resolver um exercício. Pra ser sincero, olhei o enunciado na hora e fui na lousa resolver.

Meu primeiro erro: Ao resolver, comecei a pular etapas, pois fazia as contas de cabeça. Na hora a professora mandou eu apagar e começar de novo. Estava na razão dela.

Comecei a refazer, detalhando cada conta passo a passo, da forma que deve ser. Quando eu estava no final do exercício, já com o resultado em mãos, ela mandou eu apagar tudo, disse que eu não sabia fazer e mandou uma protegida resolver o exercício. Quando ela resolveu, a professora ainda falou em voz alta: Isso é pra você saber que não é dono da verdade e que não sabe tudo.

Eu ainda argumentei, dizendo que minha solução era, linha por linha, igual a da menina, mas não teve acordo.

Aquilo pesou, pois muita, mas muita gente ficou tirando sarro. Foi uma atitude cruel da professora.

Anos depois eu encontrei com ela na rua e ela se dirigiu a mim com um puta sorriso no rosto. Minha reação automática foi dar as costas e ir embora.

O foda é que eu era muito boa praça. Ajudava a todos na aula, era orador oficial da escola em eventos e tinha muito respeito e bom acesso entre os professores. Inclusive uma professora batizou seu filho com o meu nome em minha homenagem. (Acreditem, eu era muito, mas muito nerd. Motivo de orgulho pra comunidade).

A uns dias contei essa pro meu irmão, que dá aula no ensino médio, e ele disse que tem muito disso até hoje. Professores que não sabem lidar com a genialidade, ou simplesmente não aceitam o fato do aluno ser inteligente e não massagear seus egos. Pura arrogância.

Só sei que, se minha filha um dia aparecer em casa com história semelhante, vou direto na secretaria da educação. Os tempos hoje são outros e assédio moral é mais levado a sério. Na minha época ia acabar tomando umas palmadas dos meus pais.

Na escola eu era loser porque sou tímido mas eu sempre me safei com humor, porque os zoadores geralmente eram mais burros que eu e eu conseguia humilhá-los fazendo com que os próprios amigos deles os zoassem.

Eu fui vítima de bullying sistemático. Não acho que me tornou uma pessoa melhor.

[quote=highlander]

Eu também era gordo na adolescencia, como o Pringles, mas o que me fazia alvo de bullying era uma mistura por ser nerd e gordo. Me afetou bastante na época, mais porque os amigos se afastavam do que pelo bullying em si... o que me levava a focar mais nos estudos, ficava ainda mais nerd, levava mais bullying, num ciclo infinito. Quer dizer, infinito nao, porque pelo menos uma vantagem eu tinha: eu era bem mais alto que os moleques que me enchiam o saco. Entao, sempre no final do ano, quando nao dava mais pra ser expulso do colégio, eu enchia os moleques de porrada.[/quote]

O triste de ser gordo nem são as zoações, mas a reação das meninas. Elas me olhavam como um pedaço de banha repugnante. Isso era foda de lidar, só superei mais tarde qndo emagreci.

[quote=Ray]Inclusive uma professora batizou seu filho com o meu nome em minha homenagem.[/quote]Eu também teria orgulho em chamar meu filho de Ray J.

O problema do bullying no Brasil é o nome. Resolveram dar nome ao boi (entederam o trocadilho? Não? Depois eu explico).

Desde que entrei na escola, sempre presenciei atitudes que tinham a humilhação como mote. E fui vítima muitas vezes. Mas, no comecinho, é tudo muito emotivo. Tipo, o cara te chamar de perna-de-pau na aula de educação física já era motivo de porrada.

O mais interessante é quando o adolescente começa a ter mais consciência dos atos, age racionalmente, mesmo que moralmente errado. É quando se formam os grupinhos, clichês, mas existentes de gordos, nerds, atletas, bad boys, etc, cada um na sua razão.

