Revolutionary Road (Foi apenas um sonho)

Foto de quase nada
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Sam Mendes faz mais um filme angustiante que tinha toda cara de filmeco para agradar mulher (começando pelo pôster e pelo elenco), mas se trata de um verdadeiro filme de macho, basta ver a quantidade de casais que deixam a sala durante o filme. Sua técnica, somada ao trabalho de direção de atores, é incrível. 

Através do negativismo ele expõe os relacionamentos conjugais dentro de um contexto cinquentista, trabalhando tanto o aspecto emocional quando a subjetividade excêntrica das putarias insanas do dia a dia da classe média norte-americana.  

Filme com dificuldades narrativas e extremidades cortantes, não é para todos, principalmente os mais cretinos. Leonardo de Caprio tem ótimas cenas de choro e a Kate Winslet (que é casada com o Mendes e dá muito a bunda pra ele) está ótima, ela faz cada cara de mulher infeliz que é de cortar o coração. É uma história de relacionamentos que não deram certo, mas que continuam com o tempo, mais ou menos como no "Closer", só que bom.  

A cena final é silenciosa e antológica. Uma coisa boa nos filmes do Sam Mendes é que quando eles vão chegando ao fim, vc já está completamente esgotado, pois dá pra ver a desgraça chegando. A trilha é boa (apesar de muito parecida com o do Estrada para a Perdição e Beleza Americana). Visualmente é apenas razoável, principalmente levando em conta esses últimos trabalhos.  

Nota 9,00

Foto de quase nada

Eu nunca tinha prestado muita atenção nesse Michael Shannon, a cabeça dele é meio grande, mas foi uma boa surpresa, 15 minutos em cena fizeram ele pegar essa indicação.

Foto de agraciotti

Gostei muito tb. O casal tá ótimo e Sam Mendes continua um mestre pra filmar personagens frustrados.  Mas ainda to "meio assim" com o final. Acho q, de todas as possibilidades, achei essa solução a menos impactante e mais previsível. Mas adorei aquele quadro do sangue no chão embaixo da janela.

Daria um 7,8. :)

E eu acho q vou ser o único a falar isso, mas não gostei do personagem do Michael Shannon. Ele é até um bom ator (ele em BUG é devastador) mas o personagem dele só serve pra explicar a consciência dos personagens principais. Me incomoda isso de encaixar um doidinho só pra mastigar qualquer conflito psicológico pro púlbico. E esse lance do Oscar....nem falo nada. Acho um baita absurdo esse gosto da academia por doentes mentais, mesmo q apareçam 15 minutos e não cheguem nem perto da intensidade dos atores principais.

Eu daria qualquer premio ao Di Caprio e a Kate Winslet fácil.

Foto de agraciotti

Ah sim... e uma coisa temos q admitir q a Isabela Boscov na crítica da Veja acertou em cheio quando disse que a série Mad Men, q trata do mesmo tema, é BEM melhor.