[PRISON BREAK] Primeira temporada

Já tinha comentado sobre a série aqui antes, e ontem passou o season finale (que eu acabei da baixar hoje de manhã e assisti logo em seguida). Vale dizer que a série foi renovada para uma segunda temporada, portanto, é óbvio que esse último episódio é absolutamente inconclusivo.

A série, como um todo, não tem a profundidade de personagens de Lost, não tem a força dos roteiros de Twin Peaks, não tem a carga dramática de Millennium e não tem a quí­mica do Arquivo X. Não tem nada disso, e mesmo assim, ainda consegue ser um seriado bacana. Por quê? Por que é muito divertido. É muito forçado, muito clichê e cheio de esterótipos, tal como um bom blockbuster hollywoodiano, e é totalmente formuláico, mas a graça do negócio está justamente na fórmula.

Já contei sobre o que se trata a série antes,  então não vou me repetir.

Essencialmente, o começo da temporada (originalmente concebida para serem 13 episódios) funciona assim: no dercorrer do episódio você acompanha Scofield pacientemente e calculadamente executando determinada etapa da fuga - só pra no último minuto acontecer uma cagada fenomenal que parece frustrar todo o plano de fuga dele. Daí­ o próximo episódio trata da solução (criativa, mas sempre forçada) do problema e da próxima etapa do plano. Repetitivo? Deveria ser, mas é muito legal de se assitir.

Isso nos trechos que se passam dentro da prisão, pois enquanto isso, do lado de fora, Verônica (ex-namorada e advogada do Lincoln) está fazendo de tudo para desvender a conspiração biruta que resultou no incriminamento dele. Só essa conspiração em isso é outra forçada de barra, pois vai morrendo gente a torto e a direito e ninguém repara. Mas é legal, um dos vilões, uma espécie de hitman í  serviço do pessoal por trás da conspiração é tão canalha que não deixa de ter um certo carisma.

Digamos assim: Prison Break mistura elementos do Oz (aquele seriado antigo de prisão com o Mr. Eko e o Michael do Lost), com um esquema de puzzle solving que lembra jogos de adventure e Saw (sem a sanguinolência), com uma mega-conspiração estilo aquele filme do Will Smith que eu esqueci o nome (Inimigo do Estado?).

Como eu disse antes, a série foi concebia para 13 episódios, mas daí­ veio o sucesso de audiência e esticaram pra 22. Nesse momento que a qualidade caiu um pouco. Os episódios 15, 17, 18 e 19 são bem fraquinhos (pulei o 16 pois é um episódio especial interessantí­simo mostrando o passado dos personagens antes de parar na prisão de Fox River), mas do 20 em diante a série recupra o folego e termina satisfatóriamente. 

No fim das contas, achei uma série bem legal, embora não memorável. Não vou comprar o box, mas vou guardar os episódios que baixei aqui e acompanhar a segunda temporada.

E que venha o season finale de Lost!