Gone Baby Gone (Medo da Verdade)

Foto de Bennett
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Estréia do Ben Affleck na direção de longas, e ele não faz feio, não. O filme é baseado no quarto livro de uma série escrita pelo Dennis Lehane, autor de Mystic River, e tem como protagonistas um casal de detetives particulares especializados em pessoas desaparecidas. Neste filme, é uma menininha que desaparece...interpretada por uma atriz chamada Madeline O'Brien, o que adiou a exibição do filme na Inglaterra por causa do caso Madeline McCann (e o duro é que a Madeline atriz é parecidíssima com a Madeline que sumiu em Portugal).

Não é tão lento e pretensioso quanto Mystic River (um filme que eu gosto, por sinal), e funciona bem na maior parte do tempo. A coisa mais fraca, infelizmente, é o Casey Affleck, irmão do Ben, no papel principal. Ele fala como se tivesse um filhote de gato entalado na garganta, e não convence muito como o "rapaz da galera" que ele interpreta, com livre trânsito no submundo do crime em Boston, cheio de contatos com a bandidagem. Tem cara e jeito de playboy, não dá certo. O próprio Ben Affleck seria mais convincente.

Mesmo com esse defeito, um tanto grave, o filme é legal. O resto do elenco segura muito bem as pontas, o roteiro é bem trabalhado, e Affleck se rodeou de gente competente para cuidar dos aspectos técnicos do filme. Fiquei sabendo que está concorrendo a alguns prêmios no Globo de Ouro, mas não fui correr atrás para ver quais são. Não mereceria ganhar (ou até ser indicado) numa categoria como melhor filme, por exemplo, mas é um filme bacana.

O Quase Nada provavelmente não vai curitr, as notas Chuckete e Punhete vão sair baixíssimas. Talvez ele releve isso devido à quase total ausência de breguice (a trilha sonora é a única coisa que dá um ar meio brega a algumas cenas).

Foto de quase nada

O Ben Affleck deveria investir na continuação do Gigli. Pois essas artilosidades não têm a cara dele. Isso é um fenômeno interessante, esses atores de filmes rasos terminam virando diretores cabecetes, profundos e complexos, deve ser consciência pesada. 


 

Foto de quase nada

Vi ontem, gostei bastante, o Casey Affleck é limitado, ele fala meio pra dentro, mas pelo menos é um ator macho e nanico.  

A história é mais interesante que a do Mystic River, o roteiro ficou mais ameno e engraçado, eles retratam bem a vida dos jogadores de xbox 360 (os rednecks).

A cópia que eu vi foi legendada por um tal de "bardo".

Foto de Odnanref

Mais um rostinho bonito (vide Clint Eastwood) que cansou de ficar na frente e agora prefere ficar atrás (das câmeras). O velho troca-troca que acontece há séculos em bollywood.

João Andarilho

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Livia

Todo mundo desce a lenha no Ben Afleck, mas ele já até ganhou um oscar de roteirista.

 

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And then there was silence...

Foto de quase nada

Até lovergirls ganham oscar de roteirista, vide a Diaba Cody. E nesse ele mereceu, foi aquele conjunto com o matt damon. 

Foto de Fabio Negro

Achei bem mais pretensioso que Mystic River (Sobre Meninos e Lobos).
Esse filme teve vontades de mergulhar na alma humana, de se aprofundar nas periferias outsiders do lado negro, ser malaco e mano véio mas "com muita consciência dentro da minha mentalidade, falou, mano?"

Faz um tempo que esse filme fez barulho na imprensa, tinha me esquecido das informações sobre ele.
Depois eu li e relembrei que era um livro do cara, lá, e quase não fez sentido pra mim, mesmo tendo a mesma filosofia aplicada ao abuso infantil.

Mas enquanto assistia me iludi, pensando na figura cabessáurica do Ben Affleck naquelas mesas que ficam no canto de um bar, com as parede de madeira em volta, baixa iluminação laranja... montando a história, meditando sobre o certo e o errado, o anti-maniqueísmo e o poder do discurso social.

Tive essa felicidade de ver um roteiro... bacanão sendo criado pelo Ben Affleck, ele voltando à boa forma, aos filmes chuvosos e proletários. Queria ser mais fã dele, mas o cara não colabora muito.
O filme em si é um pouco infantil, o que não o diminui muito.
Muito pretensioso como projeto, até bêbado motoqueiro careca tem um discurso de Oscar, quase todos os discursos e diálogos são pensados pro Oscar.

Conheço um cara chamado Márcio, muito amigo meu, que é altamente semelhante ao Casey Affleck, e que fala i-gual-zi-nho a ele, pra dentro, semforça no diafragman, a corda vocal nem vibra direito. Deve ser uma anomalia, tipo as pessoas ruivas que têm traços bem semelhantes entre si.

Me deu calafreaks a semelhança da loirinha do filme com loirinha inglesa sequestrada e morta.

A cena da gostosete pulando na água é boa (sonhei com uma cena parecida há muito meses, tá anotada num caderninho, aqui)

Ed Harris continua ídolo, envelhece sem ganhar peso, se movimenta elegantemente, e até estava com um cabelo bonito, muito digno. Tá pintoso e com as rugas no lugar certo. Isso é sinal de que ele vai virar um diretor grandiloquente de filmes de arte, como o Clint Eastwood. O próximo livro do Dennis Lehane deve ir pra ele.

