Hitman: Assassino 47

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Guybrush Threepwood
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Hitman: Assassino 47

Demorou. Demorou anos, quase décadas. Muitas foram as tentativas, mas ainda estava por vir uma adaptação cinematográfica de um videogame que fosse realmente boa. Houveram poucos exemplos de filmes ruins porém divertidos (Mortal Kombat, Resident Evil 2), e mais raros ainda exemplos de filmes quase bons (Silent Hill passou perto, mas não chegou lá). A maioria esmagadora foi de filmes muito, muito ruins - Mario Bros, Double Dragon, as continuações do Mortal Kombat, Street Fighter etc.

O mesmo não pode ser dito de Hitman. Sim, meus amigos, eis que temos o primeiro filme realmente BOM baseado em um jogo de videogame. Longe de ser ótimo - e esse bom, é um bom do tipo "mediano pra bom". Mas já é uma baita evolução. Não sei se o fato de eu estar esperando algo bem ruim quando entrei no cinema tenha afetado meu julgamento final, mas eu sai satisfeito e com um sorriso no rosto. É um filme feito com certa competência, bem editado e com ótimas cenas de ação - ainda que o roteiro peque por não saber desenvolver muito bem a história (mas oh, que diabos - nem no excelente game Hitman: Blood Money existe muita história pra contar). Ainda assim, o filme é fidelíssimo ao jogo (outra coisa rara nesse tipo de adaptação cinematográfica), e, pasmem, os elementos do game foram usados com inteligência e nunca parecem fora de lugar. O velho recurso do 47 de se disfarçar, as suas principais armas, até a injeção de tranquilizante - esta tudo lá. Os personagens secundários recorrentes, como o agente Smith e a Diana fazem suas aparições. Mudou-se um pouco o papel da agência de contratos, e o fato do 47 não ser um clone na telona, mas são pormenores que de nada atrapalham - o resto está idêntico.

O que surpreendeu também é que o Oliphant, ainda que não tenha cara de 47, ficou bom no papel. Não que interpretar um assassino frio e sem emoções exija muito de um ator, mas ele consegue ao menos não estragar tudo. Além disso, o filme não cai nas armadilhas óbvias de querer humanizar o protoganista, ou deixar ele bonzinho (ele continua sendo um assassino calculista, que mata até mesmo quando sua vítima implora para deixá-lo viver) ou do romance barato (por mais sexy que seja a russa que acompanha o 47 durante parte do filme, esse é um clichê do qual o filme não sofre).

O defeito mais grave, como eu já citei, é a falta de uma boa história, mas isso dá pra se perdoar, mesmo por que o filme é divertido mesmo assim (como acontece no jogo, um dos melhores de PlayStation 2). Não sei se prévio conhecimento da série de games seja uma exigência para se apreciar o filme, mas pro diabo com isso, eu curti. Tomara que Hitman seja só o primeiro de muitos, e o que os filmes do Halo e do Metal Gear Solid venham para finalmente enterrar de vez o estigma do gênero.

Nota: 6,8

quase nada
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Eu não vi, mas esse Oliphant tem cara de tudo, menos de agente 47.

Guilherme
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Eu vi o trailer e tive medo. Muito medo. Medo de verdade.

Guybrush Threepwood
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Então, mas por incrível que pareça funciona.

quase nada
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Esse filme foi escolhido naquela eleição anual da IGN como o "filme baseado em jogo" do ano. Eu quero ver pra poder falar mal.

Guybrush Threepwood
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quase nada wrote:

Esse filme foi escolhido naquela eleição anual da IGN como o "filme baseado em jogo" do ano. Eu quero ver pra poder falar mal.

Ué, mas teve algum outro esse ano pra concorrer com ele? 

Guybrush Threepwood
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Zoolander é foda!

Bennett
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So hot right now!

Fabio Negro
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Não posso imaginar ou visualizar qualquer cena de filme divertida ou baseada num FPS.

-Atira, careca! Atira! Atira! Bang-bang, porra, atira mais!
-Não tenho mais tiros, filho-da-puta!

Guybrush Threepwood
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FPS onde? Hitman é um action-adventure em terceira pessoa com bastante interação entre personagens.

