Anjos e Demônios

Foto de Livia
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Cuidado, texto cheio de spoilers

A única coisa que eu conseguia pensar durante o filme todo era como que eles conseguiram recriar todo o vaticano artificialmente, pois foram proibidos de filmar lá. E quando você fica mais preocupado com cenário e figurino, é sinal que alguma coisa não vai bem.

O filme é competente, extremamente bem feito, bem filmado, bem cuidado em todos os detalhes, mas a história acaba deixando algumas arestas que pode deixar algumas pessoas incomodadas.

Meu grande problema com o filme é que eu gosto do livro. Inclusive acho ele melhor que o codigo da vinci, tirando uma passagem especifica (maldita parte do helicoptero, quase destroi um bom livro), por isso ao assistir o filme e ver mudanças que soaram desnecessárias, aquilo foi me incomodando e fui perdendo o interesse. Eu não tenho nada contra mudanças, afinal fica meio impossivel pegar um livro e passa-lo exatamente igual para as telas, algumas mudanças são até bem vindas (o final do watchmen, por exemplo), mas nesse filme tiveram algumas mudanças pra amenizar a história, dando a impressão que tentaram agradar a todos (um exemplo é a inversão das igrejas, a da fonte de agua era a terceira e a do fogo a quarta, e o cardeal Baggia morre queimado, no filme pouparam a vida dele pra ele ser eleito papa no final, fora a mudança de nome do carmalengo, de carlo ventresca pra patrick mackena), e por aí vai, tiraram coisas importantes da história (o carmalengo era filho do papa), e essas mudanças fizeram eu não gostar tanto assim do filme.

Pra quem não leu o livro eu recomendo ir, é um blockbuster basico, passa rapidinho, e provavelmente divertido.

Foto de Junior-RO

Gostei da maneira como eles retrataram a Igreja, no que toca à sua grandiosidade. Ninguém precisa gostar dos católicos para concordar que a Igreja de Roma é gigantesca, massiva. Este foi um aspecto que eles conseguiram passar muito bem.

Comentei durante o filme, com o casal de amigos que tinham ido conosco, a respeito da recriação dos locais, igrejas e locais de acesso proibido. Achei impressionante o que foi feito pela produção.

E fiquei com a impressão de que, se não tivesse lido, teria gostado muito. Fizeram muito bem em consertar a parte do helicóptero, mas também lamentei sobre não contarem que o Carmelengo era filho legítimo do Papa.

Foto de quase nada

Esse negócio de proibirem filmar no vaticano ta com cara de marketing, pois qual o último filme que o Vaticano permitiu? O polêmico seria se eles tivessem deixado.
Hj me falaram da tal cena do helicóptero, fiquei tão chocado que tive que tomar dois atenolol.  

Foto de Livia

[quote=Junior-RO]

Gostei da maneira como eles retrataram a Igreja, no que toca à sua grandiosidade. Ninguém precisa gostar dos católicos para concordar que a Igreja de Roma é gigantesca, massiva. Este foi um aspecto que eles conseguiram passar muito bem.

 

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É, achei isso interessante, aquele dialogo final do padre com o langdon falando que a religião, é perfeita, mas é formada por homens imperfeitos focou bem nisso, pra mim a igreja católica acabou saindo com uma imagem boa no filme.

 

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And then there was silence...

Foto de lexreis

[quote=quase nada]

Esse negócio de proibirem filmar no vaticano ta com cara de marketing, pois qual o último filme que o Vaticano permitiu? O polêmico seria se eles tivessem deixado.
Hj me falaram da tal cena do helicóptero, fiquei tão chocado que tive que tomar dois atenolol.

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Parecia mais filme de James Bond.

Foto de Odnanref

Se compararmos o enredo, o envolvimento do expectador, Anjos pede em muito para Código. A presença do Langdom chega a ser desnecessária em metade do filme, os mistérios são solucionados na velocidade da luz e desde que perceberam que a morte do papa foi premeditada e só poderia ser realizada por alguém próximo a ele o vilão já estava sob o refletor.

