Melhores games de 2006
Querem saber? Pra mim 2006 não foi exatamente um grande ano para games - isso pelo menos pra quem tá preso na geração atual. Ainda não tive como jogar os tão incrivelmente bem falados Gears of War e Dead Rising do 360; não pude ver toda a glória do PS3 em Resistance: Fall of Men. E não quebrei nenhuma televisão jogando Wii Sports; a geração atual presenciou um ou outro título excelente, mas longe da enxurrada de clássicos do ano passado (que viu o nascimento de God of War, Shadow of the Colossus e Resident Evil 4).
Mesmo assim, alguns títulos marcaram. E eis que apresento minha humilide lista, em ordem de preferência:
10. Black (PS2): esse jogo acabou não sendo toda aquele revolução que prometia ser; ainda assim, foi o melhor FPS single-player do ano, oferencendo uma experiência sólida, desafiadora, e violenta. Não chega aos pés de um Doom3, Half-Life2 e outros, mas é das melhores experiências em primeira pessoa que o PS2 tem pra oferecer.
9. 24: The Game (PS2): Jack Bauer é foda em qualquer lugar, até no videogame. Não é um jogo de gameplay revolucionário e é longe de ser perfeito, mas é uma autêntica temporada de 24 com ótima história e uma sensação fake mas agradável de tempo real.
8. The Godfather (PS2): Clones de GTA tem aos montes, mas é raro um que saia decente de verdade, e Godfather é uma dessas exceções. Não é tão homenagem aos filmes quando se fazia parecer, mas é um jogo bastante redondo, com altos valores de produção e muito divertido – enquanto dura. O valor replay é baixo, mas vale ser jogado até o final.
7. Sam and Max: Culture Shock (PC): o retorno do cão cínico e do coelho psicótico foi tudo aquilo que um fã do original poderia esperar. Ou quase. Apesar de ser estupidamente divertido e engraçado, e talvez o melhor adventure desde Grim Fandando, S&M: CS é muito curto (eu sei, é só um episódio, but still...) e acaba deixando a gente com água na boca, no fim das contas.
6. Mortal Kombat: Armageddon (PS2): Como fã da franquia, que jogou toda a série, posso dizer: Armageddon é um dos melhores MKs já feitos. Mas mais como pacote, do que como jogo de luta proprieamente. Explico: em termos de jogabilidade, perde para Deception, por exemplo (a retirada de algumas coisas, como a opção de dois estilos de artes marciais para cada lutador foi inexplicável) e ainda não é tão divertido quanto o MK II (pra mim, ainda o melhor de todos). Mas a história é ótima, como só o universo Kombat sabe oferecer (algum lembra de outro jogo de luta que tem uma mitologia tão bacana quanto esse?), com um baita sentido de urgência, e o fato de você poder escolher QUALQUER lutador de QUALQUER MK já feito é tentador demais (isso se você não optar por criar seu próprio kombatente!). Além do mais, o modo Konquest foi refinado é ficou muito bom, e o modo Motor Kombat é excelente se jogado de dois. FIGHT!
5. God Hand (PS2): Jogo mais divertido do ano, ponto. God Hand é um mergulho no passado, na época em que os jogos quanto mais simples e descerebrados, mais divertidos eram. Infelizmente, poucos entederam qual é a do jogo, mas aqueles que conseguiram, tiveram uma baita experiência satisfatória.
4. Hitman: Blood Money (PS2): não conhecia a série Hitman, mas foi uma grata surpresa (depois fui jogando os outros). Esse é o melhor da série, e é um jogo que realmente faz juz ao termo open-ended. São tantas os meios de se cumprir os contratos, que o jogo acaba ganhando uma vida própria, rara de se encontrar em outros games. Além disso, o jogo tem todo um requinte visual e sonoro, com ótimos gráficos e trilha sonora. Acho que poderia ter mais missões, fora isso, jogo do mais alto padrão de qualidade.
3. Bully (PS2): Rockstar did it again. Não é tão épico quanto San Andreas, mas é um jogo muito especial a seu próprio jeito. Bully veio pra calar a boca de ativistas anti-games sem-noção, misturando gameplay, gráficos, trilha sonora, tudo da mais alta qualidade, sem querer propagandear “bullying” como meio de vida. Um jogo incrível, delicioso, e clássico, que vale ser jogado e rejogado várias vezes.
2. The Elder Scrolls IV: Oblivion (PC): Falando em jogos de mundo aberto, Oblivion é outro grande exemplo. O jogo dá tantas, mas TANTAS oportunidades de costumização que eu recomecei o jogo umas dez vezes nas primeiras horas, só pra fazer o personagem do jeito que eu queria. A profissão, raça, atributos etc do seu personagem alteram DRASTICAMENTE a jogabilidade, permitindo ao jogador moldar o gameplay do jeito que ele mais gosta. Curte porradaria? Faz um personagem tank e parte pra cima. Gosta de stealth? Beleza, faz um ladrão ou assassino (e nem esqueça de se juntar a Thieves Guild ou a Dark Brotherwood). Prefere um approach mais estrátegico? Pega um mago/alquimista. Ou faz um jack-of-all-trades. Além dessa amplitude e liberdade que o jogo oferece, ainda tem conteúdo pra cacete. Joguei quase 100 horas e não consegui fazer TODAS as quests/subquests e não explorei nem 70% do mundo oferecido. Junto isso a graficos maravilhosos e jogabilidade intutiva, e tchan!, clássico instantâneo.
1. Metal Gear Solid 3: Subsistence (PS2): Pensei muito se colocava esse jogo no topo ou não - pois ele não passa de uma Special Edition de um game já lançado (em 2004). Mas QUE special edition! Já não bastasse o jogo em si estar no TOP3 de PS2, eles conseguiram melhorar muita coisa (quem apostaria que dava para ficar melhor?) Primeiro, a nova câmera apresenta um modo totalmente inédito de lidar com jogo, e acaba sendo uma experiência bem diferente (e por que não, mais agradável?). O modo multiplayer é viciante, especialmente naquele em que um jogador é o Snake e os outros todos são soldados que devem matá-lo (pena que não joguei muito online, já que meu PS2 não tem modem e tive que jogar na casa de um amigo). Além do mais, tem extra pra cacete - o suficiente pra deixar qualquer fã da série corado (o mais legal pra mim foi o Metal Gear 1 e 2 originais do MSX, que apesar dos gráficos datados, continuam sendo dois jogaços). Essa edição é a prova viva de que É possível melhorar o que já era perfeito.
Melhores - por categoria:
Melhor história: Bully
(quase lá: Yakuza)
Melhor trilha sonora: Bully
(quase lá: God Hand)
Melhores gráficos (técnico): The Elder Scrolls IV: Oblivion
Melhores gráficos (artístico): Okami
Jogo mais divertido: God Hand
Decepção do ano: Final Fantasy XII
Supresa do ano: God Hand
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A grande sacada de Black foi
A grande sacada de Black foi fazer o que ninguém imaginava que o PS2 era capaz: um FPS decente, com gráficos de Xbox, mesmo que não tenha modo online. Impressionante mesmo.
Meu melhor do ano vai pra Okami, que foi uma experiência que a muito tempo eu não provara, acho que a ultima vez foi com Yoshi Island.