Fabio Negro
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Aaaaaaaaaaah, tá.
Um lance mais Alone in The Dark.

Aí, sim. Quer dizer, mais ou menos. Ainda é muito atira-atira-filho-da-puta, não?
Acho que RPGs ou Adventures puros em tese renderiam filmes melhores, porquê costumam ter tramas com um pouco menos de clichês.

Guybrush Threepwood
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Na verdade, dá pra você zerar o Hitman: Blood Money sem disparar uma arma de fogo (exceto no último momento do jogo, no confronto com o vilão, onde é inevitável).

Mas concordo que existem vários adventures e RPGs que dariam grandes filmes. Como Gabriel Knight ou Fallout, por exemplo. 

Guilherme
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Guybrush Threepwood wrote:

Mas concordo que existem vários adventures e RPGs que dariam grandes filmes. Como Gabriel Knight ou Fallout, por exemplo. 

 

Aquele The Dig daria um filmaço, dá pra fazer um terror/Sci-Fi psicológico com aquilo.

João Lucas
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Guilherme wrote:

Aquele The Dig daria um filmaço, dá pra fazer um terror/Sci-Fi psicológico com aquilo.

Bela lembrança!

Guilherme
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João Lucas wrote:
[

Bela lembrança!

Lembrança?!

Acredito que The Dig foi o último jogo de computador que joguei além do FreeCell.

É tão antigo assim?

No videogame foi Tron - Deadly Discs.

Fabio Negro
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Ah, não sei. Acho que RPG japonês tem mais coisas legais.

RPG americano é mais

-ei, Barakin, precisamos resolver essa trama
-isso mesmo, Dífalus, somos pesonagens presos no limbo, precisamos de uma pinça de roteiro agora.

e RPG japonês é mais
-espada sagrada, corte esta montanha rochosa em nome de meus pais mortos. Iáááááááá!

Eu gosto mais de ceninhas e menos de trama.
Por isso que eu não consigo imaginar o Hitman como sendo um filme divertido. 

João Lucas
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Guilherme wrote:

Lembrança?!

Acredito que The Dig foi o último jogo de computador que joguei além do FreeCell.

É tão antigo assim?

Ele deve ter pelo menos uns dez anos. Eu só falei lembrança porque ele não me veio na cabeça mas ele é um dos adventures clássicos da época de ouro da LucasArts.

Fabio Negro
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Outro mago da crítica nacional dá sua opinião sobre Hitman 47:

Quote:
Se você se contenta apenas com as figurinhas se mexendo nas telas, tem excelentes motivos para ir ao cinema neste final de ano. Temos, por exemplo, HITMAN – ASSASSINO 47, onde um experiente matador de aluguel se mete em um aparente golpe político: o resultado é um filme tão excitante quanto desembrulhar uma caixinha de CDs.

José Wilker

E ele prossegue

Leão da Barra
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Guilherme wrote:

Aquele The Dig daria um filmaço, dá pra fazer um terror/Sci-Fi psicológico com aquilo.

Vocês acham mesmo? Acho que seria o SciFi mais paradão desde 2001 (com o porém de não ser dirigido por Stanley Kubrick -- seria Spielberg).

Mas tem alguns Adventures que dariam filmes espetaculares mesmo. Gabriel Knight seria ótimo, Full Throttle também poderia dar um caldo.

Monkey Island e Space Quest dariam boas comédias e eu com certeza acompanharia um desenho animado com Sam e Max.

Bennett
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Eu sou contra a adaptação de The Dig também. Qualquer jogo da fase de ouro da Lucas vale a pena, menos The Dig.

Guybrush Threepwood
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Grim Fandango, Monkey Island e Fate of Atlantis.

E da Sierra, Space Quest. Principalmente o V e o III. 

Guilherme
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Leão da Barra wrote:

eu com certeza acompanharia um desenho animado com Sam e Max.

Existe ou existiu uma série animada do Sam & Max, não vi pra saber se é/era boa.

Larry Leisure, daira uma ótima comédia, ou um bom pornô.

Guybrush Threepwood
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Eu já vi o desenho do Sam & Max, não é grandes coisas. Virou um desenho infantil, tiveram que "dar uma aliviada" nos diálogos.