E, sobre a cena do helicóptero ... ainda não li o livro pra comparar, mas me pareceu bem inspirada em Rambo ou Duro de Matar.

ALém disso, o fato dele ter sido desmascarado a tempo, não siginifica que seu sucesso tenha sido manchado. O papa hippie com pé e fé na ciência estava morto e não é porque um dos quatro preferitti foi escolhido que essa linha paz e amor entre religião e ciência teria continuidade.

Anjos pareceu mais, como livro, um rascunho para o Dan Brown descobrir uma fórmula de vender mais e mais livros.

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Livia

[quote=Odnanref]

Se compararmos o enredo, o envolvimento do expectador, Anjos pede em muito para Código. A presença do Langdom chega a ser desnecessária em metade do filme, os mistérios são solucionados na velocidade da luz e desde que perceberam que a morte do papa foi premeditada e só poderia ser realizada por alguém próximo a ele o vilão já estava sob o refletor.

E, sobre a cena do helicóptero ... ainda não li o livro pra comparar, mas me pareceu bem inspirada em Rambo ou Duro de Matar.

ALém disso, o fato dele ter sido desmascarado a tempo, não siginifica que seu sucesso tenha sido manchado. O papa hippie com pé e fé na ciência estava morto e não é porque um dos quatro preferitti foi escolhido que essa linha paz e amor entre religião e ciência teria continuidade.

Anjos pareceu mais, como livro, um rascunho para o Dan Brown descobrir uma fórmula de vender mais e mais livros.

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Leia Isso, achei num blog:

Manual de Redação Dan Brown
O Protagonista:

O protagonista é sempre um profissional destacado (sem ser celebridade) dentro de sua área. O bastante para ser respeitado, mas nunca um dos líderes. Deve ser ficar na casa dos quarenta. Solteiro, com uma história de decepção amorosa / tragédia pessoal.

A área de atuação não é charmosa o bastante para gerar um personagem interessante por si só, como piloto de caças ou chefe de esquadrão anti-bombas, mas não é monótona o bastante para se tornar impossível de glamourizar, como Analista de Sistemas ou Contador.

O protagonista tem padrões éticos distintos. Fugindo dos vilões não pára nem por um segundo para admirar a parceira e pensar “bela bunda”, como todo humano normal.

A participação do protagonista é sempre legítima. Ele deverá ser convocado para participar da trama, geralmente pelo próprio vilão, que o usará como sustentáculo de uma “versão plausível” da trama, desviando as autoridades do real e nefasto motivo do crime. (sim, sempre há um crime).

O vilão sempre terá uma assistente / subordinada solteira, bem-sucedida mas ainda em busca de seu propósito. Ela terá uma ligação íntima com o vilão (se não é o vilão aguarde, no final do livro ele irá se revelar) mas não hesitará em se aliar ao herói, mesmo tendo conhecido este cinco minutos atrás. Ela TAMBËM tem uma profissão nos moldes do protagonista, mas em área totalmente distinta.

Há sempre um vilão falso, para quem todas as indicações apontam, até a virada crucial no terço final do livro. Na verdade ele sempre é inocente.

A Trama:

O template Dan Brown (provavelmente disponível na nova versão do Microsoft Office) pode ser definido assim:

  • 1 – Crime / fato relevante acontece. Sempre um fato que irá mudar profundamente a face da Terra.
  • 2 – Teoria Falsa #1 apresentada, com vilões e coadjuvantes sendo introduzidos
  • 3 – Protagonista cai de pára-quedas, imediatamente compra a teoria falsa; percebe a coadjuvante
  • 4 – Protagonista começa a desconfiar da teoria falsa, junto com outros especialistas bonzinhos desenvolve n+1 teorias alternativas.
  • 5 – Coadjuvante / interesse romântico descobre a informação crucial que fará desmoronar a teoria falsa; conta para o vilão verdadeiro.
  • 6 – Vilão descobre que a teoria vai ser desmascarada. Tenta matar (ou mata) o vilão falso, seguido do protagonista. Alguns camisas-vermelhas morrem, mas nunca o protagonista e a coadjuvante.
  • 7 – Assassinos profissionais são derrotados pelo protagonista e seu insuspeito conhecimento dentro de sua área técnica, vilão verdadeiro morre, Teoria Falsa #1 desmascarada, o mundo continua como antes. Protagonista dorme com a coadjuvante, câmera se move pra lareira.

