O Curioso Caso de Benjamin Button

Aê, Tripa, legal a iniciativa de abrir o tópico.

Esse filme é do David Fincher? É do Brad Pitt? É do Eric Roth?
Quem é o maior responsável pelo resultado desse filme?

Amigos, esse filme é a junção perfeita de três chorpus de delito, três copos de deleite, três robôs menores com formatos da natureza - cachalote, narval e nectarina - se juntam para invocar um Megazord da sétima arte. Com espada.

Um tour de force pelos sete véus da caixa de Pandora humana. 
A grandiosidade de Benjamin Button chega a oprimir, é a grandiloqüência do Titanic voltada para os acontecimentos da pupa da alma humana, mas dessa vez no intimismo interno.

DAVID FINCHER- o mestre barroco holandês do século 17 de Denver.
Tudo que é perfeito a gente pega pelo braço, mas aqui David Fincher tem pouca coisa com que trabalhar visualmente.

Esse filme inteiro se faz com a força do realismo mágico de duas cenas:

1. o relojoeiro que perde o filho na guerra e o relógio que ele constrói. Quando ele explica o ponteiro do relógio e entra a cena em rewind de um soldado "desexplodindo"... a junção dessas coisas me deu uma sensação de profanidade igual à do Drácula de Bram Stocker, quando Gary Oldman enfia a espada na cruz e ela sangra.
   Credo, parece maldição de cigana!
2. as cenas do beija-flor

Porquê no resto do tempo é um filme quase comum, flertando pouco com o fantástico da situação. Benjamin Button trabalha, conhece algumas pessoas interessantes (nada de mais), ama, trepa num colchão ao som de Beatles e ao longo do filme vai rejuvenescendo.

Tudo é muito bonito, sinceramente; sentimentalizaou minha aorta.
Mas fora os saltos no tempo mostrando o rejuvenescimento, qual a diferença disso pra As Pontes de Madison? Pouca.

Benjamin Button é um Forrest Gump que não sabe jogar ping-pong, nem pescar camarões, e a mina dele mal é porra louquinha.

Mas tem cenas boas! A seqüência em que um torpedeiro atira balas incandescentes contra a câmera, sem trilha sonora: PLURIBEAUTIFUL!

Fora isso são poucos os momentos visualmente UAU!.
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ERIC ROTH- Master Of The Universe do drama superestruturado em que comandam mais a história, não os personagens (coisa que cabe mais nos filmes de ação)

É tão do sétimo sentido que às vezes fica chato pra caralho. É tipo escorregar num tobogã de vidro, num tem atrito e cê num sabe quando chega o final.
("Dura é esta palavra, quem poderá ouví-la?", já exclamavam os discípulos de Jesus)

Então: na estrutura ele não é meio parecido com Forret Gump:
ele é MUITO Forrest Gump!

Semelhanças:

• super mamacita tchap-tchura ensinou que sou especial (mesmo sendo freak)
• desde criança amo uma mulher que foge da interna paz por causa de fúria uterina
• Syd Field chicoteia meu plot point numa cena de igreja
• alterno um lugar longínqüo com o retorno pra casa da mamãe
• vi-o-lado-ruim-da-vida-e-não-me-afetou dentro de um barco pequeno em alto mar 
• seqüência de beleza na guerra, poema vital antes do último suspiro (Tropic Thunder 1 e 2  destroçou analmente esse clichê)
• num tem pena que voa, mas tem beija-flor
• minha vida picaresca dá o panorama das mudanças dos EUA no século XX

Experimenta falar "My name's Benjamin. Benjamin Button" com o sotaque lero-lero que o Tom Hanks criou po Forrest gump.
Puta, até nisso se parece.
Isso ficou pinicando por trás do meu olho anal, deu uma desviada do filme.

O desafio dos filmes longos é manter uma coerência de modo que as cenas não pareçam soltas.
Então Eric Roth usa vários truquezinhos:

o velhinho que foi atingido por um raio sete vezes conta cada uma dessas experiências ao longo do filme;
Button vai e volta pra casa da mãe ao longo dos anos;
Uma personagem que ele encontrou quando velho dá uma aparecida quando ele tá com 40 e poucos;
Essas "rimas" ontuando o filme todo não dão o efeito de coesão esperado.

Mas o velho dos raios é FENOMENAL, é outro que me desperta um sentimento atávico e arcano de estranheza e maravilhamento, assim como o relojoeiro. 
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BRAD PITT- puta ator, que tem uma aura, um coiso que a câmera percebe. Quando ele tá MUITO velho ele *parece* um velhinho, mesmo.
Quando ele já tá andando sem bengala, ereto, aí parece bobo, meio desligado do papel. Mas quando rejuvenesce um pouco mais, aí chuta bundas até o final.

