Gears of War

Foto de Guybrush Threepwood
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Se lembram daqueles filmes da década de 80, sobre caras fortões carregando armas pesadas e destruindo tudo? Tipo Commando, Predador, ou qualquer outro que tenha o Schwarzenegger no elenco? Então. Pensa aquele tipo de filme, só que passado no futuro e com uma raça de alienígenas do subsolo como vilões. Agora transforma em videogame: eis que você tem Gears of War.

Você controla Marcus Fenix, um ex-soldado preso sob acusação de deserção (ele abandonou uma missão para ir salvar seu pai), que precisa se juntar novamente ao seu antigo batalhão para realizar uma missão desesperada para deter os Locust (os tais aliens que saem debaixo da terra). Marcus é um cara muito grande e muito forte, bem como o resto do batalhão. Ele também carrega um monte de armas gigantes, pesadas, e barulhentas, fala grosso, grita com todo mundo e saí explodindo coisas. Perceberam a refêrencia que eu citei no primeiro parágrafo? Até o senso de humor presente nesses filmes você encontra no jogo: o pessoal do Delta Squad fica fazendo piadinha, conversando, zoando e xingando o tempo todo (e surpreendentemente são todos personangens dotados de um certo carisma).

O esquema do jogo é velho, porém revistido de novo: é um shooter em terceira pessoa normal, mas com uma ênfase maior na parte tática do tiroteio, que envolve esconder-se atrás de objeitos, dar ordens para os squadmates, atirar às cegas, correr sob fogo cruzado... em alguns momentos é absolutamente insano e envolvente. O jogo também dá um passo além no quesito "directing", usando por exemplo técnicas interessantes de câmera, como quando você sai correndo abaixado sob tiroteio inimigo, a câmera vai tremendo, ao seguir o personagem, estilo aquelas câmeras-documentário de filmes de guerra... isso ajuda a criar clima, e deixa o jogo mais envolvente.

Mas o que mais chama a atenção, e isso eu já citei antes: os gráficos. GoW é simplesmente o jogo mais lindo que eu já joguei na vida, em qualquer sistema, inclusive PC. Não só os gráficos são perfeitos propriamente (tem hora que você fica em dúvida e acha que tá jogando um CG), mas também a direção de arte é FODA (as ruínas dos prédios do planeta Sera são um primor de beleza). Tem uma fase, em particular, que acontece à noite e sob chuva, que é de se chorar de tanta perfeição visual... até a água escorrendo pelos troncos das árvores e formando poças parecem realistas. Definitivamente o jogo vai entrar para a história como o verdadeiro marco do ínicio da nextgen, pelo menos no que diz respeito ao quesito gráfico.

O som não fica atrás, e é muito bem dublado, com excelente efeitos sonoros, principalmente das armas. A arma inicial, um rifle chamando Lancer, tem uma baioneta em forma de serra elétrica, que você usa em curta distância para cortar o inimigo ao meio, e o som é tão perfeito, com o sangue espirrando na tela, que dá uma satisfação ENORME fazer isso, tanto é que em vários momentos você vai esperar um Locust correr até perto de você para usar a chainsaw baionet.

Claro que o jogo tem seus defeitos: em alguns momentos chega a ficar meio repetitivo, e é um jogo bem curto para os padrões de hoje (umas doze horas no total). Não que isso acabe importando muito, já que no final das contas você vai gastar maior parte do tempo no modo multiplayer do jogo, que é excelente (teve um momento em que eu estava tão viciado em deathmatches que cheguei a abandonar a campanha single player por uns cinco dias seguidos). A história não tem nada de realmente novo, mas também não é ruim (muito melhor que a do Resident Evil 4, por exemplo, que eu achei uma bosta apesar do jogo ser ótimo).

Enfim, um grande jogo, que deixou seu marco nas história dos games, e que será lembrando principalmente por seus gráficos inovadores e jogabilidade online viciante.

Nota: 9