O cientista político e militante do software livre, Sergio Amadeu, denuncia em seu blog um projeto para utilização da estrutura das escolas públicas estaduais de São Paulo em defesa de conceitos tacanhos de propriedade intelectual.
Recebi vários e-mails indignados que relatavam a existência de um comitê estadual para doutrinar as crianças nas escolas estaduais paulistas a favor da visão hollywodiana de propriedade intelectual. A Câmara Americana de Comércio montou um projeto para doutrinação que é apresentado como combate à pirataria. A Secretaria Estadual de Educação acabou aceitando talvez por desconhecimento. (...)A Secretaria Estadual abrirá as escolas paulistas para que seja passado uma visão extremista sobre a propriedade intelectual. Tal como nas propagandas da MPAA e da RIAA, a cópia de arquivos serão intencionalmente confundidas com roubo de bens materiais. Além de deseducar, os doutrinadores de Hollywood omitirão das crianças a existência de uma gigantesca mobilização pela flexibilização da propriedade intelectual, contra os absurdos da proteção de uma obra por 95 anos após a morte do autor e, certamente, não tocarão na existência de movimentos como o creative commons.
Com crianças bem pequenas, ainda sem a capacidade perceber uma ironia, os professores podem mostrar essa excelente animação (Bill Plympton) na sala de aula.
Eles têm feito isso sistematicamente em outros países, mas é claro que não funciona.