Buddy Guy passa despercebido no Brasil
Buddy é o cara
Mentor de Eric Clapton, guitarrista americano toca amanhã na Capital
Vê esse sujeito estiloso da foto acima? Pois saiba que ele ensinou Jimi Hendrix a tocar guitarra. Foi parceiro de Muddy Waters e Howlin’ Wolf na Chicago dos anos 1960. Mentor de Eric Clapton e considerado por ele “o melhor guitarrista de blues vivo”. Reverenciado por Keith Richards no documentário Shine a Light, de Martin Scorsese. Elencado pela revista Rolling Stone como o 13º guitarrista mais importante da história.
Mas se nada disso for suficiente para te fazer ir ajoelhado até o Teatro do Bourbon Country, amanhã, assistir a Buddy Guy e sua banda, não tem problema. Ligue a TV atrás de alguma reprise de branquelos a se lamentar, com pinta de perdedores, porque o seu negócio passa ao largo da explosão de blues, jazz e rock’n’roll que esse senhor de 72 anos proporciona sobre o palco.
Sim, nada de roteiro, ensaio, quiçá um set list. Como um legítimo representante da velha guarda dos mestres da guitarra, o filho ilustre dos pântanos da Louisiana, nascido George Guy, faz o que bem entende com sua guitarra de bolinhas. Improvisa longamente sobre as próprias canções, resgata hits de seus pupilos (com especial atenção a Hendrix e Clapton), revira a arca das velhas do blues, alternando vocais ora rascantes, ora guturais, ora agudos desafinados. E até toca igualzinho ao disco.
Disco, aliás, que é o motivo de sua vinda a Porto Alegre – com ingressos já praticamente esgotados na manhã de sexta (veja mais no Guia Hagah) –, o excelente Skin Deep (2008). Com participações de Clapton e família, a bolacha sucede Bring ‘Em In (2005), também forjado com parcerias ilustres.
Os dois trabalhos carregam o mesmo propósito: mostrar a pelo menos duas gerações a quem elas devem o que ouvem hoje. Trabalho necessário após o ocaso da década de 80, quando ficou praticamente esquecido, até voltar com o arrasador Damn Right, I’ve Got the Blues. O disco rendeu um Grammy, a indicação ao Hall da Fama do Rock and Roll, diversas canções em trilhas sonoras (especialmente Mustang Sally e a faixa-título), além de recolocá-lo novamente no topo.
Se ainda assim você não se convenceu a fazer esse favor a si mesmo, tudo bem. Tem sempre uma banda de moleques esquisitos, chorando as dores do mundo e um pouco mais, para te fazer companhia.
GUSTAVO BRIGATTI
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O que dizem de Buddy Guy |
“O paraíso deve ser deitar aos pés de Buddy Guy enquanto ele toca” |
Jimi Hendrix |
“Ele toca de um lugar que eu nunca ouvi qualquer outro tocar” |
Stevie Ray Vaughan |
“Deus, você não tem como esquecer Buddy Guy. Ele transcende o blues e torna-se teatral” |
Jeff Beck |
“Buddy Guy é a combinação perfeita de r&b e rock´n´roll da pesada” |
Slash |
“É absolutamente um monstro” |
Jimmy Page |
Estou a milhares de quilometros de POA se alguem mora perto va conferir essa lenda viva do blues!
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Concordo totalmente. Vi um
Concordo totalmente. Vi um Show do cara a uns 10 anos aqui e acho que até hoje foi o guitarrista mais incrivel que já vi ao vivo. E olha que fui no Show do Clapton também.