As Teorias:

Os livros Dan Brown usam um bom truque; ele faz uma pesquisa rápida (no Google provavelmente) sobre qual a teoria da moda, seja fusão fria, antimatéria, criptografia, religião ou o que quer que o Fantástico paute pra semana que vem. Após um período considerável (5 minutos, dada a superficialidade dos textos) ele compila material para criar um tema “e se..”. De posso disso, aplica o roteiro acima e voilá: mais um best-seller instantâneo.

Qualquer página de Teorias da Conspiração fornece material para dezenas de best selers. Ele ainda não fez nenhum sobre OVNIs, mas aposto as fotos do menage que fiz com a Sandy e a Luciana Vendramini que ele lancará um em breve.

Nota: Óbvio que essas fotos não existem, mas confio no meu taco. Se o Dan Brown NÃO lançar um livro sobre aliens, eu IREI fazer um menage com a Sandy e a Vendramini, e aí será o Segundo sinal do Apocalipse.

Os Truques:

Acho que foi P.T. Barnum que disse que ninguém nunca perdeu dinheiro subestimando a inteligência alheia, mas Dan Brown faz isso de forma brihante; ele faz o leitor se achar muito mais inteligente do que é.

Bons cineastas criam cumplicidade com o público respeitando sua inteligência. Um filme com referências, veladas ou não, consegue muito mais simpatia que uma obra única e fechada. Nem precisa ser a brincadeira trekker na abertura de Kill Bill, detalhes simples tornam a experiência pessoal. Todo mundo da minha geração que reconheceu o intercomunicador original d’As Panteras no primeiro filme deu um sorriso de aprovação.

Em livro isso é mais complicado, então Dan Brown seguiu outra linha; ele explica a trama mas dá ao leitor a oportunidade de confirmar independentemente. Não é preciso ser um pesquisador do Instituto Smithsoniano, ele se baseia sempre em “provas” simples e acessíveis. Todo mundo (no ocidente) tem uma bíblia em casa, é fácil achar as passagens misteriosas (afinal de contas ninguém lê aquele calhamaço mesmo) e soltar um “caramba, é verdade”.

No livro sobre criptografia ele demonstra algumas cifras simples; todo mundo pega papel e lápis e sai se achando James Bond…

Muito melhor do que se basear apenas na fé ou na suspensão de incredulidade. Nem Tolkien conseguiu isso…

Outro truque clássico é a reversão de expectativas. O vilão é sempre mascarado. Você até desconfia dele um pouco mas todos os fatos apontam para OUTRO. Quando o vilão começa a ser perseguido, o leitor tira da cabeça a idéia de que ele seja vilão. Isso só é revelado perto do final.

As Organizações:

Os livros nunca são sobre a Associação Americana de Contabilidade ou o Instituto Romeno de Ensino à Distância. Dan Brown sempre escolhe uma organização famosa (CIA, NASA, Vaticano, NSA) com uma agenda própria. Também escolhe uma organização secreta (desde que com página na internet) para fazer contraponto. Pode ser um grupo mais obscuro, como os Illuminati ou algum tão famoso que tenha sede própria, mas ninguém fora do meio ouça falar, como a Maçonaria ou o Opus Dei.

Aguardem em breve um livro de Dan Brown sobre os Templários.

Os processos internos são descritos razoavelmente bem, em geral são curiosos para os de fora. A sensação de estar espiando pela janela uma vizinha trocando roupa é ótima, somos todos Voyeurs.

As Pesquisas:

Ao contrário do Michael Crichton, como bem observou o Bernard, Dan Brown não tem muita paciência pra pesquisa. Crichton vai fundo, chega a passar anos aprendendo algo antes de fazer um livro. Mesmo suas obras ruins, como “Prey” e “Timeline” são muito mais bem embasadas do que as do Dan Brown. “Enigma de Andrômeda” é um dos clássicos da Ficção Ciêntífica, “WestWorld”, que ele inclusive dirigiu é um dos melhores filmes de robôs já feitos. Por isso décadas depois ainda se fala nele.

