Hostel

Enfim, como era esperado, achei o filme uma grande merda. No entanto o mais bizarro é que não sei bem quem aqui (acho que foi o Castrezana) disse que achou o filme "honesto" - e eu não posso discordar mais. O filme é gratuito, picareta, safado... tanto quanto o exemplar anterior do Roth, "Cabin Fever". Na verdade, a picaretagem já começa nos créditos iniciais (e nos cartazes do filme), com um baita de um "QUENTIN TARANTINO PRESENTS" enorme de grande, que o Roth pediu ao amigo que deixasse usar seu nome só pra melhorar a venda do seu filme. Daí­ em diante, é exploitation pura e covarde: é um festival de mulher pelada (algumas gatí­ssimas, diga-se de passagem), sexo e tripas em cenas que não são só de graça, como até voltam o troco. Os personanges tomam decisões bestas e sem sentido, só pra aconteça mais um pouquinho de gore, mais uma cena de sacanagem... Além do que, estruturalmente, o filme é o mesmo que o Cabin Fever - só muda o jeito como as mortes acontecem. A primeira parte, é um filme de maconheiro, feito por um maconheiro, para maconheiros (que tem, novamente, o diretor Eli Roth fazendo uma ponta como maconheiro). Na segunda, é introduzido o "elemento estranho" na história (a "febre" no primeiro filme, o "clube" nesse). Depois, a coisa desanda e as mortes começam. Termina com uma fuga de um dos personagens. Essa ultima parte é razoavelmente tensa, o que faz o filme ligeiramente melhor que seu antecessor - mas ainda sim uma merda.



Em suma, um filme extremamente babaca, que consolida o Roth como o babaca-mór do cinema contemporâneo. O próximo filme dele, só vejo se for pago.