Cashback

O Renmero fez um post sobre esse filme.

Na verdade o longa não conta a mesma história do curta. Ele expande a história, como se fosse uma moldura, adicionando cenas antes e depois.

O curta aparece inteirinho, quase sem alterações. É a primeira cena onde ele pára o tempo, no supermercado. Achei o exercício interessantíssimo, nunca vi nada parecido. Imagino o esforço dos atores, dois anos depois, para aparentarem exatamente a mesma forma física que tinham antes.

Por outro lado, apesar de ser estiloso e coisa e tal, não vi muita profundidade. É uma história interessante, divertida, mas que fica aquém do que promete.

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Eu vi esse filme umas semanas atrás e nem tive vontade de comentar. É uma comédia romântica inglesa padrão, mas mais pretensiosa do que o normal, e que parte da premissa básica de The Fermata, do Nicholson Baker, com uns papos pseudo-profundos (lembra um pouco Beleza Americana, com aquela história do saco no vento) no meio de uma historinha bem açucarada. Agradável, mas dou nota 6 no máximo, e isso sendo simpático.

Mas é total Beleza Americana essa história de "oh, vamos notar a beleza que se esconde no trivial do cotidiano", não? O filme fica martelando essa mensagem direto...é exatamente aquela cena do saco de plástico só que estendida para um voice over que cobre quase a totalidade do filme.

Quando eu vi os dois filmes, eu pensei, "conheço esse ator". Depois é que eu fui saber que ele é o capitão do time de quadribol do primeiro filme do Harry Potter.

E eu concordo com o Bennett a respeito da pretensão. Você tentar mostrar a "beleza do trivial" pode ser interessante -- tem tantos filmes bons com esse enfoque --, mas você ficar falando sobre isso transforma algo que poderia ser natural num papo cabeça, numa defesa de tese. Eu percebi no protagonista a tentativa de dar um tom intelectualizado a reflexões que são um tanto banais.

Em relação a Beleza Americana: como o filme é bem mais do que a cena do saco voando no vento, eu diria que ele manipula muito bem o espectador para que ele aceite aquela cena como algo transcendental. Eu pelo menos me senti assim. Vendo retrospectivamente, percebo que a cena não tem nada demais, mas o filme me impressionou tanto que eu me senti meio que obrigado a concordar com a tese do autor.

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Faz bem em adotar essa classificação, pois tudo se resume a esses 4 quesitos.

Antes de comentar eu gostaria de lembrar que acho Beleza Americana um saco, que não voa. 

[modo Fúria ON]

Eu gostei do curta, quanto ao longa eu não consegui assitir todo, meu estômago começou a embrulhar com as firulas visuais, o papo vazio-chato- pseudo-intelectual. O filme grita, até onde assiti, exibicionismo e pretensão. Tenta ser sútil mas fracassa monumentalmente.  Faz tempo que um filme não me provocava tanta raiva. Normalmente eu não opininaria sobre um filme sem assití-lo todo, mas o desgosto foi tanto que não resisti. 

[modo Fúria OFF] 

 Assistam o filme turco de propaganda anti-americana Valley of the Wolves: Iraq, com uma atuação clássica do Billy Zane que é muito melhor.

O Gilliam é um cara realmente talentoso e pode falar algo como isso. Já o sujeito que fez Cashback é no máximo do nível de um diretor de comédia romântica britânica padrão. Acontece que ele quis dar um passo maior do que a perna, e essa ligeira picaretagem que é Cashback tem enganado muita gente.

Olha, nada contra o filme, é agradável. Mas não é tudo isso, nem a pau.

Picaretagem por causa da pretensão e do papo furado, não por esticar o curta. Que aliás, eu acho até mais bobo que o longo.

falando em billy zane, ele deu um pé na KELLY BROOK

http://thesuperficial.com/2008/04/kelly_brook_dumped_by_idiot_bi.php

que cara burro!

assumiu? eu achava que era giletao.