Curiosamente o mercado parece gostar da superficialidade do Brown, pois permite que literalmente dezenas de livros contestando suas idéias sejam escritos. Eu ganho, você ganha, nós ganhamos, estamos todos felizes.

A Conclusão:

No melhor estilo Dan Brown, a reviravolta: Eu não desgosto dos livros dele. Em termos de entretenimento são ótimos. Leitura rápida, você fica esperando a conclusão sabendo que algo vai se reverter mas sem pensar muito para não deduzir quem é o vilão… os temas são interessantes, as cenas são bem descritas. EU fiquei excitado com a cena do Anjos e Demônios da Biblioteca do Vaticano. Quem ama livros sabe o que seria entrar ali.

Recomendo Dan Brown sem ressalvas. Nem tudo que você lê tem que mudar sua vida. Você pode se divertir SIM com um livro despretensioso. NÃO vou cair na tentação dos pseudo-intelectuais fruto de botequim de faculdade de classificar como “literatura de segunda”. Não é. É literatura, ponto. Lê quem quer.

 

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And then there was silence...

Foto de Odnanref

Acho que vou escrever meu primeiro livro.

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Odnanref

Pior do que detonar o cara e, no final, dizer que gosta de Dan Brown é defender o cara e dizer que nunca leu nem nunca vai ler um livro do referido autor, né Plague.

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Se eu copio um autor, é plágio. Se copio vários, é pesquisa.

Foto de Pringles

O proximo filme deve se basear na Chave de Salomão que fala de Maçonaria tema muito pouco explorado e cheios de mitos.

 

Foto de Pringles

Pronto, assisti.

Que filme horrível - aliás, que atriz horrível. Me pergunto como essa songa monga que fez um papel secundário em Ponto de Vista conseguiu um papel de destaque em pouco tempo. Que diabos o diretor viu nessa menina? nem jeito de italiana ela tem.

Muito inferior em Codigo da Vinci em todos os sentidos, o filme não empolga não tem uma polêmica convincente e os Iluminati foram muito mal explorados, nem chega perto da polemica em torno da Opus Dei no primeiro filme. Até o Tom Hanks está pior dessa vez, aquelas interrupções dele eram extremamente irritantes.

E que tramazinha xulé, pra falar a verdade até desanimei de ler o livro. E não, não preciso ler pra saber que o filme ruim e não vou mudar de opnião.

Expectativa zero pra Chave de Salomão, isto é, se um dia houver adaptação pq dizem que maçon é que nem judeu estão escondidos por toda a parte e dominam o mundo.

 

 

Foto de quase nada

Vi o filme, mas respeitando ordens do Vaticano vi adiantando alguns pedaços. Muito ruim, fiquei até com pena dos anti-igreja.  

O cabelo do Tom Hanks deu uma melhorada, mas continua muito safado. Só sendo soteropolista pra gostar de uma bosta dessas, a Praça de são Pedro ficou bem feita, mas a história me fez rir dos ateus, aquele começo com a molécula divina foi uma das coisas mais estúpidas que já presenciei, minha vontade foi de virar ateu só pra poder virar cristão novamente.  

A tal cena do helicóptero é aberrante, até se fosse no Indiana Jones eu sentiria vergonha. Eu imagino a namoradinha ateia, estudante de comunicação, saindo do cinema com o namoradinho ciariba falando sobre as altas conspirações da igreja. Se não fosse a igreja vcs nem estariam aqui, provavelmente estariam apodrecendo numa fazenda de escravos ou numa balalaika comunista.  

nota 0 (uau, nem lembro a ultima vez que dei um zero)  

Foto de quase nada

[quote=Pringles]

Muito inferior em Codigo da Vinci em todos os sentidos

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E olha que o Código da Vinci já era triste de ruim. Mas o Código da Vince tem uma das piores-melhores frases do cinema, não lembro bem, mas é algo como "vc é parente direta de jesus cristo!" hauhhu Eu morro de rir com essa ateuzada.