Lista: Os melhores shows gringos que eu já vi

Foto de Anônimo
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Como o mundinho pop tá um saco e a porra da máquina suíça não acaba logo com o planeta, vamos matar o tempo: vi uma enquete no site do Lúcio Ribeiro perguntando quais os shows internacionais mais bacanas que você já viu e resolvi fazer minha listinha.

Façam a de vocês. Só vale show no Brasil.

1. Faith No More, Olympia, 1991

O FNM fez quatro datas no antigo Olympia e uma no Aramaçã ( Santo André ) em setembro de 1991. Shows lotados e disputadaços, com o nome mais falado do planeta naquele momento – e os caras não decepcionaram. Uma banda impecável e desencanada, os riffs estridentes do bizarro Jim Martin, hits sendo alternados com obscuridades, The Real Thing ( O DISCO daquele ano ) sendo tocado quase inteiro e, claro: Mike Patton. Ele subiu na bateria, cuspiu Suflair na galera, chorou, gritou, deu pirueta, teve espasmos epiléticos, homenageou Rosane Collor, falou português, atacou as câmeras da MTV e toda santa noite terminava o show se jogando no meio da galera e depois dava tchau como se estivesse pedindo desculpas. Foi absolutamente insano.

 

2. Nine Inch Nails, Claro Que É Rock SP e RJ, 2005

Estava tudo meio errado naquelas duas noites. Um festival no meio de um lamaçal ( em SP ), com horários sendo respeitados ( menos no RJ ), um mistura geral de bandas ( Good Charlotte tocando antes de Flaming Lips? ) e o Nine Inch Nails – um nome mais cult do que pop aqui na terrinha – fechando o line up. Mesmo assim, tudo ficou em segundo plano quando Trent Reznor fez a apresentação mais impecável que já vi. Uma avalanche sonora e visual, que surgiu do nada em plena madrugada e levou a galera pra um festival de primeiro mundo, com som cristalino e efeitos visuais minimalistas. E o que foi aquela banda furiosa, tocando como se fossem morrer logo depois do show? Som, imagem, fúria e delicadeza ( afinal rolou “Hurt” ) se alternavam com perfeição, com uma apresentação que elevava a brutalidade de um Iggy Pop ( que tinha acabado de descer do palco ) com uma megaprodução quase nível-U2.

 

3. AC/DC, Pacaembu, 1996

Imagina uma banda de boteco elevada à enésima potência, tocando num estádio e com um doido varrido comandando cada olhar dos trocentos mil presentes. O AC/DC em cima do palco é poderoso, impressionante, engraçado, sexy... ou seja, totalmente rock and roll. A gente nem liga se a banda parece mais uma decoração ( se mexendo quase roboticamente ), porque Angus Young é o cara. Não parou por um segundo e mesmo parado era o centro das atenções, batendo cabeça, correndo de ponta a ponta e justificando cada grito de “Angus! Angus! Angus!” da galera. E o setlist foi uma aula de clássicos do rock.

 

4. Marilyn Manson, Olympia, 1997

Foi o show do cala a boca. Quem foi ao Olympia naquela noite ( com direito a protestos de católicos e Zé do Caixão na entrada ) tava mais curioso pra ver o teatrinho do tal Anticristo e ouvir “Sweet Dreams”. Mas aí sobe no palco uma banda de metal comandada por um aparente psicopata egocêntrico e o Olympia veio abaixo. Teve gente ferida em “The Beautiful People”. E se o peso do som já assustava ( sim, eles tocavam bem e alto ), Manson não deixava por menos – soube provocar, encantar e dominar a platéia, se arrastando pelo chão, batendo no que visse pela frente ( até no resto da banda ), imitando Hitler e rasgando uma bíblia. O golpe final: Manson faz um rasgo no tórax com uma garrafa de vodka quebrada. Finalmente vimos de perto uma daquelas lendas urbanas do rock que a gente nunca sabe se foi verdade mesmo... Espetáculo é isso aí.