E tenho certeza de que a escola (leia-se diretores, coordenadores, professors e afins) tem muita culpa nisso, especialmente quando estimula competições em vez de cooperação.

Também sempre fui aluno nota 10. Inclusive, na primeira escola que estudei, tinha um sistema de premiação para os melhores alunos (diplomas para os 10 melhores e medalhas para os top três).

Era muito gratificante receber, todo mês um diploma com medalha. Mas, porra, pensa no cara que se esforça pra caralho e até vê alunos tipo o Ray ou eu (que não precisava se esforçar para entender o conteúdo) e nunca consegue nota pra ganhar diploma. É humilhante. Além do mais, não havia qualquer programa especial reforçar o aprendizado do restante da turma ou para estimular o desempenho. São situações mal planejadas, talvez até bem intensionadas, mas que podem formar sociopatas e engordar a panelinha dos bad boys.

Outra coisa interessante é o preconceito em relação às escolas públicas. Não tô avaliando a qualidade de ensino, mas sim o fato do preconceito em relação àqueles que lá estudam. Alunos de escolas particulares, de classe média para cima, são muito piores. E pode elevar isso à enésima potência.

Primeiro, porque eles não têm motivos sociais justos (não passam fome nem tem um traficante no cangote exigindo determinadas atitudes). Ou seja, toda a maldade que emana deles é por puro prazer. Mas, claro que podem haver motivos psicológicos para determinados distúrbios de comportamento.

E, repetindo, o grande erro é dar nome ao boi. Agora vai todo mundo ficar forçando comparações com situações que não estão presentes no Brasil, ou que eram encaradas de outra forma, até mesmo pelos agredidos.

Pô, nesse sentido minha infância meio decepcionante. Não era nenhum gênio, mas sempre tirei boas notas - com exceção de matemática. Nunca fui pra diretoria, tomei advertência, suspensão ou nada disso. Por mais bizarro que pareça, minha escola era tranquila, rolavam poucas brigas. Eu só me envolvi em duas: na quarta série apanhei por besteira, pq joguei um apontador ( acho ) num cara e acertou em outro, meio retardado e mais velho - mas depois ficamos amigos. E na sétima série tretei com um cara por ele ter dedurado que furei uma bola de volei na aula de educação física. Bati nele com a própria bola furada, foi engraçado.

Só desandei um pouco no segundo grau, em outra escola, quando passei a estudar a noite. Fiz tudo que não fiz no primeiro grau, menos brigar: quebrei vidro, taquei bomba de fedor na sala, amontoava cadeiras da porta pros professores não entrarem, discutia com os inspetores de alunos e repeti um ano ( por faltas ). Mas as notas continuavam boas. Menos as de matemática, claro.

Bem que o QN podia fazer uma análise de como ele acha que cada um de nós se comportava na escola.

em uma coisa tenho q concordar o bullying naum eh de todo um mal para sociedade,,mas eu acho q o bullying devia vir dos próprios pais assim como era antigamente...homem trabalha,,mulher cuida da casa(e naum estuda mais do q a gente,, ganha melhor,,faz inseminação artificial,,tenta mandar na relação ow arrumam uma parceira,,as mulheres de hoje em dia querem ser os homens de outrora) e gays naum existem(naum q eu seja homofobico)....bons tempos

Fala sério QN vc viu aquele último GIF do Steven Seagal e inventou algum assunto pra poder usá-lo.

Tu deve ser o maior tribufu.

Então...........?vai colocar as fotos?

Opa, amanhã tem churrasco pra comemorar o aniversário do Plague.

Fechado! Amanhã vou comer o prato de terça no boteco do lado do emprego: espeto misto. Acompanha arroz, feijão e farofa. E em pensamento cantarei parabéns para o Plague.

" Meus machucados Deus vem curando, mas ninguém vai fazer isso com minha filha".

Pelo jeito,, no caso dela o bullying foi tenso.

Até a princesa do japão sofreu bullyng e se afastou da escola.