Mais uma vez meditei sobre o racismo no cinema, pois foi a primeira vez que eu vi o Morgan Freeman mais alto do que alguém num filme.
Quando ele chega bem perto do Casey Affleck ele tá grande, pescoço grosso, ombro largo, olhando de cima pra baixo, mãos na cintura. Parecia o Zulu dos Palmares aposentado, um amigo africano do Tarzan. Muito bonito de se ver.

Fiquei triste de ninguém ter notado que o parceiro do Ed Harris é o mesmo detetive careca que o Eddie Murphy fica aporrinhando em Um Tirada Pesada. O Brasil é um país sem memória!

Bennett está bastante errado quanto à uma nota de punhetagem baixa. Esse filme é de vizinhança, daqueles em que a mulherada com 4 quilos acima do peso fica na calçada de baby look ou camisa regata, peitaços ao léu, tem a prostituta do traficante preto, tem a mina do Casey Affleck e tem a própria Amy Ryan, a mãe da loirinha.
Ela é toda torta, como a maioria das americanas, mas no final botou uma roupa branca que humilhou.

Por fim, esses twists e reviravoltas são tão usados que acabam tendo efeito zero, nem chegam a irritar, nem chegam a emocioanr.
Aquele bigodudo no começo parecia um personagem escrito inteligentemente, mas quando ele fala do nada que já foi preso, que já foi alcoólatra cê já sabe que mais pra frente o filme vai voltar nele, que tem alguma coisa errada.

Foto de Stryder

[quote=Fabio Negro]

Achei bem mais pretensioso que Mystic River (Sobre Meninos e Lobos).
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Por que achou o Mystic River pretensioso? E que nota você dá?

Foto de Fabio Negro

[quote=Stryder][quote=Fabio Negro]

Achei bem mais pretensioso que Mystic River (Sobre Meninos e Lobos).
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Por que achou o Mystic River pretensioso? E que nota você dá?

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Na verdade foi o Bennett quem disse que o Mystic River é pretensioso, eu só disse que Gone Baby Gone é ainda mais, se é que o primeiro realmente o é.

Acho Mystic um filme despretencioso na medida em que Clint Eastwood não tenta filmar as coisas que ele não entende. O cara cresceu rico e saudável, o cara foi um astro da TV e do cinema, nunca viveu essa vidinha de merda em Boston, não sabe porra nenhuma de gangues e submundo. Não sabe e não filma a respeito. Ele corta todos os monólogos interiores que o Sean Penn teria no livro.

Em Mystic River o Sean Penn é do submundo, sim, mas Clint Eastwood não o mostra com um profisisonal do crime, um homem perigoso tentando se manter do lado do bem. O cara só tá vivendo e pronto.

Em Gone Baby Gone a pretensão é que o Casey Affleck seja um expert da contravenção, amigo dos trafica, malacão e badboy. Casey e Ben Affleck provavelmente conheçam bem esses lances, eles sim cresceram meio fudidos, meio de rua.
Mas daí a sintetizar e analisar esse mundo... é muita pretensão pra um cara da idade dele, da beleza dele, e agora com a fama e a grana dele.
Mesmo o escritor Dennis Lehane às vezes parece que tá chutando sobre esse estilo de vida.

Além disso o Clint Eastwood filmou com a equipe de sempre, só enxergou um livro ue merecia virar filme, enquanto o Ben Affleck juntou um timão da parte técnica em torno de si. Essa pretensão toda a gente vê no filme.

Gosto muito de Mystic River, mas levou um certo tempo. Da primeira vez foi médio, das outras vezes foi melhorando, e quando eu li vários trechos do livro (que tá rodando pela internet brasileira afora), aí gostei do filme de vez.
O final do filme, com o Kevin Bacon fazendo mira no Sean Penn, é o final ideal desse tipo de filme, o final meio-aberto-meio-fechado, em que tudo que foi proposto no filme se resolveu, mas a dúvida fica sobre as consequências dos atos finais dos personagens.

Que vai acontecer com a esposa feiosa do cara Tim Robbins? Que vai acontcer com o Sean Penn? A gente não sabe, mas é um prazer especular.

E aqui está a foto das duas meninas, a primeira é a Medeleine McCann que foi raptada em Portugal, a segunda a atriz Madeline O'Brien, que é raptada em Gone Baby Gone e foi escolhida para o papel antes do crime da vida real.

 


 

Foto de Stryder

Ow Shit, é MUITO parecida! pqp

Foto de Guybrush Threepwood

Bom filme. Ainda acho Mystic River um filme superior, mesmo por que o Eastwood é um diretor que tem umas sacadas muito fodas, enquanto o Affleck (pelo menos por enquanto, nesse seu primeiro filme) é muito contido, muito caretão. Tem boas cenas, mas parece que ele ficou com medo de arriscar. O mais perto que ele chegou foi naquela cena em que rola um silêncio, quando vão invadir a casa onde moram aquele velho com a gorda, logo depois do polical careca ter levado um teco. Ficou tenso.

Agora, como é gracinha a Michelle Monaghan, hein? Já era cuti-cuti no Missão Impossível 3, mais ainda no Kiss Kiss Bang Bang. Preciso lembrar de ver sempre filmes com ela.