My Blueberry Nights - a lenda de Wong Kar-Wai

Dei uma googlada em blueberry e achei essas informações sobre mirtilo, inclusive essa sua torta de cheesecake com calda de mirtilo (no site da Folha de São Paulo).
Framboesa é rapsberry, né?

Aliás, quando joguei blueberry no Google images é que eu lembrei de onde eu conheço esse bagulho: da cena de Cassino em que o Robert De Niro dá um esporro federal no chef do cassino, porquê a porção de blueberry em cada muffin tava desigual. O chef pergunta "têm idéia da enormidade de tempo que nós vamos perder pra fazer isso?" e o De Niro tá pouco se fodendo: "a mesma quantidade de blueberry em cada muffin!". Que filme, meu Deus, que filme!

E a Norah Jones, Joss Stone, Diana Krall, essas gostosinhas do jazz são um porre mesmo, elas curtem mais folk do que jazz. (A supra-master do folk é essa aqui, não tem pivete que encare.)

Mas como atriz a Norah Jones não pode ser penalizada, ela é boa mesmo. Inclusive o Wong Kar-Wai filmou o longa-metragem (refilmagem de um curta do próprio Kar-Wai) só porquê queria a Norah Jones como atriz no filme dele. Deixa o projeto todo mais artístico ainda. E o melhor pe uqe ela não canta.
Espero que ela abandone a música e parta pra carreira de atriz, se envolvendo em drogas e com sex tapes espalhadas pela Internet.

E nesse cartaz a Rachel Weisz tá bonitaça, mas em movimento ela é um anjo, com molas nos quadris, sequinha e peitos perfeitamente esféricos, essa gravidez foi a melhor coisa que aconteceu com ela, que tinha umas tetas um pouco achatadas, apesar de maciças.
Na primeira cena dela, entrando de noite num bar... acho que não tem cena igual no cinema viado-sentimental de 2007.

Woody Allen é um crápula que molestou o filho pequeno da Mia Farrow, se casou com a enteada e nunca estudou cinema.
Roman Polanski tem um mandato de prisão nos EUA por trepar com uma menor de idade e gosta de falar da própria bunda.
Takeshi Kitano é um pagão suicida, um comediante stand-up com piadas bizarras, tem cara de pedra e nunca estudou cinema.
Ron Howard dirigiu filmes primeiro e foi para para uma escola de cinema depois, e é feio pra caramba.

Ser DO MAL, ser esquisito, não ter feito TELECURSO 2000 de cinema... isso não interessa.
ISSO NÃO INTERESSA A NINGUÉM, CARALHO!

Stryder, sempre me faltou um incentivo pra assistir Amor à Flor da Pele, de repente eu veja daqui a uns dias.

E pensa em todos os masters, ante-masters e infra-masters que existiram antes da criação das escolas de cinema. Uma vez eu fui a um festival de filmes mudos e fiquei de cara (depois dormi e fiquei de baba).

LUCCI, Wong Kar-Wai parece um gângster chinês, mas esse filme não tem máfia.
E até tem um arzinho de comédia romântica, mas não tem humor. É romance da gema.

Pra falar em romance-ROMANCE eu sempre penso em As Pontes de Madison, pra comparar. Ou em algumas coisas de Closer.

As Pontes de Madison é sobre um casal que encontra o amor, sem dúvida é o verdadeiro amor, e eles tem que decidir se vale a pena continuar com isso.
Em Closer as pessoas precisam do grande amor, se relacionam com pessoas que não tem isso pra dar e ficam se desmascarando, um clima pesadão, de gente infeliz.

My Blueberry Nights tá mais pra Closer, não tem amor nesse filme, tem sofrimento de amor, as pessoas perdendo o amor, ou nunca encontrando o amor, chorando muito, dormindo em balcão de bar, alcoólatras, viciadas, essas coisas.
Não sei se uma mina gosta dessas coisas, eu sei que posso passar sem.

Ainda não vi a outra metade do filme, mas pelo que disse o crítico Luiz Carlos Merten (ídolo!) tem uma cena de beijo (que acho que está num dos pôsteres desse filme) que provavelemnte vá entrar na antologia de melhores beijos do cinema, as pessoas falarão disso durante anos e etc.

Então parece que o final é feliz, o clima desanuvia e rende uma trepada forte depois da sessão.

Antes de assistir ao resto do filme minha nota estava em 6,4.
Tinha muita cena de reflexão, de fratura sentimental, tudo se passando de noite, o noir da aflição urbana, o Romeu suicida ensanguentado... um porre pra quem não gosta - e eu não gosto - desse drama carregado sem motivo, sem a história chamar ess tipo de cena.

Uma coisa meio Crash, saca?

Depois surgiu a personagem da Natalie Portman, a mesma personagem que ela tem feito em vários filmes ao longo dos anos, da garota muito sincera e que encara seus partos emocionais de frente. 

O filme ficou mais bem-humorado, cenas diurnas, auto-estrada no meio do deserto, poker... e o final feliz!
Até voltaram com a cena do esperma de ganso, mas dessa vez funcionou, eu tive uma ereção nível B.

Agora esse filme tá com uma nota 7,7, o que é muito digno e faz valer um fim de semana no cinema.

É coerente, mas deram uma forçadona pra colocar "beijo" no título e indicar às mulheres o quão supostamente romântico é o filme.

Esse filme tem três beijos, dois deles são "roubados", mas não que o filme dê muito destaque pra isso.

É, eu vi num DVDrip da ESPiSE (sabe... uma empresa que paga regularmente os direitos autorais a quem é devido), mas a imagem não era nenhuma maravilha.

Bom, era DVDRip, mas deixava mais evidente ainda a granulação da câmera digital, e algumas cenas noturnas tinham uma contaminação de azul um pouco estranha.

Mesmo assim é 100% assistível.

Aqui o post sobre a trilha sonora de Noites de Mirtilo.

De tudo que me ficou desse filme, a primeira aparição da Rachel Weisz é a melhor cena de filme que eu vi em 2008.