E ele tá lindo-LINDO quando vai pra fase de ser o Benjamin Button com a mesma idade do Brad Pitt atual, mais ou menos.
Tem uma cena dele conversando sobre filhos com a Cate Blanchett na lanchonete que eu espero que vire GIF animado no 4Chan. O cara é cool demais!!

Mas Tom Hanks vale mil vezes mais do que ele, sorry.
De repente o Pitt não merecesse o Globo de Ouro, mesmo.
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Cate Blanchette é sempre impecável(boooooring!) e aparece linda de morrér em alguns momentos do filme. Bem apaixonável, Benjamin button tá comendo bem.

A velha moribunda que ela fez é simplesmente perfeita!
Tão perfeita que eu desconfio que não seja a Cate Blanchett.

O personagem do preto comedor dos anos 20... aquilo me ofendeu racialmente, de alguma forma. As histórias que ele conta de ter trabalhado numa jaula de zoológico...

A mina que tira o cabaço do Benjamin Button é UM TESÃO!

A mãe preta do Benjamin Button (adotiva) é sensacional, merece prêmios aquela neguinha que nunca irrita como a Sally Field, pq procede na humildade e é feliz por dentro.

A maquiagem que envelheceu a Cate Blanchett até os 80 e poucos anos e a maquiagem/truques de rejuvenescer Brad Pitt pra 20 e pouquinhos são ÓTIMAS!!
Que Hellboy 2 num venha desgraçacificar esse prêmio que Benjamin Button merece no Oscar.

Quero tomar chá de madrugada com a Tilda Swinton *---*

Existe a liberdade de se gostar ou não do filme. Às vezes eu gosto e às vezes não. Cheguei amar, como disse aqui, mas nunca cheguei nem perto de detestar.
Só de achar chatinho.

Mas sou agradecido pelo filme não ter caído na mão do Robert Zemecks ou do David Goyer.

Eu me decepcionei um pouco. O filme não é ruim nem chega a ser completamente chato, mas tem TANTOS problemas que saí do cinema com aquela sensação de eu queria tanto me apaixonar pelo filme q eu é q devia estar errado.

Não deu. O roteiro não envolve. As histórias são vazias e não dizem nada. Os personagens q ele encontra só servem para dizer alguma frase-feita do tipo: "Benjamin, a vida é feita de momentos, nunca se esqueça disso". Faça-me o favor né.

O casal principal falta química. Ok, são bonitos de ver, mas sinceramente em nenhum momento eu fiquei torcendo por eles. Tinha hora q eram bem irritante na verdade.

O velhinho digital do começo é MUITO melhor q o Brad Pitt. E não me entendam mal, eu até gosto dele, só q ele não muda a expressão uma única vez no filme. Porra, ele vê morte de amigos, parentes e continua com aquela cara de gostosão? Não desceu.

E o tempo todo eu ficava pensando: "putz...isso é MUITO Forrest Gump". É claro q roteirista de hollywood já tem um certo tipo de fórmula pros trabalhos a que são contratados...mas faltou um pouco de criatividadezinha do Eric Roth hein. Aquela cena de despedida depois do balé (q ela dá um pé na bunda nele) é IGUALZINHA àquela q a Jenny se despede do Forest num ônibus Hippie.  Sem contar que quando eu vi o beija-flor voltando no final, assim com o Fábio, também lembrei na hora da peninha do Forest (q é um melhor filme em tudo).

O filme pra mim teve duas cenas realmente memoráveis: a da igreja no começo e o relógio no final esperando a enchente. Me emocionei mais com aquele relógio do que qualquer mensagem de vida que os personagens tenham dito.

Até escrevi uma crítica do filme:

http://www.outernative.net/cgi-bin/cinema_view.cgi?id=newsitemEkFkuVZyVZxURtOhCL

Eu queria MUITO amar o filme...pelo David Fincher, pelo elenco, pela realização impecável que é, mas....me deparei com um roteiro formulaico de Oscar.

É um filme que tem seus momentos, como a narração da hora do atropelamento, mas a tara do Fincher por cenas em CGI estragou a parte técnica. O roteiro é meio ruim, depois vejam o vídeo comparando com o Forrest Gump, só faltou a Aids, pois até o amigo negão ele tem. Tirando a cena do submarino, todas as cenas no barco ficaram excessivas. Não merece o Oscar. Meio chato, choroso e apelativo. Filme para mulheres gordinhas que gostam de ler.  