 

5. Chili Peppers, Hollywood Rock, 1993

Mais um show onde tudo jogava contra. A banda tava sem John Frusciante, em final de turnê, com altas histórias de shows ruins por conta das drogas, com o filme meio queimado por tocar demais no rádio e tv ( o Morumbi tava lotado ), o Alice In Chains tinha acabado de deixar todos em transe e a gente tinha que guardar energia pra ver o L7 e o Nirvana na noite seguinte. Mas foi foda. Pra ilustrar: pouco antes do RHCP entrar no palco ( já tinha até rolado aqueles aviso de saída de emergência ), a Madalena Bonfiglioli ( a repórter, na época no Aqui Agora ) estava bem no meio da pista, entrevistando o público a poucos metros de mim. Do nada, apagam-se as luzes, a galera grita, começa a agitar e a mulher tá lá, filmando. De repente, começam os acordes de “Under The Bridge”... e a mulher ainda lá, toda pimpona filmando o início do show. Do nada, Chad Smith manda as batidas de “Give It Away”. Foi Madalena pra lá, microfone pra um lado, câmera pra outro e o Anthony Kiedis já jogando o cabelão em cima do palco. Seria um sinal do caos hilário daquele show.

 

 

Outros shows inesquecíveis:

Page & Plant no Hollywood Rock em 1996 ( era o Led, simples assim );

Pantera no Olympia em 1995 ( Phil Anselmo tomou uma garrafada na testa e continuou tocando );

Ramones no Olympia em 1996 ( parecia uma experiência cientifica: eles mandavam 1,2, 3, 4 e a platéia se descontrolava. Foi animal. );

U2, Popmart Tour no Morumbi,1998 ( a banda conseguiu ir além do visual impressionante e brega e comandou a massa: onde o Bono ia, cada olhar da galera o seguia. Todo mundo  cantando “New Year’s Day” foi de arrepiar );

Living Colour no Palace, 2004 ( com pouca gente no público, pareceu um showzinho intimista, mas a banda não queria nem saber e mandou uma apresentação enorme e furiosa, cheia de hits, covers, quase um sonho pros fãs );

The Hives, Via Funchal, 2008 ( eles são ridiculamente elétricos, impossível não se empolgar );

Offspring no Olympia, 1997 ( no alto da modinha punk, os caras mandaram um show divertido pacas, inclusive parando no meio da apresentação pra tirar um barato da platéia );

White Stripes no Credicard Hall, 2005 ( nunca vi duas pessoas fazerem tanto barulho em cima de um palco ).

 

 

 

 

Foto de Guybrush Threepwood

Não tenho tanta experiência com shows internacionais por morar longe de São Paulo e do Rio, mas:

1 - NiN, no Claro q é Rock

2 - R.E.M., no Rock in Rio 3

3 - Foo Fighters, também no RiR 3

Foto de João Lucas

Eu também não fui a muitos shows internacionais, então só um top 3:

1 - Pixies - Curitiba Pop Festival, 2004

Assisitir sua banda favorita quando menos espera é algo digno de orgasmos múltiplos. Eu acho improvável eu curtir tanto outro show como esse, até mesmo o Radiohead fazendo uma apresentação só com as minhas músicas favoritas não chegará perto da maravilha que Frank Black e cia proporcionaram naquela noite na Pedreira.

2 - PJ Harvey - Tim Festival SP 2004

Estava no auge da minha paixonite pela PJ, praticamente só dava ela no meu HD. Eis que ela me aparece dando sopa em SP... Essa empolgação toda contribuiu para o segundo lugar  mas é claro que o show foi excelente.

3 - Bjork - Tim Festival RJ 2007

No meio da pirotecnia e extravagância visual a islandesa baixinha se sobressai com uma energia que contagia a todos. Mesmo numa tenda gigantesca que mais parecia uma sauna do inferno ninguém parou quieto.

 

Foto de Ray J

Pode ser um top 1? Mr Big. Os caras tocam pra caramba.

Nunca fui de ir em show ao vivo e morava longe de Sampa, o que complicava mais. Acabei vendo esses caras na praia, no M2000 Summer Festival, e tecnicamente são impecáveis.

Saudações
Ray Jackson

Foto de Bennett

Belle & Sebastian no Tim, e Sparks no Fuji.

Foto de Marcus

Smashing Pumpkins e Cure no Hollywood Rock 1997 (Rio e São Paulo), Chuck Berry e Little Richards em 1995, eu acho, no Tobogã do Pacaembu.

Foto de Odnanref

[quote=Dré]. Marilyn Manson, Olympia, 1997

... ( com direito a protestos de católicos e Zé do Caixão na entrada ) ... [/quote]

Só uma dúvida idiota. O Zé do Caixão foi protestar do quê|por quê?

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Odnanref

Ah tá ... agora entendi.

O Zé era convidado de honra, a alma gêmea de Manson.