Nota 5,60  

Até a parte do atropelamento achei meio nada a ver. Aquilo foi TÃO Jean-Pierre Jeunet que só faltou a Audrey Tautou entrar em cena.

E na verdade quase tudo é excessivo. Detalhista demais no que não interessa e superficial no que realmente importa... Perderam a chance de fazer algo realmente profundo e existencial pra focar num romance que não funciona.

Já fizeram vídeo que compara os dois? Manda o link ai.

Aliás, lembrando de outras coisas aqui...o roteiro é tão "cara-de-paumente" Forest Gump que acho q até a Academia vai hesitar em dar prêmio pra ele, só pra não acusarem eles de serem redundantes.

http://www.funnyordie.com/videos/1d76506803/the-curious-case-of-forrest-gump-from-fgump44

pra quem gosta de making of

Genial esse video comparando com Forrest Gump. Realmente, é impossível não notar a mesma fórmula.  E até esqueceram de comparar a peninha e o beija-flor.

Ainda não vi pq a qualidade do release é extremamente porco, pior que VHS.

[quote=Pringles]

Ainda não vi pq a qualidade do release é extremamente porco, pior que VHS.

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aquele dvdscreener?

Dormi aos 40 minutos de filme e não me animei de ver o resto até hoje.

[quote=Pringles]Ainda não vi pq a qualidade do release é extremamente porco, pior que VHS.[/quote]

discordo! o The.Curious.Case.of.Benjamin.Button.DVDSCR.XviD-DEViSE ta otimo (1.5gb em 1 arquivo so)

o outro que peguei (split em 2x700) ta ruim mesmo, parece embacado!

o ruim - a versao em 1 arquivo (devise) nao roda na maioria dos stand-alone players!

Eu vi no cinema, de vez em quando eu tinha que me beliscar pra não dormir, toda vez que aparecia aquela véia eu passava a mão na cabeça.

Eu fico feliz pelo Fincher, mas essa arte toda não é a praia dele, se ele ganhar o oscar vai ser pelos trabalhos anteriores, como o Clube da Luta, Seven e Zodiaco, não pelo Benjamin.

Eu assisti. Uma vez só. Gosto de ver pelo menos duas vezes pra fazer uma análise mais legal, a primeira mais despretenciosa, como entertenimento, e (d)a segunda (em diante), com um olhar mais crítico. Mas vamo lá.

Brad Pitt dá umas canastradas. É instrospectivo demais e dá de ombros para várias coisas que deveriam dexá-lo com coceiras no reto. Ex.: quando a Margarida diz que está grávida. Só faltou ele (Benjamin) dizer: "Ah é? Nem ligo!".

As cenas do hotel em paris, quando ele conhece a mulher viria a atravessar o canal da mancha, são exageradamente repetitivas. Dava pra descontar/economizar/poupar 30 minutos só ali.

Sempre imaginei um submarino sendo `atacado` daquele jeito. Só não entendo porque um índio, cujos ancestrais foram massacrados pelos colonizadores, tem orgulho em vestir o uniforme da marinha dos EUA.

O velhinho que foi atingido sete vezes por raios salva muitos momentos de monotonia. Ainda fico curioso pelos outras quatro. Será que terá nos extras do DVD?

[spoiler]O final parece bastante com aquele vídeo use protetor solar, e é pretencioso na ordem que pretende dar aos expectadores. O filme diz: "tire essa bunda gorda da cadeira e vá fazer algo de útil para sua vida". Mas isso nós já sabemos.[/spoiler]

A idéia do relógio que vai no sentido anti-horário é ótima, mas quem conhece outras histórias, até mesmo do capitão gancho, já não fica com tanto medo do tempo.

Apontei muito sproblemas, mas, no geral, gostei muito do filme. Muito bom.

Nota: 8,98.

[quote=Odnanref]

O velhinho que foi atingido sete vezes por raios salva muitos momentos de monotonia. Ainda fico curioso pelos outras quatro. [/quote]

Mais idiota agora ou quando vier fingir que é de propósito?
Deixo essa dúvida para os filósofos.

Thank`s god (Ray J) for the Ignore user.

[quote=Odnanref]O velhinho que foi atingido sete vezes por raios salva muitos momentos de monotonia. Ainda fico curioso pelos outras quatro. Será que terá nos extras do DVD?[/quote]

cara, mostraram todas as 7 vezes. voce viu alguma versao pra TV? :)

Rapaz, eu alguei na internê e só me lembro de três histórias de raios. em dois momentos o filme deu uma puladinha, mas, mesmo assim seriam cinco momentos.

Qualquer dia vejo novamente pra tirar a dúvida. Se foram 3 ou 7 ... nào vai me tirar o sono.