[quote]Fonte: Folha de São Paulo Data: Quarta-feira, 10 de setembro de 1997.

     Jornalista: Patrícia Decia

 

Religiosos Faltam a Show do Anticristo

Zé do Caixão vai de limusine e é ovacionado

 

     Nenhum grupo religioso protestou, nem houve tumulto. A entrada do show da banda norte-americana Marilyn Manson, anteontem à noite no Olympia, só não foi pacata por causa dos adolescentes aglomerados na rua e pela aparição de Zé do Caixão.

     Em uma limusine preta e acompanhados por duas "diabetes", José Mojica Marins, o Zé do Caixão, chegou precedido de um carro fúnebre da funerária São Caetano, pouco antes das 21h30min.

     Seu cortejo contava ainda com rapazes usando máscaras de Jason - o psicopata assassino da série cinematográfica "Sexta-feira 13". Dentro do Olympia, ele foi ovacionado pelo público de Manson.

     Alguns carros da Policia Militar e 12 comissários de menor (voluntários da Vara da Infância e da Juventude da Lapa) faziam a fiscalização.

     A fiscalização intensiva foi pedida pela promotora de Justiça Luciana Bérgamo Tchorbadjian, 29, e tinha como objetivo impedir a entrada de menores de 16 anos desacompanhados.

Anticristo

     Na tarde de anteontem, Marilyn Manson, "o anticristo do final do século", deu uma entrevista coletiva à imprensa brasileira.

     "Qualquer um que tente substituir a idéia de Deus na mente dos adolescentes dos Estados Unidos assusta o país", afirmou, sobre as críticas que recebe na América.

     Completamente maquiado, já ás 14h, ele apareceu vestindo um robe marrom com golas e punhos de plumas. Disse que Trent Reznor, da banda Nine Inch Nails, é apenas "uma gravadora" e que, no estúdio, sua contribuição é ensinar "como usar drogas".

     O líder da MM contou ainda que está escrevendo uma livro sobre sua infância e que gosta de ouvir Pink Floyd, Davi Bowie e Radiohead.

     Sobre os rumores de que interpretou o garoto Paul Pfeiffer na minissérie "Anos Incríveis", Manson ironizou: "Participei sim, era a Winnie Copper, só que tirei os seios".

     Disse que não teme a igreja, nem os terroristas e só anda acompanhado de seguranças por causa da mulheres, que não param de atacá-lo.

     Perguntado sobre homossexualismo, Manson atacou: "Você pode experimentar muito com o seu corpo, mas é seu coração que determina se você é gay ou não. Se você me chupasse, mas não me amasse, não seria gay".[/quote]

 

Ps.: quando tentei editar a mensagem anterior, não consegui. Deu 'acesso negado'(?)

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Leão da Barra

Falando em bandas mais pesadas, fui no show do Megadeth esse ano e foi uma merda. Eles não interagiram praticamente nada com o público, simplesmente apareceram, tocaram e foram embora (sem contar que o som estava uma merda, o que ocasionou inclusive uma interrupção para o Dave Mustaine dar uma comida de rabo no pessoal da mesa).

Foto de Marcus

Eu vi Lemonheads em outro país, então não conta para o tópico. Achei divertido, muito bem tocado, e as meninas se descabelavam também.

Foto de Meirelles

Fui em apenas um show internacional, mesmo porque não sou muito de ir em shows, não possuo mais paciência, mas fui no show do Tears for Fears no ATL Hall(que hoje é outro nome) a centenas de anos atrás, mas foi muito bom

Foto de Marcus

Também não fui em muitos outros show internacionais também. Além dos já citados, só fui no Soul II Soul, Robert Plant & Jimmy Page (médio, achava que iriam tocar mais do trabalho próprio e menos Led Zeppelin), John Cale e Offspring (podre).

Foto de Odnanref

Eu já vi Echo & the Bunnymen. Na época, acho que em maio de 2002, usava um cabresto musical e virava a cara para o que eu não tinha nos meu sporta-cds em casa.

A impressão que eu tive é de que o Ian McCulloch dividiu o microfone com um maço de cigarros (ou mais) durante o show. Além disso, tocaram num festival em que bandas totalmente assimétricas ocuparam o palco. Logo, o público não conhecia e não deu valor. Eu mesmo só fiquei porque um amigo meu era fã.

Hoje eu percebo que deveria ter dado mais valor àquela apresentação. E, como foi um dos únicos internacionais que eu presenciei, tenho que colocar entre os melhores.

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.